Cidade do México* — Na próxima sexta-feira, 18 de agosto, a Netflix libera a primeira temporada completa da série Os Defensores. A produção é o quinto seriado original da parceria entre o serviço de streaming e a Marvel e reúne os quatro heróis da plataforma: Matt Murdock (Charlie Cox), o Demolidor; Jessica Jones (Krysten Ritter); Luke Cage (Mike Colter); e Danny Rand (Finn Jones), o Punho de Ferro.
A série chegará à Netflix após a criticada primeira temporada de Punho de Ferro, lançada em março e que serve de pontapé para o início da história, que se passa alguns meses após os acontecimentos das produções individuais de cada herói. Há um foco maior nas tramas que se desenrolaram na primeira temporada de Punho de Ferro e na segunda de Demolidor, muito por conta da presença do Tentáculo novamente como uma das organizações vilãs da série ao lado da nova personagem, Alexandra (Sigourney Weaver), e do retorno de um rosto já conhecido do público, Elektra (Élodie Yung), na pele da arma humana letal Céu Negro.
O principal desafio de Os Defensores foi encontrar um tom para unir quatro personagens tão distintos, que estão em séries com características que também são diferentes. Para o ator Finn Jones, inclusive, esse é o principal tema da primeira temporada da produção. “Como você junta esses quatro indivíduos que gostam de trabalhar sozinhos e não confiam nas pessoas numa mesma sala e faz com que eles confiem uns nos outros e trabalhem juntos? Esse é um dos temas de Os Defensores”, afirma o ator.
Para isso, a série ganhou um ar mais leve, um visual mais claro (inclusive, com uma paleta de cores específica para cada personagem) e com um tom de comédia bastante presente, uma característica da Marvel em algumas de suas histórias em quadrinhos, mas, principalmente, nos cinemas com filmes como Os Vingadores e Guardiões da Galáxia. “(a série) É algo divertido e uma celebração a esses quatro super-heróis”, define Jones sobre a primeira temporada de Os Defensores.
Com quatro protagonistas juntos em uma série, Os Defensores tem um ritmo um pouco mais devagar do que o público está acostumado. Ao longo dos primeiros três episódios, a história estabelece a situação de cada personagem naquele contexto e, aos poucos, vai levando a caminhos em que as trajetórias de Matt Murdock, Danny Rand, Jessica Jones e Luke Cage se encontrem.
“Você tem esses personagens se encontrando depois de um tempo e quando eles ficam juntos é engraçado, explosivo e há química. Acho que é isso é a melhor coisa da série”, conta animado o ator Finn Jones. Charlie Cox, o intérprete do Demolidor, completa sobre seu personagem: “Nessa série em particular acho que o Matt (Murdock) está reconhecendo os benefícios e os ônus de ter ajuda. Inicialmente, ele não tem nenhum desejo de trabalhar com outras pessoas, mas é forçado a essa situação e rapidamente ele, não só reconhece que a ajuda é necessária, mas que é um benefício, porque ajuda o seu espírito. Ele está em um lugar muito sombrio quando conhece esses personagens”, adianta.
A série ainda se aproveita dos personagens coadjuvantes das quatro produções, que vão sendo incorporados à história, principalmente, as personagens femininas que aparecem com destaque. “A nossa série mostra personagens femininas fortes e isso me dá muito orgulho. Temos personagens fortes e mais vividas que os homens e acho que representa a vida real”, analisa Finn Jones.
Três perguntas // Finn Jones e Charlie Cox
A primeira temporada de Punho de Ferro recebeu várias críticas negativas. O que você teria a dizer para essas pessoas que não gostaram da série?
Finn Jones: Isso foi a minoria. Desde que a série foi lançada, honestamente, eu não recebi nada além de apoio, amor e admiração pela série e pelo personagem. Eu tenho rodado o mundo desde que a série estreou e as pessoas me mandam isso pelo menos três vezes por semana: “Não escute o que as pessoas estão falando na internet. Nós amamos a série e entendemos o que está acontecendo com o personagem”. Então pode ser que haja uma minoria na internet falando algumas coisas, mas não acho que represente a audiência em geral e acho que em Os Defensores vamos ver como Danny é e isso é algo maravilhoso sobre o personagem, que está nessa jornada. Não vemos no Punho de Ferro esse super-herói perfeito. O engraçado é que temos essa vulnerabilidade e fragilidade do personagem e o fazemos crescer em algo que tem propósito e responsabilidade. Uma das melhores coisas sobre Os Defensores é que quando ele conhece os outros heróis e vê suas habilidades, ele pensa: “Uau, essas pessoas têm habilidades e as usam de forma responsável”. Acho que será ótimo quando as pessoas assistirem Os Defensores e souberem tudo que o Danny passou até aquele ponto. Acho que será gratificante ver o personagem crescer e ver no que ele se tornará.
Super-heróis costumam ser estereotipados. Vocês acham que nas séries e nos tempos de hoje os atores têm como desenvolver mais esses personagens?
Charlie Cox: Acho que há o risco e uma tentação de quando você está fazendo um conteúdo sobre super-heróis. O que acontecia mais nos filmes era focar só nas habilidades e no poder. Acho que um dos motivos dessas séries terem se tornando interessantes e terem tido sucesso é porque com 13 horas nós podemos ver esses personagens comprometidos no que eles são capazes de fazer e depois vamos a casa deles e vemos como eles se sentem sobre o que fazem. Essas são as minhas cenas favoritas, quando Matt sai, traz pessoas que ele acredita que precisam de justiça e quando ele vai para casa e olha em seus rostos, ele vê as dúvidas, o medo e a vergonha do que estavam fazendo. Acho que isso são algumas das coisas que as pessoas se relacionam com a série. É o mais interessante no que entregamos sobre fazer essas séries e personagens.
Antes de Mulher-Maravilha tivemos Jessica Jones na Netflix. Qual é a opinião de vocês sobre ter a primeira heroína à frente de uma série?
Charlie Cox: Eu queria que Krysten (Ritter) estivesse aqui para responder a essa pergunta, porque ela fala sobre isso de forma tão eloquente e nós realmente não estamos na posição para falar sobre isso… Uma das coisas que ela fala, que eu acho muito legal, é que não há em nenhum momento em Os Defensores em que alguém faz referência ao fato de Jessica Jones ser uma mulher e nós sermos homens. Isso nem é falado e acho que o fato de não ter nenhuma cena assim é uma evidência de um grande progresso, porque não são três homens e uma mulher dentro de um ambiente, são quatro heróis, independentemente de gênero e acho isso muito legal.
* A repórter viajou a convite da Netflix
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