Sucesso e grande repercussão na internet fazem das reprises um filão a ser explorado. Fica a dúvida: o que está acontecendo com nossos folhetins?
Mal Celebridade (saiba mais sobre a novela) estreou no Vale a pena ver de novo, há duas semanas, e a internet não falava em outra coisa. Tieta, reprisada pelo Viva até semana passada, ocupou o rol de assuntos mais comentados no Twitter. Por isso a expectativa do canal para as estreias de amanhã é alta: voltam ao ar as minisséries O fim do mundo e Grande sertão: Veredas.
Além de serem reprises de produções que alcançaram bons índices de audiência quando exibidas pela primeira vez, as três novelas têm mais em comum: textos que superam os dos folhetins inéditos. Não que seja difícil: Pega pega, de Cláudia Souto, e O outro lado do paraíso, de Walcyr Carrasco, não primam exatamente pelo texto — embora tenham outros atrativos, é verdade. Apenas a produção das 18h, Tempo de amar, vale a pena pelas palavras.
Escrita por Gilberto Braga, Celebridade estreou em 2003 e marcou, entre outras coisas, pelo texto ágil e inspirado. A trama foca na vilã Laura (Cláudia Abreu), que quer se vingar de toda forma da empresária bem sucedida Maria Clara (Malu Mader). A cena da briga entre as duas no banheiro é antológica e já é bastante aguardada pelos internautas.
No lugar de Tieta, o Viva acerta em cheio ao trazer a reprise da minissérie Grande sertão: Veredas. Basta lembrar que a adaptação de Walter George Durst vem do clássico da literatura assinado por Guimarães Rosa. Na telinha, Diadorim e Riobaldo são vividos, respectivamente, por Bruna Lombardi e Tony Ramos. Vale a pena conferir o capricho dos 25 capítulos da produção original de 1985.
Mestre das novelas sobre o cotidiano carioca, Manoel Carlos e sua Por amor dão lugar, também no Viva a partir de amanhã, à minissérie O fim do mundo, de Dias Gomes. Mais uma vez, Bruna Lombardi aparece no elenco da novela que tem 55 capítulos e, sugestivamente por causa do título, estreou no ano 2000. A trama ainda é uma oportunidade para matar as saudades de José Wilker e Mário Lago. E também dos bons textos.