Atores símbolos de beleza (inclusive Tyler Posey, o eterno Teen Wolf), uma sinopse que aposta em muita sexualidade e a juventude de Los Angeles. A premissa que Now apocalypse apresentou desde a concepção misturava no caldeirão a receita perfeita para muito burburinho. Não para menos, a produção do canal a cabo Starz acabou se tornando uma das promessas para 2019.
Entretanto, o prato desta receita acabou se tornando um tanto quanto indigesto. Não por mal. A ideia da série é boa. Na prática, o grande plot de Now apocalypse é misturar a descoberta sexual dos jovens de uma grande metrópole mundial com elementos místicos e sobrenaturais. Mas então o que deu errado?
Ulysses (Avan Jogia) é o protagonista da série. Um garoto gay que atualmente vive focado em apenas curtir muito a vida, especialmente na vertente sexual. A primeira cena do piloto se foca exatamente na fuga de Ulysses da casa do amante no meio de um ato sexual depois da chegada do marido deste.
O garoto mora com o melhor amigo, o bobão Ford (Beau Mirchoff). Com o apoio dos pais, o rapaz se dedica a se tornar um roteirista na cidade do cinema. Mesmo estando mais interessado em conquistar o amor de Severine (Roxane Mesquida), Ford acaba sofrendo pela falta de vontade da garota em entrar em um relacionamento sério.
Na prática, Severine está mais focada na carreira de cientista, e vê em Ford apenas um corpo bonito para uma diversão rápida. Ainda entra no elenco Kelli Berglund, que interpreta Carly, a melhor amiga de Ulysses. Entediada com o namoro que não evolui, a garota passa a se dedicar ao serviço de Cam Girl, realizando os desejos sexuais — ou quase isso — de estranhos pela internet.
O pontapé inicial da história — criada por Steven Soderbergh e Gregg Araki — vem por parte de Ulysses. Com sonhos fantásticos que misturam bestas e absurdas situações sexuais, o jovem começa a flertar com a loucura de viver o que parece ser um permanente efeito de drogas. O pior é que toda essa bizarrice coloca o romance que Ulysses acaba de engatar com Gabriel (Posey) em risco.
Na prática, tanto o piloto, quanto o segundo episódio (até o momento já foram exibidos seis capítulos da história, que totalizarão dez para primeira temporada) não conseguiram refletir a ideia prévia de Now apocalypse. Antes de questionar o amadurecimento sexual como uma “fantasia de entorpecentes” — o que imagino ser a metáfora aqui — a produção está mais para um festival de cenas eróticas sem grande sentido.
Para explorar mais ainda essa sexualização, atores sem camisas — especialmente Mirchoff — e atrizes com os seios a mostra extrapolam o erótico e levam os gráficos da série para algo superficial e sensacionalista. Diálogos sem muito sentido e uma dificuldade em desenvolver de maneira mais clara o enredo ainda deixam uma desconfortável sensação de confusão para o público.
A impressão que fica de Now apocalypse é uma produção com uma boa proposta, mas com uma fundamental falha de execução.
A produção foi renovada para a segunda temporada, e você pode assistir ao piloto gratuitamente pelo site da emissora.
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