O Amazon Prime Video estreou na última sexta-feira os filmes A menina que matou os pais e O menino que matou meus pais, ambos baseados nos autos judiciais do assassinato do casal Manfred e Marilza von Richthofen pela filha deles, Suzane von Richthofen, pelo namorado dela, Daniel Cravinhos, e pelo irmão dele, Cristian Cravinhos. O crime, em outubro de 2002, chocou o Brasil e teve ampla repercussão nacional.
Intérprete de Cristian Cravinhos, Allan Souza Lima acha natural o interesse do público por esse tipo de filme, em que a base é um crime real do qual sabemos o desfecho. Nesse caso, Suzane e Daniel são réus confessos, foram condenados e presos.
“O ser humano gosta de ver a desgraça alheia. Pode parecer cruel o que eu falo, mas a realidade é essa. Ninguém vai assistir ao BBB pra ver todo mundo se dando bem. O programa se tornou cult porque tem atores, influenciadores, mas é um zoológico humano. O que aconteceu com a Karol Conká foi exatamente isso. As pessoas torciam para o circo pegar fogo, e essas mesmas pessoas eram as que colocavam o dedo, como os grandes césares romanos nas batalhas dos gladiadores, que decidiam se essa pessoa vivia ou morria, e muitas das vezes torciam pela morte. Essa é a resposta que eu dou sobre o porquê de as pessoas quererem ver o filme. O ser humano tem esse lugar de interesse pela catástrofe”, comenta Allan, em entrevista ao Próximo Capítulo.
Assim, é normal que o público já eleja os “mocinhos” e “vilões” da história, com base nos próprios julgamentos. Um desafio do trabalho de Allan e também de Carla Diaz e Leonardo Bittencourt (intérpretes de Suzane e Daniel) é justamente dar humanidade a Cristian sem cair na armadilha da glamorização.
“Não podemos entrar julgando o personagem porque naturalmente já fazemos isso na vida, independentemente do fato. O fato aconteceu, estamos aqui para entender e estudar a história e a partir disso, de certa forma, tentar humanizá-lo. Qualquer ser humano, por maiores atrocidades que tenha feito, também é ser humano. Existe o lado humano também do Cristian, da própria Suzane, do Daniel Cravinhos. Isso é existente. É inerente ao ser humano. Temos momentos de felicidade, de tristeza, de loucura”, filosofa o ator.
Passado o lançamento de O menino que matou os meus pais e A menina que matou os pais, Allan terá pela frente uma empreitada bem mais leve nas telonas: a comédia Arcanos, na qual contracenará com Lília Cabral. “O filme retrata a saga de uma taróloga trambiqueira, que acaba pegando um anel do meu personagem. Ela foge pro Maranhão e eu vou atrás em busca desse anel”, adianta o ator.
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