Crédito: João Miguel Júnior/Divulgação
Há três temporadas, a Globo aposta em tramas de época no horário das 18h, com Novo mundo, Tempo de amar e Orgulho e paixão — a última novela contemporânea do horário foi Sol nascente. Além de se passarem em um período anterior ao atual, as três novelas têm em comum uma característica interessante: todas tratam de temas contemporâneos.
Demarcação de terras indígenas, preconceito racial e corrupção (nesse caso sob a figura do “jeitinho brasileiro”) foram alguns dos assuntos abordados em Novo mundo, novela de Thereza Falcão e Alessandro Marson que se passava no período em que o Brasil era uma colônia portuguesa. Tudo isso sob uma perspectiva que misturava ficção e realidade, e leveza e dramaticidade.
Apesar de Tempo de amar ter ficado marcado como um folhetim romântico, o principal mérito da produção, que acompanhava o amor de Maria Vitória (Vitória Strada) e Inácio Ramos (Bruno Cabrerizo), foi incluir temas atuais dentro desse contexto. A trama dirigida por Jayme Monjardim abordou assédio sexual, racismo, analfabetismo e até assuntos relacionados à saúde pública, como a febre amarela — doença que tem voltado a alarmar o Brasil.
Depois de Novo mundo e Tempo de amar, o mínimo que Orgulho e paixão tinha que fazer era seguir o mesmo caminho. E a história de Marcos Bernstein faz isso. Desde a exibição dos primeiros capítulos ficou claro que a trama abordará com leveza e uma boa pitada de um humor a equiparação de gênero. Tudo isso, principalmente, pela figura das personagens de Nathalia Dill (Elisabeta) e Chandelly Braz (Mariana), mulheres independentes e à frente dos pensamentos do século 20.
Outro tema que deve ganhar espaço maior em breve na novela é a questão trabalhista, por meio da história da exploração dos cafezais de Vale do Café, cidade fictícia em que se passa Orgulho e paixão. Vale a pena ficar de olho no personagem de Rodrigo Simas, o Ernesto, jovem idealista que já começa a trama deixando o café do fazendeiro Xavier Vidal pela falta de garantia de pagamento.
Que venham ainda mais temas contemporâneos para Orgulho e paixão! E que a prática de unir história de época e assuntos atuais perpasse para outros folhetins. Afinal de contas, a leveza das tramas das 18h não precisar ser necessariamente puro entretenimento.
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