Sem estereótipos de raça, Yohana Eshima estreia no horário nobre como a Yone de Travessia

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Yohana Eshima fala sobre o trabalho em Travessia, novela que marca a estreia dela no horário nobre. Ela se destaca contracenando com Giovanna Antonelli, a dona Helô

“Eu posso fazer qualquer papel. Não só o que estiver escrito ‘japonesa’. Posso fazer qualquer um em que esteja escrito ‘mulher’.” Em tom de desabafo, a frase reflete bem o momento profissional vivido por Yohana Eshima. A atriz estreia no horário nobre como Yone, parceira de Helô (Giovanna Antonelli) em Travessia. Juntas, elas vão da investigação de crimes cibernéticos à comédia quase pastelão do jogo de gato e rato entre Helô e o advogado Stênio (Alexandre Nero).

Yohana se orgulha em contar que “em nenhum momento fiz o teste para uma personagem de etnia amarela”. Mas ela sabe que essa situação, embora seja a correta, não é a naturalmente vista. Assim como a atriz também comemora a mudança que já aparece e que dá sinais de ser bem maior.

“Isso está mudando com o tempo. Existem, sim, profissionais que pensam no tipo físico. E tem outras pessoas que não pensam e deixam isso muito livre. É uma transformação que vai acontecendo no meio artístico, é muito novo isso. São muitos anos de pessoas pretas invisivibilizadas na televisão. Travessia está de parabéns nesse quesito. Ainda não sei se terei um núcleo familiar, mas fico muito feliz ao interpretar um papel que não tenha qualquer estereótipo japonês”, festeja a atriz.

Por viver o braço direito de Helô na delegacia de crimes cibernéticos, Yohana correu atrás e mergulhou num mundo com o qual não tinha a menor intimidade. “Eu não tinha uma visão sobre essa vida tecnológica. Quando fui estudar, percebi que estamos imersos nesse mundo e não tem como voltar. É imprescindível que esse assunto esteja sendo contado na novela, pois isso afeta a vida das pessoas fisicamente, psicologicamente e economicamente. Precisamos aprender a tomar cuidado com o mundo digital”, alerta a atriz.

“O bacana desse núcleo é falar do assunto sério, mas com tom leve e muito natural. Teremos toda a seriedade investigativa”, completa.

Vinícius Nader

Boas histórias são a paixão de qualquer jornalista. As bem desenvolvidas conquistam, seja em novelas, seja na vida real. Os programas de auditório também são um fraco. Tem uma queda por Malhação, adorou Por amor e sabe quem matou Odete Roitman.

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