Crédito: Ramón Vasconcelos/Divulgação
Já disponível no Globo Play, a minissérie Assédio é mais uma das apostas da emissora para o serviço on-demand. A produção foi lançada com exclusividade na plataforma e para angariar ainda mais público terá exibição nesta segunda-feira (15/10) do primeiro episódio após a novela Segundo sol. A ideia do canal é apresentar a trama para uma gama ainda maior de espectadores, que, curiosos para os demais episódios, terão que acessar a plataforma para assistir os outros nove capítulos. Estratégia essa que foi usada neste ano com o lançamento de The good doctor — relembre aqui.
Assédio é o tipo de trama que chama atenção logo pelo enredo. A minissérie é inspirada na história do médico especialista em reprodução Roger Abdelmassih, que foi condenado a prisão por estupro com mais de 40 mulheres. Caso bastante conhecido pelo público brasileiro. Escrito por Maria Camargo, o roteiro é livremente baseado no livro A clínica: A farsa e os crimes de Roger Abdelmassih, de Vicente Viladarga. A produção tem direção artística de Amora Mautner.
Na minissérie, que tem dez episódios, a história é contada pelas vítimas do médico. Na ficção, a primeira personagem que aparece é Stela, vivida pela atriz Adriana Esteves e que dá nome ao episódio inicial. A mulher tem o sonho de ser mãe e, após tentativas frustradas, vai atrás do médico Roger Sadala, interpretado por Antonio Calloni. O profissional promete mundos e fundos para a mulher. Só que o momento da inseminação, que deveria ser o mais feliz da vida da personagem, se torna em um grande pesadelo quando ela é abusada sexualmente por Sadala. A personagem fica sem entender e em muitos momentos se culpa pelo que aconteceu.
Além de mostrar a história de Stela e o que tudo aquilo causou e representou na vida a personagem, o primeiro episódio de Assédio vai construindo a narrativa que vai permear a trama: a rede de casos contra Roger. Para isso, a história coloca a repórter Mira (Elisa Volpatto), que está investigando o médico e será a responsável pela descoberta, e vai mostrando o lado obscuro do até então respeitado especialista em fertilização. Sadala trai a mulher Glória (Mariana Lima), apresenta um temperamento agressivo até mesmo com os familiares e se aproveita de suas pacientes.
Nos demais episódios, a trama vai se abrindo para as demais vítimas que compõe essa rede de mulheres abusadas por Roger, que decidem finalmente revelar o caso. São elas: Eugênia (Paula Possani), Maria José (Hermila Guedes), Vera (Fernanda D’Umbra) e Daiane (Jéssica Ellen). Depois, a minissérie deixa de levar o nome das mulheres para ser intitulada pela cronologia do que irá acontecer: As vozes, O processo, O julgamento e A busca.
Por conta do tema e das cenas fortes, Assédio não é uma minissérie fácil de assistir. Pelo contrário, é difícil, porque é quase impossível não se envolver com as personagens, não se emocionar, não sentir raiva e não sentir uma certa impotência. Mas, ao mesmo tempo, vale a pena assistir, tanto pelo assunto extremamente necessário, quanto pela qualidade da produção. É uma trama muito bem construída e conta com um elenco excepcional. Além disso, a forma como o tema é retratado e discutido é tão verdadeiro que serve de alerta.
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