“Condomínio Maldivas, onde nada é o que parece ser”. O slogan lançado logo no início da série Maldivas é a deixa para o desfile de clichês, humor e mistério que virá a seguir. A comédia com pitadas de suspense chega quarta-feira (15/6) ao catálogo da Netflix. O Próximo Capítulo assistiu aos primeiros episódios e te conta o que esperar da produção estrelada por Bruna Marquezine.
A atriz vive Liz, jovem que cresceu sem a mãe, criada pela avó (interpretada com graça por Ângela Vieira), e que resolve ir atrás da genitora, moradora do condomínio Maldivas. Liz não chega a conhecer Léia (Vanessa Gerbelli, outro destaque do elenco), morta num misterioso incêndio.
Esse mistério é o que move Liz a partir daí. A menina se vê no meio de uma investigação e, como não confia na polícia, resolve que vai desvendar o crime por conta própria. Bruna parece pouco à vontade no papel ー talvez Liz ainda esteja sob o choque de perder a mãe logo que resolve conhecê-la. O fato é que a interpretação vem com pouquíssimas expressões.
A pegada cômica de Maldivas acaba chamando mais a atenção nesse início de série. O condomínio era administrado por Milene (Manu Gavassi), que perde a eleição de síndica para Léia. Quando ela morre, o cargo fica com Verônica (Natalia Klein), subsíndica e única amiga leal de Léia. Natalia, também roteirista da série, aproveita cada linha do irregular texto de Maldivas e toma para si os melhores momentos dessa primeira metade da série.
Além da morte de Léia, Maldivas tem tramas paralelas interessantes ー algumas ainda mal aproveitadas. O consumismo desenfreado e inconsequente de Milene e o envolvimento do casal Kat (Carol Castro) e Gustavo (Guilherme Winter) com corrupção prometem deslanchar ainda mais. Ao contrário da chata crise conjugal de Rayssa (Sheron Menezzes), amante de Victor Hugo (Klebber Toledo), marido de Milene. A relação de Liz com a avó e o noivo, Miguel (Ricky Tavares), também não se desenvolveu ainda, mas tem todo o jeitão de mais um clichê.
Maldivas é boa série para se passar o tempo, daquelas que terminam exatamente quando terminam, sem nos deixar uma pulga atrás da orelha ou nos levar a uma reflexão, por exemplo. Tem uma boa vantagem: com episódios curtos, é altamente maratonável.
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