Lindsay Lohan: A dona do paraíso aposta em receita clássica, mas brilha pelo protagonismo da atriz

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Um dos grandes símbolos da cultura pop dos anos 2000, Lindsay Lohan está de volta à tevê com um reality show na MTV, o programa Lindsay Lohan: A dona do paraíso

Lindsay Lohan se tornou um dos grandes símbolos da cultura pop dos anos 2000. A atriz, empresária e cantora teve uma carreira meteórica de princesinha da Disney passando por estrela de blockbuster teen até derrocada em rede internacional. Mas Lindsay deu a volta por cima. Fora dos holofotes e das páginas policiais e jurídicas, a artista passou um bom tempo dando fundamento a carreira de empresária com várias boates ao redor do mundo, e agora volta à tevê com um reality, o Lindsay Lohan: A dona do paraíso.

A grande proposta do programa – produzido pela MTV – é contar os bastidores da nova boate de Lindsay em Mykonos, na Grécia. O programa vai ao ar toda terça-feira, às 22h, na MTV. Nesta terça-feira (22/1) será exibido o terceiro da temporada (que ao total contará com 12 episódios). Lembrando que o piloto do reality está disponível gratuitamente no YouTube.

Crítica de Lindsay Lohan: A dona do paraíso

O programa começa a partir do momento em que Lindsay decide selecionar os “hosts” (promoters, bartenders e recepcionistas) da nova boate. Aristotle Polites, Billy Estevez, Brent Marks, Gabi Andrews, Jonitta Wallace, Jules Wilson, May Yassine, Mike Mulderrig e Sara Tariq são os nove selecionados por Lindsay para a empreitada. O programa tem ainda a presença de Panos, o sócio e amigo de Lindsay, que, no fim das contas, é quem liderá a nova equipe e interpreta a popular, mas estereotipada figura do “homossexual malvado”.

O grande protagonista da história é o drama causado pelos nove hosts, especialmente entre si, e nem tanto com relação à boate. Alguns se odeiam, outros não sabem o que estão fazendo e outros se relacionam sexualmente com os clientes da boate (mas ganham carta branca de Panos, afinal, fizeram os clientes gastarem no estabelecimento).

Crédito: Reprodução/imdb (em imdb.com) – Lindsay e Panos dividem o comando dos novatos

Apesar dos protagonistas serem os hosts, a figura de Lindsay não é ínfima na produção. Não é de hoje que grandes estrelas tentam fazer um “pé de meia” com realitys em que quase nem aparecem, mas em Lindsay Lohan: A dona do paraíso não é isso que ocorre, o que é um ponto positivo da atração.

Como ponto negativo, fica uma certa preguiça da produção em sair das clássicas receitas de realities, com dramas simples, previsíveis e quase chatos. A impressão que fica é que existe uma oportunidade enorme de usar a disposição de Lindsay em estrelar um reality em detrimento briguinhas de inveja entre os funcionários – não que isso seja ruim, aliás faz parte do que atrai grande parte do público deste tipo de programa, entretanto, poderia sim ser algo maior.

Crédito: Reprodução/Cultura Colectiva – No reality, a figura de Lindsay é a de chefe máxima

Todas as falhas do reality, contudo, desaparecem com a presença de Lindsay. A artista ainda guarda todo um charme, uma força e um poder que a fez brilhar há quase uma década. No programa, o símbolo Lindsay Lohan é ampliado. A mulher é retratada como uma chefe que está absolutamente no controle de tudo, sem ser carrasca. Com assertividade e companheirismo, ela comanda um negócio que muitos homens teriam dificuldade.

A cultura pop apresentou Lindsay em momento em que as estrelas de Hollywood estavam em rota de colisão com a ânsia pública por sangue. Muitos podem ter esquecido, mas o julgamento de Lindsay e a seguida sentença a 90 dias de cadeia (após a atriz não cumprir parte da prisão condicional) foi transmitida ao vivo nos Estados Unidos. Milhares assistiram ao vivo a então garota chorar implorando por perdão. Entretanto, ao vê-la no protagonismo do reality, tudo isso parece ter ficado para trás. A “dona”, por fim, parece mais viva do que nunca.

Ronayre Nunes

Jornalista formado pela Universidade de Brasília (UnB). No Correio Braziliense desde 2016. Entusiasta de entretenimento e ciências.

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