Com a chegada do fim de 2017, já é possível dizer que esse ano ficou marcado no mundo das séries como o período da estreia de produções que provocaram alguma reflexão mediante ao entretenimento. Pelo menos essa é a principal característica em comum dos seriados que estrearam em 2017 e tiveram destaque. O Próximo Capítulo preparou uma lista com os principais. Aproveite, porque recordar é viver!
1. The handmaid’s tale
Provavelmente, o seriado mais citado em todas as listas do mundo, The handmaid’s tale é uma produção do serviço de streaming Hulu, que chega no Brasil em oficialmente em 26 de abril no Paramount Channel.
A série acompanha um mundo em um futuro distópico, em que a sociedade passa a se tornar infértil. Em meio a esse problema e conflitos, uma organização cristã tomada o poder e transformar parte dos Estados Unidos na República de Gilead. Nesse república, a população é dividida em castas.
A parte mais alta são a dos comandantes e suas esposas, que têm o direito de ter uma aia, uma mulher fértil que tem como objetivo engravidar do filho do casal. Para isso, as aias são obrigadas a passarem por um ritual de estupro, baseado em conceitos da Bíblia. A história segue a aia Offred, interpretada por Elisabeth Moss, e mostra os dramas das mulheres ao serem colocadas em uma posição de inferioridade novamente na sociedade. Entenda mais da trama no vídeo abaixo.
Uma das produções que mais conquistou ou foi indicada a prêmios em 2017, a série é inspirada no livro homônimo de Margaret Atwood. Apesar da obra literária ter apenas um livro, o seriado televisivo tem uma segunda temporada confirmada com previsão de estreia em abril nos EUA, como é possível ver no teaser abaixo.
2. Big little lies
Outra produção inspirada em um livro, a série Big little lies, da HBO, chamou atenção logo de primeira por conta do elenco. A produção trouxe estrelas do cinema para interpretarem as protagonistas: Nicole Kidman, na pele de Celeste Wright; Reese Witherspoon, como Madeline Martha Mackenzie; Shailene Woodley, vivendo Jane Chapman; e Laura Dern, interpretando Renata Klein.
Baseada em um best-seller de sucesso da canadense Liana Moriarty, a produção acompanha a história de três mães Celeste, Madeline e Jane, que se aproximam por conta dos filhos estudarem na mesma escola. A união desses mulheres acaba causando um assassinato, que mudará a rotina de uma pacata cidade nos Estados Unidos.
Utilizando o recurso de flashback e flashword, a série questiona a cada episódio quem matou, quem morreu e por qual motivo. Além de ser um bom suspense, o sucesso de Big little lies se deu, principalmente, por discutir abertamente casos de abuso sexual ocorridos dentro de casa.
Assim como aconteceu com The handmaid’s tale, Big little lies ultrapassará o livro. Apesar de algumas resistências, a HBO acabou confirmando o retorno da produção para uma segunda temporada, ainda sem data de estreia. As filmagens devem começar no primeiro semestre de 2018.
3. Dear white people (ou Cara gente branca)
Criada por Justin Simien, a série da Netflix tem como base um filme do próprio diretor premiado em 2014 no Festival Sundance. O principal foco da produção é debater o racismo presente nos Estados Unidos. Para isso, a série acompanha um grupo de estudantes negros na universidade de Ivy League, que é majoritariamente composta por brancos.
A história se desenvolve por meio da aluna de audiovisual Samantha White (Logan Browning), que tem um programa de rádio chamado Cara gente brance em que critica as atitudes dos alunos brancos da universidade, como uma festa de Halloween que ganhou o nome de Blackface.
Apesar do racismo e preconceitos serem temas que estão permeando diversas séries, Dear white people se destacou por tocar no assunto sem rodeios. Não há mensagem subliminar, o debate é escancarado nos episódios aproveitando ainda de certa ironia. O sucesso garantiu a produção uma segunda temporada, que deve chegar ao serviço em 2018.
4. Feud: Bette and Joan
Essa é mais uma antologia do produtor e criador Ryan Murphy, nome por trás de produções como Glee, American crime story e American horror story. Feud, que pode ser traduzido para português como disputa, tem como base a rivalidade entre as atrizes Bette Davis e Joan Crawford, interpretadas por Susan Sarandon e Jessica Lange, respectivamente.
A série se passa durante as gravações do longa-metragem O que aconteceu com Baby Jane?, em 1961, em que as duas atrizes atuaram lado a lado. Além de mostrar os embates entre as estrelas hollywoodianas, o seriado faz muito mais e debate a discriminação sofrida por Bette e Joan por conta da idade considerada mais avançada para os padrões de Hollywood.
A história da dupla se encerra na minissérie, mas a antologia já tem confirmação de continuação com previsão de estreia para 2018, quando lançará a sequência: Feud: Charles and Diana. Nessa produção, o tema será a vida do príncipe e da princesa da Inglaterra, começando a partir do divórcio do casal.
5. American gods
Mostrando que 2017 foi um ano de reflexão, mas também de adaptações, American gods é inspirada na obra homônima e clássica do britânico Neil Gaiman. Desde 2001, o autor tentava transformá-la para as telas. A versão televisiva veio por meio do canal Starz em uma parceria com a plataforma de streaming Amazon Prime Vídeo, responsável pela distribuição para fora dos Estados Unidos.
Como o livro, a série acompanha o embate entre deuses antigos e novos pelo poder na Terra. O pontapé inicial para a produção é a saída de Shadow Moon (Ricky Whittle) da prisão, que acontece no mesmo momento em que a mulher dele, Laura (Emily Browning), morre em um acidente de carro. Ao retornar à cidade natal da esposa para o enterro, Shadow Moon é abordado por Wednesday (Ian McShane), um homem misterioso que oferece um emprego de guarda-costas a Shadow. O homem é ninguém menos que Odin, o deus supremo da mitologia nórdica, em busca de outros convocar deuses antigos para a guerra.
No meio desse contexto, a série debate a importância que as pessoas dão hoje a assuntos como fama e tecnologia, que são considerados deuses novos na produção. Além disso, American gods abordou racismo e homossexualidade por meio dos deuses antigos. A segunda temporada está confirmada, mas os criadores Bryan Fuller e Michael Green deixaram o time da série.
6. The deuce
Criada por David Simon, a série The deuce acompanha o surgimento da indústria pornográfica em uma Nova York decadente entre os anos 1970 e 1980. Apesar de esse ser o tema central, a história debate as máfias do sexo, o uso abusivo de drogas no período e o surgimento do vírus HIV.
Em oito episódios, a produção aborda diversas histórias que se encontram ao longo da temporada. A primeira delas é de Lori, papel de Emily Meade, uma jovem de 20 anos que é seduzida por um cafetão. Depois são apresentadas Candy (Maggie Gyllenhaal), uma garota de programa autonôma, e os irmãos gêmeos Seefried, ambos interpretados por James Franco, que acabam entrando para o mercado pornô.
O sucesso, claro, garantiu uma segunda temporada a série. Segundo a HBO, as filmagens devem ser feitas entre fevereiro e maio de 2018 para que a produção possa chegar às telas em setembro do mesmo ano.
7. Atypical
Aposta da Netflix para o público jovem, Atypical é uma comédia que gira em torno de Sam (Keir Gilchrist), um jovem com o transtorno do espectro autismo. Ao 18 anos, ele revela à psicóloga o desejo de começar a namorar e por ter dificuldade de se relacionar pede ajuda a terapeuta.
A série acompanha os desafios de Sam nesse empreitada e também o que o transtorno do personagem acaba afetando na rotina de toda a família Gardner, composta pelos pais Elsa (Jennifer Jason Leigh) e Doug (Michael Rapaport) e a irmã Casey (Brigette Lundy-Paine). O principal trunfo da produção é exatamente retratar o autismo, tema que acaba sendo deixado de lado na maioria das produções televisivas.
Elogiada por crítica e pelo público, a série também garantiu uma segunda temporada, que ainda está sem data de lançamento na plataforma de streaming.
8. The sinner
Originalmente do canal USA nos Estados Unidos, a série The sinner chegou ao Brasil pelo serviço de streaming Netflix. A produção se tornou em um dos suspenses mais comentados de 2017, principalmente, devido a atuação de Jessica Biel. A boa avaliação da série garantiu duas indicações ao Globo de Ouro de 2018: melhor minissérie e telefilme e melhor atriz de minissérie e telefilme.
A atriz interpreta Cora, uma mãe que leva uma vida normal até que num passeio à praia acaba esfaqueando um homem até a morte, sem qualquer motivo inicial aparente. A personagem não nega o crime, mas, ao longo da produção, também mostra não saber direito o que a levou a cometer o crime. A forma como retrata a situação é o mais surpreendente na série.
9. Big mouth
Talvez aproveitando a boa audiência de produções como Rick and Morty, a Netflix resolveu estrear mais uma animação voltada para o público adulto (ou não infantil): Big mouth. A série, que possui 10 episódios, tem como protagonistas os amigos Nick (Nick Kroll) e Andrew (John Mulaney), dois jovens de 13 anos que estão descobrindo tudo que envolve a chegada da adolescência: sexualidade, puberdade, entre outros.
De criação de Nick Kroll, que também empresta sua voz para alguns personagens, a série se destacou por abordar os assuntos referentes à puberdade de forma aberta e foi isso que agradou ao público. E isso, claro, garantiu uma outra temporada a animação. A previsão de lançamento da sequência é em 2018.
10. Mindhunter
Com base no livro homônimo de John Douglas e Mark Olshaker, a história acompanha dois agentes do FBI, Holden Ford (Jonathan Groff) e Bill Tench (Holt McCallanty), na missão de entrevistar assassinos em série com o objetivo de solucionar casos desse tipo ainda em curso.
Nesse contexto, a produção aborda o início do processo de análise de comportamento psicólogico para solucionar crimes, técnica que passou a ser utilizada pelo FBI, e, consequentemente, o que passa na cabeça de um serial killer.
O primeiro ano da série agradou e está confirmada a volta da série de David Fincher. Ainda não há previsão de lançamento.
11. Alias Grace
Mostrando que 2017 foi o ano de Margaret Atwood, outro livro da autora canadense ganhou às telas. A obra homônima, que no Brasil ganhou o título de Vulgo Grace, é uma produção da CBC, mas que teve o direitos comprados pela Netflix.
A série retrata a história de Grace Marks (Sarah Gardon), uma jovem imigrante que é condenada a prisão perpétua após matar o patrão e a governanta da casa em que trabalhava. Por conta do jeito inocente e gentil da personagem, um grupo decide ajudá-la. Para isso, chamam um psiquiatra. O objetivo é que ele consiga provar a inocência da jovem e soltá-la.
A história é baseada num fato real e mais do que se debruçar sobre a inocência de Grace, a série mostra a situação da mulher num contexto de inferioridade, retratando abuso sexual, violência contra a mulher, machismo e até a questão das doenças mentais.
Por ser uma trama fechada, a possibilidade de uma sequência é quase nula. Até por isso, a produção foi feita em formato de minissérie com apenas seis episódios.
12. Dark
Uma das últimas estreias do ano, Dark chegou à Netflix sob forte expectativa por ser a primeira produção original da plataforma feita na Alemanha.
A trama de suspense e terror se passa na cidade de Winden, um pequeno município que vive em função de uma usina radioativa. Em 4 de julho de 2019, um homem comete suicídio. Após a morte do pai, Jonas (Louis Hofmann) retorna a cidade natal e acaba se envolvendo em um caso misterioso. Ao adentrar numa floresta com dois amigos, um deles desaparece. A partir daí começa a saga pelo menino e por entender o que aconteceu.
A boa repercussão da série fez com que a Netflix anunciasse na última semana a renovação de Dark para a segunda temporada. A série não tem previsão de retorno.
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