A séria que tinha potencial para mudar o Universo Cinematográfico Marvel (MCU) esbarrou nas fórmulas e pecou em não ousar; Confira a coluna
Por Pedro Ibarra
Os super-heróis são sucessos inegáveis no cinema e, nos últimos tempos, têm migrado com muita força para o streaming. Amazon Prime Video, Disney , HBO Max e até a Netflix investiram em produções de heróis e baseadas em quadrinhos.
Só este ano, somando os streamings, foram lançadas quatro séries novas e populares de heróis e ainda tem mais por vir, já que a Disney confirmou, pelo menos, mais uma, She-Hulk, em agosto.
Porém, em um mercado saturado, é necessário separar o joio do trigo. As produções, em sua maioria, são divertidas, mas algumas perdem força e acabam se tornando apenas mais uma em meio a uma imensidão de opções que os streamings dão para o usuário. Não importa se é Marvel, DC ou qualquer outra empresa, é necessário se destacar, se sobressair para ser lembrada.
Dois casos emblemáticos terminaram temporadas recentemente. O primeiro é Mrs. Marvel (foto), a série da Disney sobre a super-heroína Kamala Khan. O seriado, que apresentou a primeira personagem paquistanesa da Marvel, tinha cara do futuro do universo cinematográfico e, provavelmente, é chave para o futuro dos próximos filmes e séries.
A produção começou muito bem, com um elenco carismático e uma guinada que parecia fazer algo completamente diferente de tudo no gênero. Porém pecou no ritmo, acelerando demais em nome da ação, e perdeu o que tinha de melhor.
Outra série que apostou no diferente, mas deu certo foi The boys. A terceira temporada encerrou no último dia 8 e elevou a produção de patamar. A série fez críticas pertinentes, trabalhou bem os personagens, teve um salto visível de atuação e se estabeleceu como um dos principais produtos da Amazon Prime Video.
Ou seja, a pretensão fez a Marvel escorregar, enquanto que, com um trabalho calmo, outras produções vão ganhando espaço. O erro não será sentido, já que o universo compartilhado que foi criado fez da Marvel a maior gigante do gênero.
Porém uma história tão importante e representativa quanto e de Kamala Khan, uma jovem paquistanesa que precisa lidar com as próprias origens e o preconceito cultural enquanto salva o mundo, merecia ser lembrada como Pantera Negra foi nos cinemas e não se perder entre as estreias super-heroicas de um ano lotado.
Liga
HBO dominou geral! Com uma plataforma própria há pouco mais de dois anos, a produtora foi hegemônica no Emmy. Com 140 indicações, distribuídas entre 24 produções originais, a HBO bateu o próprio recorde e é a mais indicada para edição de 2022 da premiação. A gigante ainda teve a série mais indicada, Succession, que disputa 25 categorias.
Desliga
O Emmy rende muita discussão quanto às escolhas. A edição deste ano não foi tão polêmica, mas deixou alguns figurões de fora. Porém, uma ausência sentida foi a de Oscar Isaac. O ator concorre, sim, ao prêmio, por Cenas de um casamento, mas uma indicação merecida ele não recebe: a de Melhor ator em drama por Cavaleiro da Lua. Ele interpreta com maestria dois personagens, mas série de herói não costuma ganhar prêmio de atuação…
Fique de Olho
A premiada novela Caminho das índias reestreia no canal Viva na segunda
Também segunda, o reality a Ilha estreia na Record
A quarta é da quarta temporada de Virgin river da Netflix
Na quinta, a Paramount apresenta o documentário Adriano — Imperador
Para fechar a semana, o filme de Billy Porter Anything’s possible estreia, na sexta, na Amazon Prime Video