Desde 2016, a Netflix investe em produções originais no Brasil. Até o ano passado, o grande foco da plataforma de streaming eram as séries e os especiais. No entanto, agora, uma leva de longas-metragens nacionais está em produção.
Um dos primeiros a estrear será Modo avião, que chega ao serviço na quinta-feira (23/1). O longa-metragem traz na direção César Rodrigues, cineasta por trás de sucessos cômicos como Vai que cola e Minha mãe é uma peça 2, e no protagonismo Larissa Manoela, artista forte entre o público mais jovem.
Ao unir esses dois nomes, a Netflix passou uma mensagem clara: quer humor na dose certa e fidelizar o público juvenil, que recebeu muito bem a introdução do longa brasileira Cinderela pop no catálogo, sem falar nos hits internacionais como A barraca do beijo e Para todos os garotos que amei, que, inclusive, ganharão sequências.
Modo avião traz uma história bastante atual. O espectador acompanha Ana (Larissa Manoela), uma jovem digital influencer que vive em função da internet. Ela nunca desgruda do celular. Está postando o tempo inteiro ou produzindo conteúdo para as redes sociais. Tudo isso faz com que mantenha uma relação praticamente afastada dos pais e uma lista de infrações de trânsito, devido ao uso indevido do smartphone.
A premissa do filme parte do momento em que Ana bate, mais uma vez, o carro, e os pais decidem dar um jeito na menina. Eles querem que a protagonista se afaste do celular e, consequentemente, do cotidiano de digital influencer. O que não é nada fácil para Ana, não apenas por só saber viver assim, mas por ser subordinada à empresária Carola (Katiuscia Canoro), que manda e desmanda na vida da jovem, a ponto de influenciar no relacionamento dela, tanto amoroso, quanto familiar. A decisão dos pais, então, é mandar a menina para a casa do avô Germano (Erasmo Carlos), que leva uma vida offline em uma chácara no interior.
Modo avião aposta em uma temática extremamente atual, o que deve agradar ao público juvenil. É bastante relacionável o dia a dia de influencer de Ana. Qualquer pessoa que costuma dedicar horas às redes sociais consegue enxergar uma Ana em sua timeline.
Larissa Manoela está bem no papel da protagonista. Mas quem realmente rouba a cena é Erasmo Carlos como o fofo Germano e Katiuscia com a implacável Carola. O restante do elenco também tem destaque, como André Luiz Frambach, que interpreta João, um dos jovens que Ana conhece durante a estadia na casa do avô.
Por meio da história, o longa aborda os lados ruins da vida conectada, como o distância nas relações humanas, a futilidade e a superficialidade. Apesar disso, em alguns momentos, o filme tem uma abordagem boba, com cenas um pouco absurdas, como o convencimento de Ana a passar um período no avô e até a intensidade rápida da relação da personagem com o avô.
O fato de ser um híbrido de vários gêneros se mostra como ponto positivo da fita. Há momentos cômicos, situações que lembram um filme de romance e até horas de mais drama — esse último quando se trata das mensagens da produção, como de que há vida além da internet e da importância das relações familiares.
O filme foi feito para ser apenas um. Mas, dependendo do sucesso, pode ganhar uma sequência, o que poderia ser interessante. A história de Ana ainda pode render, assim como de Germano e do restante da trupe.
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