Para um verdadeiro fã de séries citar alguns destaques do ano não é o suficiente. O Próximo Capítulo foi a fundo e preparou uma lista com os melhores episódios do ano.
A lista a seguir leva em consideração os episódios que mais conseguiram se destacar ao longo do ano, seja por qualidade técnica, seja por inovação, ou até mesmo no papel que tiveram em desenvolver uma ideia e, em consequência, formarem os pilares que levaram uma série ao sucesso.
Naturalmente, o Próximo Capítulo sabe que a lista pode ser controversa, por isso, fique à vontade se tiver alguma discordância para comentar os seus favoritos!
A franquia American crime story já deixou claro que não está para brincadeiras, e neste segundo ano não foi diferente. Com uma louvável riqueza de detalhes, a produção mostrou o quanto um dos crimes mais marcantes da história do pop não era apenas o que diziam os tabloides.
O piloto da série foi um dos grandes responsáveis por ditar o tom de toda a temporada, e sob a direção de Ryan Murphy (também criador e showrunner da produção), o publico mergulhou na trágica história de Gianni Versace pela perspectiva do assassino, Andrew Cunana (Darren Criss).
Entre atuações de ponta e uma medida bem desenrolada do enredo, este episódio não poderia ficar fora da lista.
Dirty John pode até não ser extremamente afiada em relação à inovação e qualidade técnica quanto outras séries desta lista, entretanto, consegue apresentar uma história e um piloto com extremo grau de entretenimento e com a medida certa para os fãs de uma reviravolta que mistura assassinato, sedução e muito, muito drama.
O piloto de Dirty John, estrelado por Connie Britton e Eric Bana, mergulha no pop que tanto agrada os fãs de tevê sem deixar de lado elementos essenciais, como uma excelente apresentação de enredo, atuações de qualidade e cliffhangers de primeira linha.
O desenvolvimento de Succession foi um dos mais falhos de 2018. Prometendo uma história interessante sobre o mundo – obscuro – dos grandes conglomerados de comunicação norte-americanos, em menos de cinco episódios, o público já estava preso em um dramalhão familiar que beirava os clássicos matinais mexicanos.
Contudo, a análise aqui se volta a apenas um episódio, e definitivamente o piloto de Succession ficou marcado no imaginário dos que o acompanharam como um dos mais glamorosos de 2018. Extremante coeso e direto, a quase uma hora do episódio destrinchou o enredo de apresentação de quase cinco protagonistas de forma organizada e divertida, algo que muitas produções simplesmente não conseguiriam sem fazer muita confusão.
Muitos apostaram que o lendário Jim Carrey já tinha brilhado em máxima intensidade com as produções cômicas da década de 1990, mas no protagonismo de Kidding, o ator mostrou que os dias de glória em Hollywood ainda prometem algumas temporadas a mais.
Em uma indústria que persegue a dramédia de forma atrapalhada e confusa, o piloto de Kidding deu um show ao abordar o gênero híbrido de forma tão afiada quanto uma navalha suíça. Entre tragédias e situações cômicas, a série consegue passar um contexto realista satisfatório ao retratar uma vida que vai além dos polos de simplesmente ser “boa” ou “ruim”.
Seguindo o mau exemplo de Succession, Bodyguard é outra que não conseguiu fechar um ciclo de excelência durante toda a temporada, entretanto, os dois primeiros episódios merecem glórias, em especial, o segundo. Sabendo ponderar muito bem cenas de ação e explosões com um tom dramático acentuado (classicamente britânico), o episódio que seguiu o piloto teve um show do que pode ter de melhor em uma série: atuação, continuidade e até cenas em plano sequência no meio de Londres.
O episódio/filme oficialmente é classificado pela Netflix como um “evento”, de qualquer forma faz parte do universo da série Black mirror, logo, está apto a figurar em nossa lista. A produção, ao longo de todo 2018, esteve cercada de rumores, mas nos últimos dias do ano os fãs puderam finalmente conferir do que se tratava. E não para menos, foi um verdadeiro “evento”.
A plataforma do streaming permitiu uma interatividade considerável ao público. Algo que não é inédito na tevê, mas mesmo assim muito inovador em diversos aspectos. O que mais se destaca em Bandersnatch é o louvável esforço que a produção empreendeu em ligar o poder de decisão do público ao enredo de “realidade como uma ilusão” que a série apresenta.
Na prática, esse poder de interatividade não é tão genial quanto parece, afinal os resultados das nossas escolhas são, de certa forma, limitadas e previsíveis em relação ao fim trágico. Contudo, é impossível não se divertir com as escolhas – especialmente se você escolheu o final que explica a própria Netflix.
O fim da segunda temporada de The handmaid’s tale pode até não ter agradado a todos, mas mesmo assim, a série conseguiu manter importantes pontos de qualidade que a fizeram famosa no ano de estreia. O drama calibrado ainda se mantém como um dos únicos na atualidade a conseguir tamanha carga de sensibilidade.
Neste quarto episódio do segundo ano, transmitido ainda em março, o público acompanha alguns momentos chaves para a história, como o retorno de June (Elisabeth Moss) para Gilead após uma fuga frustrada. Entretanto, logo percebemos que as coisas não serão como antes, especialmente porque a aia – finalmente – consegue usar do poder que tem ao carregar um bebê.
Os conflitos, em tom de escala, com Serena (Yvonne Strahovski) mostram que os próximos episódios terão uma marca de maior tensão na casa dos Waterford. E essa promessa, The handmaid’s tale conseguiu manter.
Assim como Bandersnatch, Escape at Dannemora é um uma produção jovem, mas nem por isso deixou de empolgar. Estrelada por Patricia Arquette, a série conta a história real de uma funcionária de um presídio que se envolve em um relacionamento sexual com dois presos e acaba os ajudando a fugir.
O piloto da produção é o grande responsável por unir e apresentar todas as pontas dessa história inimaginável e extremamente grotesca. Escape at Dannemora tem como principais pontos positivos o fato de colocar em cena um grande embate entre os desejos e razões humanas, o quanto somos pressionados a uma convivência social, mesmo quando não queremos, e nada melhor para representar esse microcosmo de estudo comunitário do que uma prisão.
De maneira sintética, o primeiro episódio da minissérie desponta uma história de muita tensão, construída de forma que beira a perfeição, e um time de atores quer simbolizam a primeira linha dessa profissão na tevê.
Se essa lista estive apontando as melhores produções de tevê do ano, Objetos cortantes provavelmente ficaria no topo. A produção deu um verdadeiro show de qualidade na arte de contar uma história seriada. Sob o comando da brilhante Amy Adams, o público mergulhou nos mais sombrios confins da mente humana, desenhado por traumas de infância e relacionamentos familiares apodrecidos, um território difícil de ser representado, mas que foi explorado de forma sublime pela produção da HBO.
Ao longo dos dois primeiros episódios de Objetos cortantes, o público é apresentado a uma protagonista que está a beira de um ataque final de ansiedade. Camille (Adams) está sob uma pressão absoluta ao ter de investigar um assassinato sob o prisma da própria infância, em uma cidade que lhe lembra, essencialmente, sofrimento e dor.
E se no piloto e no segundo episódio existe uma exploração desta personalidade de Camille, o terceiro episódio apresenta uma explicação. O flashback da última internação da personagem em um hospital psiquiátrico, e o quanto o momento tocou-lhe uma parte essencial ao criar uma amizade, é quase um renascimento de Camille, um foco de luz sobre a natureza da complexa protagonista que Adams entrega com extrema maestria.
Enfim, um episódio recheado de catarses e reflexões que merecem extrema celebração pela qualidade em quase todos os quesitos que uma produção televisiva pode ter.
Grande parte da fama de The handmaid’s tale surgiu a partir da violência que os episódios apresentavam desde a primeira temporada. Ataques sexuais, torturas físicas, abusos psicológicos. A série nunca tentou escapar desta cortina de extremo, pelo contrário, a mensagem da produção é clara: se um regime ditatorial de fato existir, isso é o que ocorrerá.
De certa forma, um dos grandes trunfos de Holly, e a explicação para a vitória deste 11° episódio na nossa lista, é apresentar o ápice desta “dureza”, que fez a fama da série. Se no capítulo anterior o público ficou chocado com o estupro de uma personagem grávida, em Holly tudo foi jogado no ventilador com a necessidade de June fazer o próprio parto durante uma tentativa de fuga após o reencontro com a primeira filha.
Outro ponto que também marcou Holly foi a excepcional qualidade técnica aliada a capacidade de atuação genial de Elisabeth Moss. Quase sozinha ao longo do episódio, a atriz foi responsável por fazer um grande ponto de conexão na história de The handmaid’s tale, em que a protagonista enfrenta o maior medo, e rompe o espaço de limitação e terror encarado até então para surgir com a força de resgatar a outra filha, roubada por Gilead.
Holly é um daqueles episódios que ficam para a história e marcaram a existência da série ao proporcionar um drama de primeira qualidade ao público.
E ai, curtiu a lista? Qual episódio você acrescentaria?
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