Humor e ingenuidade. Essa é a equação que, na opinião do ator Renato Chocair, garante o sucesso de Chocolate com pimenta. A novela de Walcyr Carrasco na qual Renato vive Eugênio está na terceira reprise, desta vez no canal Viva ー as outras foram em 2006 e 2012, sempre no Vale a pena ver de novo, da Globo.
Mesmo tendo estreado há 17 anos, Chocolate com pimenta ainda mexe com o público e era uma das novelas mais pedidas no canal de reprises da Globo. “Por mais que a novela tenha situações de conflitos fortes, o espectador é levado de uma forma mágica e onírica. Parece sempre que está entrando num universo doce e apimentado e sempre vai se dar muito bem. Está sendo maravilhoso e divertido rever uma novela com muito humor e gostosuras”, conta Renato, em entrevista ao Próximo Capítulo.
Quem vê Renato na leveza de Chocolate com pimenta pode estranhar a participação dele como Cipriano no filme O cemitério das almas perdidas, de Rodrigo Aragão. O longa é de terror e flerta com o horror fantástico, gêneros em alta no audiovisual brasileiro.
“Acredito que O cemitério das almas perdidas veio para mudar o panorama de filmes de terror no Brasil”, empolga-se o ator. “O nosso público depois desse filme vai enxergar o gênero terror (horror fantástico) de outra forma. Um épico simplesmente arrebatador que leva o público a sair desse nosso cotidiano monstruoso que estamos vivendo, principalmente político”, completa.
Renato vê a arte sendo mais ampla do que atuar num filme ou numa novela. Por isso, participa do projeto Feito tatuagem, do fotógrafo Sérgio Santoian nas redes sociais e em painéis no metrô de São Paulo. Com o rosto e o corpo “coberto” virtualmente por uma palavra, os cliques de Santoian falam de amor, de respeito e – porque não? ー de política, sem ser partidário. “As artes dialogam sempre, seja na atuação, seja na fotografia, atingindo o inconsciente coletivo e fazendo uma real catarse na sociedade. Feito tatuagem consegue resgatar a comunicação, muitas vezes distorcida nesse nosso dia a dia brutal e insano”, afirma o ator.
“Através da escolha de uma palavra ‘tatuada’ no rosto estabelecemos um outro nível de comunicação, resgatamos o olho no olho, respeito e amor para com o outro. Damos um espelho para sociedade se enxergar através do outro”, continua Renato, que escolheu a palavra “respiro” para a experiência.
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