A sinceridade da personagem Sônia da novela Amor sem igual é daquelas que machucam quem ouve, mas divertem o público de casa. A atriz Marcella Muniz, que dá vida a essa mulher na trama de Cristianne Fridman, ressalta que puxar para o humor foi uma forma de humanizar a personagem.
Em entrevista ao Próximo Capítulo, Marcella frisou que a vida a ensinou a não ser como Sônia e a não falar tudo o que vem à cabeça. “Aprendi na vida, através da maturidade e de experiências, que perdemos muito ao falar sem um filtro. Às vezes, o que você pensa quando vai verbalizar sai com outra conotação. Melhor pensar antes. Não é o que a Sônia faz em cena”, ensina a atriz, que faz questão de deixar claro que “tem sido uma delícia dar vida a ela”.
Assim como aconteceu com novelas da Globo, Amor sem igual será interrompida semana que vem por causa do coronavírus, dando lugar à reprise de Apocalipse. As gravações já terminaram há algum tempo e permitiram que Marcella desse vazão à outra arte que não é a da interpretação, mas, sim, a da gastronomia. Ela tem uma empresa de comida saudável que, agora, entrega pratos para ninguém perder a forma durante o isolamento social.
O coronavírus também afetou outros dois projetos de Marcella: uma peça de teatro sobre a mulher de 50 anos em fase de captação de recursos e o filme O meu é meu e o seu é nosso, que marca a estreia de Guga Sabatiê na direção de longas-metragens.
“No filme, faço uma mãe que lida com questionamentos de filhos adolescentes. Rodamos ano passado…agora estamos esperando para lançar. Antes da pandemia, existia uma previsão para o fim do ano, mas, agora, já não sabemos de mais nada. Acho que ninguém sabe o que vai acontecer daqui pra frente…Mas o filme está bem bacana”, adianta a atriz.
A Sônia, sua personagem em Amor sem igual não tem medo de falar o que pensa. Você também é assim?
(risos) Não.. aprendi na vida, através da maturidade e de experiências, que perdemos muito ao falar sem um filtro. Às vezes, o que você pensa quando vai verbalizar sai com outra conotação. Melhor pensar antes. Não é o que a Sônia faz em cena….mas isso me ajuda a trabalhar a personagem, puxar pro humor. E tem sido uma delícia dar vida a ela.
Acha que em algum momento o excesso de franqueza não pode nos prejudicar?
Claro. Como disse antes, acho que tudo que é excessivo é perigoso. É importante ter controle sobre suas palavras e é de bom tom.
A pandemia de coronavírus tirou espetáculos, filmes e novelas de cartaz. Mesmo assim, a arte pode ser uma válvula de escape para a população em momentos como esse?
A arte salva! Ela nos ensina, nos faz sonhar, nos alimenta de boas coisas… Estou achando muito bacana o movimento das lives musicais, de recitais, de trocas de ideias nas redes sociais..Acho que é um caminho, um refresco, para momentos árduos como o que estamos passando.
Você tem algum projeto nesse sentido?
Não, não tenho. Nesse momento, estou muito ocupada com a C’est Potage, minha empresa de alimentação delivery, que também não deixa de ser uma grande arte. É a minha “arte da cozinha” (risos). Tenho atendido a muitos pedidos..faço sopas, granolas, kefir….Mesmo não gravando a novela por tempo indeterminado, estou trabalhando com minha outra paixão: a gastronomia. Sou formada na área e estava com a C´est Potage parada por conta das gravações que estavam a mil.
Algumas pessoas dizem que a sociedade, como um todo, sairá mais forte e unida dessa experiência. Você tende a ser otimista nesse sentido?
Claro. Estamos num momento de reflexão, de olhar para dentro, do micro, dos valores, da família… E acredito que vai ficar tudo bem e torço para realmente seja uma revolução humana e mais solidária.
Seu próximo projeto no teatro é sobre a mulher de 50 anos. A idade é uma preocupação que você tem? Porque tocar nesse assunto num espetáculo?
Não encaro a idade como uma preocupação. Encaro isso como mudança de fases e é importante a gente saber lidar bem com essas fases. Quando cheguei aos 50, pensei muito sobre o meu entorno e, então, tive a ideia de falar disso no teatro..Foi aos 50 que minha filha Thais Muller saiu de casa…foi a última dos meus três filhos a deixar o lar. Passou um filme na minha cabeça, já que sou mãe desde os 16 ….Aos 50, vem menopausa, os filhos se vão… Senti esse ninho vazio, esse buraco …E isso acontece com muitas mulheres. Por isso, a ideia de levar esse assunto aos palcos. Estávamos em fase de desenvolvimento e captação, antes da pandemia. Agora, vamos ter que esperar.
Ainda há muito preconceito com o envelhecer Feminino?
Se existe, nem perco o meu tempo para olhar esse olhar. (risos)
Você estará no filme O meu é meu, o seu é nosso. Como é esse filme? O que você pode adiantar?
O Guga Sabatiê é o autor e diretor do filme. Ele é muito amigo da minha filha, Thais Muller, e me convidou pra participar desse trabalho, que marca sua estreia na área. Em cena, faço uma mãe que lida com questionamentos de filhos adolescentes.
O filme já foi rodado? A pandemia de coronavírus pode atrapalhar o cronograma?
Sim. Rodamos o filme ano passado…agora estamos esperando para lançar. Antes da pandemia, existia uma previsão para o fim do ano, mas, agora, já não sabemos de mais nada. Acho que ninguém sabe o que vai acontecer daqui pra frente…Mas o filme está bem bacana.
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