Crédito: Anne Marie Fox/HBO
Lena Dunham, criadora e uma das protagonistas de Girls, está de volta à telinha. Porém, dessa vez, atrás das câmeras. A atriz é uma das criadores da comédia Camping ao lado de Jenni Konner, com quem ela também trabalhou na época de série — relembre aqui o final de Girls.
Lançada em outubro na HBO, a comédia tem como base a produção homônima britânica de Julia Davis. Na versão norte-americana, a história em gira em torno de Kathryn (Jennifer Garner), uma mulher controladora e com muitas neuras que decide organizar uma viagem para um camping para celebrar o aniversário do marido Walt (David Tennant).
Para a comemoração, Kathryn convida três casais: a irmã Carleen (Ione Skye) e o cunhado Joe (Chris Sullivan) e os melhores amigos de Walt e suas respectivas esposas, George (Brett Gelman) e Nina-Joy (Janicza Bravo), e Miguel (Arturo Del Puerto) e Jandice (Juliette Lewis), que, na verdade, é a nova namorada do homem.
Logo em seu primeiro episódio, Camping mostra que será a partir dos problemas de Kathryn que a série irá mostrar os dramas de todos os personagens. Extremamente organizada, a protagonista começa a trama se estressando com o local do camping e depois com tudo que saiu do script da viagem: a presença não avisada da filha de Joe; a separação de Miguel e, consequentemente, a chegada de Jandice no lugar da ex-mulher; e o fato de ninguém querer seguir suas ordens.
Camping deveria se aproveitar de sua protagonista para fazer rir. Mas é difícil ter compaixão com Kathryn. A personagem é arrogante, dura e chata. O que dá espaço para outros personagens brilharem, como Jandice, a namorada liberal e roots de Miguel, Joe, em mais uma atuação inspirada de Chris Sullivan, que está muito bem também em This is us (saiba mais aqui sobre o drama familiar), e Harry (Bridget Everett), a dona sem noção do espaço do camping.
São esses personagens que tiram o peso de Camping. Porém, só esses três personagens fazem Camping realmente valer. Os demais são tão sem graça que, em alguns momentos, até da dó dos atores, que não são ruins, mas vivem personagens sofríveis, como David Tennant, na pele de Walt, um homem tão submisso a mulher que dá vontade de entrar na tela para dar uns tapas nele.
Por não ser uma comédia tradicional, é difícil cravar algo sobre a produção. Ela tem momentos muito chatos, mas também situações em que acerta em cheio. E isso a faz parecer demais com Girls. Ao mesmo tempo que é ousada por mostrar um grupo de personagens problemáticos, com inseguranças e erros e acertos, é cansativa por querer usar de um humor diferenciado, que, nem sempre, funciona de verdade.
A comédia é exibida aos domingos, às 23h, na HBO. Também está disponível na HBO GO. A primeira temporada é formada por oito episódios.
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