Um dos maiores pilotos que já dirigiu um carro de Fórmula 1, Ayrton Senna é também um ídolo incomparável para os brasileiros. Mesmo 30 anos depois da morte trágica no Grande Prêmio de Ímola, na Itália, o ídolo é ainda muito presente no imaginário nacional, mesmo de pessoas que não viveram no período em que ele dominou a F1. Como mais uma homenagem a esse grande nome do esporte, a Netflix lançou, na última sexta-feira, Senna, minissérie que adapta a trajetória dele para as telas.
Quem sente saudade pode rever os momentos dramatizados e quem nunca o conheceu pode experimentar a adrenalina da época. Porém, o principal está no fato de ser a primeira grande adaptação ficcional da vida do ícone das pistas. É possível enxergar das ultrapassagens aos amores pelos olhos de um dos maiores nomes do automobilismo mundial e uma das figuras mais importantes da história do Brasil.
Gabriel Leone adapta o visual e o sotaque para transmitir o carisma, a resiliência e o charme de Senna. Porém, o maior acerto não está em adaptar pessoas como Galvão Bueno (Gabriel Louchard), Xuxa (Pâmela Tomé), Adriane Galisteu (Julia Foti), Nelson Piquet (Hugo Bonemer), Alain Poust (Matt Mella) ou os familiares do protagonista. O pulo do gato é a forma como a emoção é colocada na tela.
Mesmo o maior dos fãs de Ayrton Senna vai se empolgar e sentar na ponta da cadeira nas corridas que são apresentadas. Porém, vai bem além da adrenalina dos carros em alta velocidade. No seriado, o espectador se sente dentro do cockpit da Williams, McLaren, Lotus e Toleman. Cada decisão, oportunidade de ultrapassagem e erro é dividido com o público de forma muito generosa. Ayrton Senna volta a ser do Brasil, mesmo que por seis episódios de uma hora.
O ponto mais especial está em mimetizar os sentimentos dos espectadores da época. Quando começa a chover em qualquer uma das corridas dramatizadas, a sensação de que Ayrton Senna vai vencer chega para um filho que nunca viu o piloto correr na vida real, como chegava para o pai assistindo aos Grande Prêmios na televisão aberta no passado. Tudo feito no ápice, tornando essa uma das produções brasileiras de maior qualidade técnica na era recente.
Em uma passagem importante do segundo episódio, Galvão Bueno fala para Senna que ele precisa ser campeão mundial, porque o Brasil já está passando por muitos problemas e precisa de uma alegria. A cena traz a sensação de que o piloto voltou para a tela dos brasileiros quando eles mais uma vez precisavam de um ídolo.
Essa é uma série que traz de volta o orgulho pelo país e une pais e filhos em torno de uma história que, apesar de curta, é crucial para o entendimento de que o brasileiro é, sim, capaz de conquistar o mundo. Sem Senna, o Brasil não seria o mesmo. Uma série falando sobre ele é cuidar da memória da nação. A produção faz gerações andarem de mãos dadas em um país que carece de união. Ou seja, mais uma vez, Ayrton Senna conseguiu unir os brasileiros para um momento especial em frente à tevê.
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