Otaviano Costa, o arquiteto de sonhos

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Otaviano Costa comanda o Extreme makeover Brasil, reality em que reforma casas e muda a vida de pessoas no GNT. Leia entrevista com ele!

Apaixonado por obras, o ator e apresentador Otaviano Costa dedica-se agora a reformas internas. À frente do Extreme makeover Brasil, reality do GNT cuja primeira temporada está disponível no Now (leia a crítica!) e a segunda está confirmada pela emissora, Otaviano tem a oportunidade de reformar casas, mas, mais do que isso, vidas, como ele mesmo gosta de frisar.

“Definitivamente (o Extreme makeover Brasil) é um programa sobre vidas humanas. A casa é o nosso refúgio, é onde estão nossas memórias, lembranças… Diz muito sobre a gente”, afirma Otaviano, em entrevista ao Correio.

Otaviano empresta toda a espontaneidade que o consagrou ao programa do GNT e também à adaptação da rotina ao coronavírus, para a qual aposta na criatividade. Ele está em casa com a esposa (a atriz Flávia Alessandra) e as filhas: “Conversamos, fazemos jogos, vemos séries… Inventamos uma rotina nova, mas que nos aproximou ainda mais.”

Confira entrevista com Otaviano Costa!

Foto: Michelle Tomaz/GNT. A segunda temporada do Extreme makeover Brasil está confirmada

Como o Extreme makeover Brasil surgiu para você?
Em comum acordo com a Globo, eu rompi o meu contrato, que ainda estava vigente. Eles foram incríveis. Queria explorar novas possibilidades, conhecer mais esse fenômeno que está acontecendo com a internet… E, no meio disso tudo, poucos meses depois, recebi esse convite do Grupo Globo para apresentar o Extreme makeover no GNT. Fiquei muito feliz porque é um formato de sucesso e que eu já assistia a versão de fora. O entrosamento com toda a equipe surgiu logo nas primeiras conversas. Não tinha não fazer parte desse projeto.

O Extreme makeover Brasil é um programa de reformas, mas acaba sendo também um programa sobre a história de pessoas. Como dosar essas duas coisas?
Definitivamente é um programa sobre vidas humanas. A casa é o nosso refúgio, é onde estão nossas memórias, lembranças… Diz muito sobre a gente. E, quando escolhemos uma casa, estamos escolhendo a história que vamos contar. Não é somente fazer obra por obra. Modificamos vidas mesmo. É um processo mais intenso. A gente se envolve, vibra com cada resultado alcançado. O programa toca a gente porque ele conta histórias que poderia ser a minha, a sua, a de um conhecido nosso… E isso é muito legal.

Em algumas cenas você brinca que vai quebrar uma parede ou consertar uma instalação elétrica. Leva jeito para pequenos consertos em casa?
Eu adoro uma obra (risos). É verdade! Eu e Flávia (Alessandra, atriz e mulher do apresentador) já fizemos algumas. É uma parada que a gente embarca mesmo. E eu sou aquele que se envolve no projeto, que gosta mesmo de meter a mão na massa. Levo o maior jeito mesmo. Gosto de casa, de cuidar mesmo. Eu sempre estou de olho nas coisas, não deixo nada quebrado muito tempo. Se for algo que eu saco, eu mesmo mexo.

As comparações com o Lar doce lar, quadro do Caldeirão do Huck, são inevitáveis. Como lida com elas? Tem espaço para todo mundo na TV?
Engraçado que pessoalmente nunca fizeram essa comparação. Tenho o maior carinho pelo Luciano e acho o Lar doce lar muito legal. Mas a proposta do Extreme makeover é diferente. O formato do Extreme existe há muitos e muitos anos no exterior. É um sucesso no mundo inteiro. Às vezes, no programa, só deixamos a estrutura, porque tudo é mudado e reformado. Mas eu acho que qualquer programa ou quadro que mude a vida de alguém para melhor, é bem vindo. Boas ações nunca são demais.

Foto: Michelle Tomaz/GNT. Otaviano Costa confessa que adora uma reforma

Depois de tantos trabalhos como apresentador acha que existe a “marca Otaviano Costa” de apresentar? Qual seria ela?
Acredito que sim (risos). São 30 anos de carreira já. Já fiz de tudo um pouco na TV. Acho que a minha marca é a minha espontaneidade. Eu gosto de pessoas, gosto de ouvir as histórias delas e de trocar com elas. E o mais gostoso é ser surpreendido por esses diálogos e interações.

O Extreme makeover Brasil é um programa num canal de TV fechada. Sentiu diferença do público atingido por ele em comparação ao Vídeo show ou ao Tá brincando, por exemplo?
Não, não senti essa diferença. Foi um programa que conquistou as pessoas. Vi muitos comentários nas redes sociais, até mesmo pessoalmente. Nem tínhamos estreado e já estávamos falando da segunda temporada, que vai rolar assim que passarmos por esse momento de pandemia. Mas é um programa diferente do Vídeo show e do Tá brincando, é outra comunicação. O que eu mais quero é experimentar todas essas formas de se comunicar. Tenho feito isso na internet com o meu canal no Youtube e com o OtaTalk nas minhas redes sociais, uma formato novo, tudo em parceria com a Play9.

Há planos de a Globo exibir o programa?
Eu não sei de nada concreto. Somente a Globo poderia dizer isso (risos). Mas, se acontecer, ficarei feliz. Extreme makeover Brasil ficou muito legal. Nossa primeira temporada tem histórias lindas, bem contadas… É um programa para a família toda, que emociona, diverte… Quem sabe?!

Você vem se destacando nos últimos anos como apresentador tanto na TV como no rádio. Como fica o Otaviano ator? Sente falta de atuar?
Meu lado comunicador é mais forte. Sem fazer isso, não seria feliz. O Otaviano ator não está na minha lista de prioridades, mas ele existe. Sempre serei ator. E quem sabe, eu não surpreendo com alguma novidade nesse sentido?! Eu estou aberto. Amo trabalhar, experimentar… Mas o foco mesmo é a apresentação, que isso fique claro.

O que um personagem precisaria de ter para te levar de volta às novelas?
Acredito que seja quase impossível eu voltar a fazer uma novela inteira. Essa é a verdade. Foi muito feliz na dramaturgia, tive papéis muito legais, mas o meu barato é outro mesmo.

O Brasil e o mundo têm passado por um momento difícil, que leva muitos à reflexão. Como você tem lidado com a questão do isolamento social?
É um momento difícil e novo para todos nós. O isolamento social é importante demais para achatar a curva de crescimento do coronavírus no país e evitar o colapso do sistema de saúde. Já estamos vendo notícias de falta de leito e tantas outras tristes. Eu sou muito privilegiado por ter uma casa, uma reserva financeira e não precisar ir para a rua. Quem tem essa possibilidade, fique em casa. É uma forma que temos de ajudar os profissionais de saúde e todos os outros que estão se arriscando para manter os serviços básicos. Aqui em casa, estamos eu, minha mulher e minhas filhas. Conversamos, fazemos jogos, vemos séries… Inventamos uma rotina nova, mas que nos aproximou ainda mais.

Acha que a sociedade sairá melhor dessa pandemia? É otimista com relação a isso?
Gostaria de acreditar que sim. Estamos vendo com essa pandemia que só a coletividade fará a diferença. Não dá para ter pensamento egoísta. Temos que pensar no próximo. Nossas ações agora impactam diretamente no outro. É preciso ter responsabilidade com os seus atos, ajudar quem precisa… Vejo tantas correntes e ações sendo feitas. Participamos de algumas aqui, por exemplo. Essa rede de afeto poderia seguir adiante.

O GNT tem feito uma campanha para que as pessoas fiquem em casa — da qual você participa. Como o artista pode ajudar as autoridades nesse momento? Ser uma figura pública nesses momentos traz uma responsabilidade social, não? Isso pesa de alguma forma para você?
Como artista, como alguém que as pessoas veem como exemplo, precisamos ajudar a disseminar a importância do isolamento social. Não temos uma vacina, não temos nenhum remédio que seja comprovadamente eficaz contra esse vírus. O que sabemos é que, se ficarmos em casa, evitamos que o vírus se espalhe com rapidez. Nós, aqui, estamos fazendo a nossa parte. Vejo muitas notícias, me informo… Importante também checar cada notícia que você recebe, porque existem muitas fake news. Não é um peso, não. É uma atitude consciente de que podemos ajudar dessa forma, porque eu sei que tem gente que não pode. Vivemos num país de extrema desigualdade social, infelizmente.

Vinícius Nader

Boas histórias são a paixão de qualquer jornalista. As bem desenvolvidas conquistam, seja em novelas, seja na vida real. Os programas de auditório também são um fraco. Tem uma queda por Malhação, adorou Por amor e sabe quem matou Odete Roitman.

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