O que achamos de Planeta B, da cia. Os Melhores do Mundo

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Seriado Planeta B estreia nesta segunda-feira (10/7) no Multishow. Leia crítica dos dois primeiros episódios

Já tem algum tempo que o Multishow adotou a estratégia de liberar episódios de novas produções com antecedência em suas plataformas digitais. O seriado Planeta B, da cia. brasiliense Os Melhores do Mundo, que estreia nesta segunda-feira (10/7) às 22h30, teve três capítulos disponibilizados na semana passada no Net Now. O Próximo Capítulo aproveitou a oportunidade e assistiu aos dois primeiros dos 24 episódios da temporada. Abaixo, saiba o que achamos da primeira série original e autoral da trupe. Antes, entenda mais sobre Planeta B e leia entrevista com os atores aqui.

Análise do Vinicius

Tenho que confessar não ser um grande fã do teatro da cia. Os Melhores do Mundo, mas reconheço que o pessoal tem público na capital federal e talento para a comédia. Talvez por serem crias dos palcos, os atores se saiam melhor nas cenas de Planeta B que contam com a plateia. Com a ajuda do público, as piadas funcionam melhor. O núcleo da nave é sem graça.

É na Terra também que estão os melhores personagens. É bom ver a ousadia das piadas com os ex-presidentes da República, o frescor de brincadeiras com temas políticos ou com futebol, as boas sacadas de nomes dos personagens, como Olavo Jatobá (Welder Rodrigues), juiz Nascimento (Victor Leal) e o médico Luan (Victor Leal), referência clara ao cantor Luan Santana. Mas é só. E sendo só, cansa — ainda mais porque os episódios têm, desnecessariamente, mais de meia hora de duração.

Como o segundo episódio é um pouco melhor que o primeiro, fica a esperança de uma crescente. Mas, sinceramente, acho que não virá. O Planeta B começa a viagem meio desgovernado, à espera de um rumo ou de novos comandantes.

Crédito: Multishow/Divulgação

Análise da Adriana

Bastante popular no mundo teatral, a cia. Os Melhores do Mundo tinha uma grande responsabilidade ao trazer o humor dos palcos para a telinha. Não sei ao certo se isso funcionou no quesito piadas, já que não me peguei rindo ao longo dos dois primeiros episódios.

Mas devo admitir que o mérito de Planeta B está na ousadia de criticar a política nacional e nas sacadas — que são muito boas, apesar de não estimularem a risada (pelo menos, a minha). A série já começa fazendo uma referência a Star wars no início de cada episódio e, depois, na abertura engrena uma menção ao tema do programa radiofônico A voz do Brasil. Achei ambos muito legais!

Também é interessante a retratação dos ex-presidentes brasileiros na parte em que a série se passa no Brasil, mais especificamente nos Lençóis Maranhenses. Inclusive, esse é o núcleo que funciona melhor. A parte da nave me dá uma impressão de estar assistindo a Casseta & Planeta, mas na época em que o humorístico já tinha perdido a graça.

Se Planeta B não me fez rir, pelo menos me fez acreditar que há espaço na televisão para escancarar a podridão da nossa política. Mas se você já está acostumado a achar graça nos espetáculos da trupe, quem sabe você seja fisgado pela série.

Adriana Izel

Jornalista, mas antes de qualquer coisa viciada em séries. Ama Friends, mas se identifica mais com How I met your mother. Nunca superou o final de Lost. E tem Game of thrones como a série preferida de todos os tempos.

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