Após uma estreia ressonante no começo de 2019 no Festival Sundance, Paddleton chegou ao catálogo da Netlifx no fim de fevereiro. Com direção de Alexandre Lehmann — também responsável pelo roteiro ao lado de Mark Duplass —, o filme aborda, essencialmente, uma história de amizade, que não resiste a tudo, mas é revigorante enquanto dura.
O plot não é necessariamente novo, pelo contrário, grandes produções já ganharam fama ao abordar uma amizade masculina de meia idade nas telonas. No caso de Paddleton, contudo, o que chama a edição não é necessariamente a proposta, mas sim a execução.
Os vizinhos Michael (Mark Duplass) e Andy (Ray Romano) estão prestes a entrar na terceira idade vivendo uma vida comum, da típica classe média baixa de um subúrbio interiorano norte-americano. Entre o trabalho e os filmes de Kong-Fu, os dois passam os pacatos dias praticando paddleton, um jogo de raquete inventado.
Tudo vai bem, até que Michael descobre estar sofrendo de um câncer de estômago maligno. Em pouco tempo, o homem percebe que, no futuro, a única opção será a eutanásia. Seria errado dizer que este é o grande enredo do filme e que a partir daí os dois viverão uma aventura numa clássica road trip para encontrar o significado da vida.
A grande verdade é que ambos saem sim em uma viagem, essencialmente para comprar o medicamento que se tornará o responsável pelo suicídio induzido de Michael. Mas isso está longe de ser o grande clímax da produção. O que realmente importa aqui é como a amizade de ambos não é algo fora do comum, e mesmo assim, ainda é capaz de emocionar.
De certa forma, Paddleton é um duro lembrete sobre todas as amizades que fazem a nossa vida diária, e sobre o quanto damos — ou não — crédito a elas. Viver grandes emoções com um amigo é uma coisa, agora prestar atenção em quem está do nosso lado todo santo dia, nos bom e nos maus momentos, é outra bem diferente.
Mesmo não sendo um “blockbuster do streaming”, Paddleton merece uma chance dos usuários da plataforma. A história é muito bem desenvolvida, emociona e diverte. O toque de humor perante o conteúdo trágico é feito de forma bem pensada, equilibrada e eficaz.
Vale também citar o trabalho de Mark Duplass e Ray Romano, que carregam quase sozinhos as mais de uma hora de filme. Neste sentido, em especial Ray Romano. Longe dos papéis de comédia tradicional que lhe renderam o título de grande humorista da tevê norte-americana, o ator atinge um dos melhores níveis da carreira, com um show de atuação.
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