Em mais de 50 anos de carreira, a eterna namoradinha do Brasil (rótulo de que ela não costuma gostar muito) teve interpretações memoráveis como a Ritinha de Irmãos Coragem (1970) ou a personagem título de Malu Mulher (1979), mulheres que mostraram ao país uma Regina doce e outra combativa.
O tempo foi passando e as décadas de 1980 e 1990 reservaram os melhores papéis da vida de Regina Duarte na televisão. Em 1985, a Viúva Porcina de Roque Santeiro divertiu e emocionou o país. A trama de Dias Gomes tinha forte carga política, tanto que teve a primeira versão (com Betty Faria no papel) proibida pela censura. Quando foi ao ar, Regina deitou e rolou no papel, ao lado de José Wilker (Roque) e de Lima Duarte (Sinhôzinho Malta).
Três anos depois veio Vale tudo. A clássica novela de Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Basseres trazia Regina no papel da batalhadora e sofrida Raquel Acioli, mãe da icônica vilã Maria de Fátima (Gloria Pires). Até hoje, a cena em que Raquel rasga o vestido de noiva da filha num ataque de fúria é referência para muito noveleiro de plantão.
Em 1990, a Globo reuniu um elenco de peso em Rainha da sucata, de Silvio de Abreu. E lá estava Regina Duarte como a protagonista Maria do Carmo, ao lado de colegas como Tony Ramos, Fernanda Montenegro, Gloria Menezes, Aracy Balabanian, Nicette Bruno, Lima Duarte, Paulo Gracindo e tantos outros. A personagem saía do nada, de um negócio de ferro velho comandado pelo pai, para o posto de bem-sucedida empresária. O curioso – que rendeu boas cenas à atriz – é que os hábitos de Maria do Carmo ficaram intocáveis. Em plena Era Collor, a ética era discutida em meio à ficção.
Em 1995, veio a primeira do trio das Helenas de Manoel Carlos defendidas por Regina Duarte, a de História de amor. Depois, veio a mais bem-sucedida delas, a de Por amor (1997), aquela da troca de bebês, mais uma cena de Regina que entrou para a história das novelas brasileiras. A terceira personagem foi a protagonista de Páginas da vida, a mais fraca delas.
Aí a carreira televisiva de Regina Duarte já apresentava uma irregularidade enorme. A mesma atriz de Desejos de mulher (2002) não parecia ser a mesma de Chiquinha Gonzaga (1999) – uma era apática, a outra, luminosa. Infelizmente, os percalços foram se acumulando a presença da atriz no elenco de novelas foi ficando cada vez mais rara. No remake de O astro (2011), Regina teve o último grande papel, a vilã Clô Hayalla. Mesmo assim, a performance dela passou longe da unanimidade.
O ingresso de Regina Duarte no governo federal encerra um ciclo (a Globo declarou que o contrato dela não pode ser mantido, caso ela tome posse realmente) marcado por grandes sucessos, muitos escondidos de uma geração que não viu Regina brilhar.
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