Nova produção promete muita tecnologia, contraste de geração e um olhar modernos sobre temas polêmicos; entenda cinco razões que fazem de Pantanal ser singular na TV
12 anos depois, Pantanal está de volta nas telas e não em faixas como “Vale a pena ver de novo” ou em reprises, a nova aposta da emissora é em um remake da novela de sucesso dos anos 90, que foi exibida na extinta TV Manchete. Dirigida por Bruno Luperi e com direção artística
de Rogério Gomes, a obra é uma saga familiar estrelada por Marcos Palmeira, Dira Paes e Juliana Paes e reconta a incomparável história do bioma brasileiro que tem o amor como fio condutor e a natureza como protagonista.
Para se preparar para a estreia separamos 5 curiosidades sobre a trama. Confira:
Investimento Tecnológico
As novidades da novela vão além de uma grande aposta na caracterização e no figurino. O investimento na novela foi até mesmo para a tecnologia usada. O primeiro episódio da trama, por exemplo, foi produzido em 8K, uma evolução em relação ao 4K, utilizada anteriormente, e representa uma qualidade de imagem quatro vezes superior.
Para captar a sensação dos animais em cena, como a onça — personagem central da trama — cobras e bois, foi utilizado um método chamado de rotoscopia, técnica que tem como referência uma imagem captada em vídeo, redesenhada quadro a quadro, resultando, então, na composição.
Para se ter uma ideia, para uma cena de oito segundos em que é utilizada a técnica de rotoscopia para inserir um animal em um ambiente interno, são necessárias, em média, 48 horas de trabalho em efeitos visuais. Houve também gravações que tiveram a presença real de alguns animais no set de gravação no Pantanal e depois eles foram reproduzidos graficamente em modelos 3D, modelo muito utilizado em Hollywood.
De Geração para Geração
Bruno Luperi é o autor da nova versão da novela, mas sua participação no texto tem um significado ainda mais especial. Ele é neto de Benedito Ruy Barbosa, autor da primeira versão que estreou em 1990. Em 2016, Bruno fez a sua estreia na televisão escrevendo, ao lado de sua mãe, Edmara Barbosa, a novela Velho Chico e se tornou, aos 28 anos, um dos mais jovens autores a escreverem para o horário nobre.
Modernização da trama
A primeira versão da novela estreou em 1990 e muita coisa mudou de lá para cá. Um ponto importante da nova versão, segundo o autor do folhetim, é a atualização de temas como machismo, que é muito presente em cidades interioranas.
Assim, Bruno afirma que a nova trama tem personagens mais novos que vão contestar certas atitudes, que não seriam discutidas na versão original. “Procurei legitimar as personagens femininas, trazer luz para as questões que envolvem elas e para a força que elas têm”, explicou Luperi.
“São vários os temas que vamos abordar e estamos fazendo isso com muita responsabilidade, com um estudo grande por trás, buscando argumento com uma equipe muito competente”, completou.
Tem ator que estava na primeira versão
Interpretando o grande José Leôncio na novela, Marcos Palmeira é figurinha repetida em se tratando de Pantanal. Na primeira versão do folhetim, o ator fez o papel de Tadeu, mas agora dará vida ao protagonista da obra. Já o personagem interpretado por ele em 1990, agora será feito por José Loreto.
O interessante da dinâmica, é que Tadeu é filho “postiço” de José Leôncio, ou seja, Marcos interpretou o filho e na versão que estreia hoje, interpretará o pai.
Despedidas
Ao final de Pantanal (2022) Juliana Paes fará a sua despedida de contrato com a TV Globo depois de 21 anos na emissora. Isso significa que a atriz agora não fará mais parte do revezamento para novelas e só participará de produções em obras específicas e isoladas. No papel de Maria Marruá, Juliana dá vida a uma personagem que tem conexão direta com o bioma Pantanal.