Um dos maiores inventores brasileiros, Santos Dumont será revisitado nas telas na minissérie homônima, que estreia neste domingo (10/11), a partir das 21h, na HBO. Com seis episódios, a produção tem direção de Fernando Acquarone e Estevão Ciavatta e roteiro de Pedro Motta Gueiros e Gabriel Mariani Flaksman. O seriado retrata a história do mineiro que personificou grandes transformações na virada do século. A narrativa se passa no fim do século 19 e início do século 20, entre o Brasil e a França, acompanhando a trajetória do aviador, desde a infância nos cafezais no interior de Minas Gerais até a aclamação nos aeroclubes de Paris. O papel ficou a cargo do ator João Pedro Zappa (Boa sorte), que vive Dumont na fase adulta e conversou com o Correio sobre a experiência. O elenco tem ainda o brasiliense João Campos. Confira!
Como veio a oportunidade de dar vida a Santos Dumont na minissérie homônima da HBO?
Recebi uma ligação da produtora de elenco, Athenea Bastos, me convidando para uma audição. Ela perguntou se eu falava francês. Respondi que se preciso fosse, eu falava. Falar mesmo ainda não falava, mas já gostava do desafio de atuar em outra língua. Em Gabriel e a montanha (filme de 2017), a maior parte das minhas falas era em inglês e foi uma experiência maravilhosa. Os diretores apostaram em mim, pois acreditavam em mim como Santos Dumont. Sou sempre grato a eles, que foram muito corajosos.
Como você se preparou para interpretar Santos Dumont?
Fora o intensivo de aulas de francês, li muitos trechos das diversas biografias e os dois livros que ele publicou. Somadas, essas obras reúnem relatos de terceiros, muitas imagens, fotografias da época e o próprio inventor narrando em primeira pessoa suas experiências e impressões sobre sua época. Eu passava bastante tempo só olhando para as fotos, tentando absorver ao máximo cada uma daquelas imagens.
Qual é a importância de termos uma minissérie nacional mostrando uma história de uma figura brasileira de relevância mundial?
Finalmente, vamos ter uma obra que conta a vida e os feitos históricos mais importantes do maior inventor brasileiro de todos os tempos e um dos grandes gênios da humanidade. Um conterrâneo que, muito à frente do seu tempo, foi capaz de contribuir com o progresso da tecnologia e da humanidade. É essencial para a saúde cultural de um povo celebrar esses nomes que entraram para a história.
Para você, foi mais fácil ou mais difícil interpretar um personagem real?
São processos diferentes. Não sei dizer qual é mais fácil ou mais difícil de interpretar, mas quando se tem um personagem fictício, em geral há mais liberdade para criar e o estudo do contexto em que a história se passa é muito importante. Já com um personagem real, o contexto segue com a mesma importância para a compreensão da história, mas o foco principal é a pesquisa histórica sobre a vida do personagem. Acredito que o processo de elaboração de um personagem fictício é mais imaginativo, enquanto o do personagem real é mais investigativo. Mas o ator é sempre um detetive.
Qual é a expectativa para o lançamento da minissérie?
Estou muito positivo com o lançamento da série. Fizemos um bom trabalho em todos os departamentos e o resultado está lindo. Confesso que estou um pouco ansioso pela repercussão da obra, mas esta ansiedade será saciada um pouco a cada semana, conforme os novos episódios forem sendo lançados. Estamos entusiasmados, como sempre estivemos em relação a este projeto.
O diretor Estevão Ciavatta também falou sobre a série. Veja abaixo!
O que vocês levaram em consideração na hora de retratar a história de Santos Dumont? O que sabiam que não poderia fazer de fora? E que curiosidades o público poderá encontrar na trama?
Queríamos fazer jus ao tamanho da importância deste gênio brasileiro. Por se tratar de uma biografia, vamos conhecer a história da aviação por meios de seus feitos, que não foram poucos. A volta na Torre Eiffel com a conquista do Prêmio Deustch e o voo do 14 Bis eram cenas que necessariamente teríamos que recriar. O espectador irá se apaixonar por Santos Dumont tanto quanto nós nos encantamos durante o processo de escrita e filmagem.
Como foi recriar um ambiente do fim do século 19 e início do século 20?
Um grande desafio e um grande prazer. Buscamos ser o mais próximos do mobiliário e decoração da época buscando sempre o uma imagem de grande beleza estética. Conseguimos um belo resultado sem sair do Estado do Rio de Janeiro.
A minissérie é ambientada na França e no Brasil. Onde foram feitas as gravações e quanto tempo durou?
Rio de Janeiro, Petrópolis, Seropédica e São Carlos (SP). Foram 14 semanas de filmagens.
Como vocês chegaram ao nome de João Pedro Zappa para o papel do protagonista?
Foram mais de 40 atores que fizeram o teste até chegarmos ao Zappa. Como ele falava pouquíssimo de francês, tivemos que colocar um professor particular nos 5 meses que antecederam a pré-produção.
A minissérie, inclusive, gerou um livro “mais leve que o ar”? O que podemos esperar dessa outra obra?
Este é um livro para o público infantil, já que a série é para maiores de 14 anos. Toda a genialidade de Santos Dumont já estava presente na sua infância na fazenda de sua família em Ribeirão Preto.
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