O caminho para uma boa representação feminina na TV está começando a ser trilhado. Nomes como Marília Gabriela, Fernanda Lima, Karol Conka e Taís Araújo representam essa mudança
Como a mulher é representada na televisão? Essa é uma pergunta que gera diversas respostas. Há ainda muita objetificação, não tem como negar. O nu feminino é bem mais constante nas produções e também são as mulheres que aparecem rebolando em programas como Pânico na Band e no Domingão do Faustão. Atualmente, folhetins como A lei do amor e Malhação continuam a perpetuar dramas sofridos pelas mulheres no dia a dia como se fossem normais, como ter que lidar com ciúmes excessivos de um namorado ou serem vítimas de violência doméstica. Tudo isso poderia ser abordado de uma forma mais educativa ou, no mínimo, analítica, mas não é isso que acontece.
Apesar de todos esses problemas ainda existentes na televisão brasileira em relação às mulheres, é preciso também enxergar as mudanças nesses últimos 30 anos, período em que a Rede Globo lançou o primeiro programa que revolucionaria o enfoque sobre o feminino na televisão, a atração TV Mulher, que, no ano passado, ganhou novos episódios no Viva sob o comando de Marília Gabriela. Inclusive, a apresentadora é um ótimo exemplo de boa representação na tevê. Marília sempre se destacou por sua boa e inteligente condução nas entrevistas com os convidados.
Mas é preciso mais do que apenas ver as mudanças, celebrá-las. O que Fernanda Lima vem fazendo no Amor & sexo, na Globo, é bastante louvável. A apresentadora tem dado espaço para as mulheres desde o primeiro episódio da nova temporada, discutindo feminismo e dando voz à mulherada. Claro que ainda há falhas. Basta dar uma olhada nas redes sociais para perceber que no episódio em que Fernanda falou sobre sexualidade, dando espaço para as trans, houve reclamações das mulheres lésbicas, que se sentiram deixadas de lado. Ou seja, ainda há muito o que aprender na hora de representar todos os tipos de mulheres na tevê.
Tentando aumentar essa diversidade o programa Saia justa, do GNT, mudou sua bancada e trouxe Taís Araújo, a primeira mulher negra a integrar a atração, e Pitty, conhecida por sua militância feminista nas redes sociais e em seu trabalho. E a presença da dupla trouxe força e mais profundidade às discussões, algo que também aconteceu no Superbonita com a chegada da cantora Karol Conka.
O caminho para uma representação feminina está começando a ser trilhado. Que, nós mulheres, possamos um dia olhar para a televisão e nos ver bem (e realmente) representadas. Enquanto isso, a gente dá audiência para o que vale a pena e desliga a tevê ou muda de canal nos casos contrários, porque programa sem público um dia vai embora da programação.
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