Segunda temporada de Jessica Jones aborda origem dos poderes da heroína

Compartilhe

Próximo Capítulo teve acesso aos cinco primeiros episódios da segunda temporada de Jessica Jones e te conta o que esperar da série!

Quando a série Jessica Jones estreou em 2015 na Netflix causou um rebuliço. O motivo é que a personagem foi a primeira heroína, depois de muitos anos, a ganhar espaço no audiovisual. Foi a protagonista de Kristen Ritter que chutou a porta para que, futuramente, Gal Gadot tivesse o mesmo destaque como Mulher-Maravilha nos cinemas. Então, por isso é muito emblemático que a segunda temporada de Jessica Jones chegue à Netflix exatamente no Dia Internacional da Mulher, principalmente, depois de uma temporada que teve como temática principal os relacionamentos abusivos, traçando um paralelo entre a relação de Jessica e com o vilão Kilgrave (David Tennant).

Como já era de se esperar, a segunda temporada também mantém essa fórmula e trata de temas atuais, como o combate ao machismo e à cultura do estupro e até os assédios em Hollywood são lembrados em meio a história de Jessica, personagem que continua ácida e rápida nas tiradas. Uma das minhas preferidas é quando um personagem chega na Alias Investigations tentando convencer Jessica de aceitar um acordo: “Não aceito não como resposta”. E ela rebate: “Você parece um estuprador!”. Outro frase emblemática sai da boca de Jeri Hogarth (Carrie-Anne Moss), que, em um discurso, fala sobre as obrigações das mulheres de sempre terem que ser boas demais em suas funções profissionais para que sejam valorizadas: “Me tornei uma advogada, muito bom para uma garota… Mas não aceitamos ser boas o bastante”.

Crédito: David Giesbrecht/Netflix. Jeri Hogarth (Carrie-Anne Moss)Crédito: David Giesbrecht/Netflix. Jeri Hogarth (Carrie-Anne Moss)
Crédito: David Giesbrecht/Netflix. Jeri Hogarth (Carrie-Anne Moss)

Temáticas feministas à parte, a segunda temporada de Jessica Jones tem como principal foco a busca da explicação da origem dos poderes da heroína. Depois de derrotar Kilgrave e se tornar uma vigilante conhecida em Nova York, Jessica volta a atuar como detetive particular e pretende esquecer essa história de heroína. Mas, em um dos casos que ela decide não aceitar, o experimento que deu origem a superforça da personagem volta à tona, assim como a figura do Dr. Kozlov (responsável pelos poderes de Simpson, papel de Wil Traval) e o programa secreto de supersoldados, intitulado IGH. Algo que amiga e irmã adotiva da personagem, Trish Walker (Raquel Taylor), já vinha pesquisando desde que começou a contar em seu programa de rádio Trish talk as histórias das pessoas com poderes em NY.

E é em torno desse panorama que a segunda temporada ganha corpo. A investigação faz com que a personagem tenha que lidar com os fantasmas do passado (a morte dos familiares num acidente de carro) para descobrir mais sobre a IDH e a toda a conspiração em torno da instituição. A sequência abusa de alguns clichês de produções de heróis, como o fato de Jessica estar sendo questionada pelo fato de ser uma vigilante, mas nada que prejudique a temporada.

Como aconteceu na primeira temporada, Jessica Jones demora a engrenar quando se fala em ritmo. Os três primeiros episódios são lentos, bastante explicativos e não tem um momentos de clímax para os próximos. Mas é a partir do quarto que a história começa a andar um pouco mais rápido — uma característica comum as séries de herói da parceria entre Marvel e Netflix.

Crédito: David Giesbrecht/Netflix. Malcolm Ducasse (Eka Darville)

Se não há novidade na fórmula da série, a segunda temporada de Jessica Jones ganha uma renovação com a presença de novos personagens ou ainda o destaque de antigos. A maior presença de Malcolm Ducasse (Eka Darville) é, sem dúvidas, a grata surpresa da temporada. Ele se torna no fiel escudeiro e ajudante de Jessica, além de ser o personagem que traz um alívio as tensões da série. Entre os novatos, há Oscar (J.R. Ramirez), o novo zelador do prédio, e Griffin (Hal Ozan), o novo namorado de Trish, personagens que prometem.

Adriana Izel

Jornalista, mas antes de qualquer coisa viciada em séries. Ama Friends, mas se identifica mais com How I met your mother. Nunca superou o final de Lost. E tem Game of thrones como a série preferida de todos os tempos.

Posts recentes

“Vale tudo” estreia com metade do texto escrito, conta autora

Manuela Dias, responsável pela adaptação, afirmou que está debruçada na obra original há dois anos…

2 dias atrás

Análise: por que “Mania de você” se despede sem deixar saudades

Novela original criada e escrita pelo aclamado João Emanuel Carneiro chega ao fim nesta sexta-feira…

3 dias atrás

Saiba quem é o bonitão que será amante de Odete Roitman

O ator Ângelo Rodrigues tem 37 anos, é português e protagonizou a série Olhar indiscreto,…

5 dias atrás

“Celebridade” está de volta no Viva

Em substituição à Viver a Vida, novela icônica de Gilberto Braga é a nova reprise do…

1 semana atrás

A sutil (e animadora) relação entre ‘Ladrões de drogas’ e ‘Breaking bad’

Não foi exatamente o submundo das drogas. Também não foi a dupla de protagonistas com…

1 semana atrás

Globo está preparando um filme de “A viagem”

Informação foi dada, ao blog, em primeira mão, pelo diretor-executivo da TV Globo, Amauri Soares…

1 semana atrás