Teen e de terror: Light as a feather é exatamente o que prometia ser (e isso é muito bom)
Famoso por produções do gênero de The handmaid’s tale, o streaming do Hulu pode até ter surpreendido ao anunciar uma produção teen, entretanto, Light as a feather não deve ser encarada como uma série “ruim”, ou “superficial”, pelo contrário: a produção coloca em cena apenas aquilo que se dispõe. E diferentemente do que podem pensar os mais críticos ao gênero teen, a proposição de Light as a feather é (bem) interessante.
A história da série foi criada por Zoe Aarsen, autora do livro Light as a feather, stiff as a board, e conta com a produção de Scott Levine. O enredo apresenta como cinco estudantes do ensino médio tem de lidar com uma maldição.
McKenna (Liana Liberato) – a protagonista; Candace (Ajiona Alexus), Alex (Brianne Tju) e Olivia (Peyton List) são amigas de longa data – mesmo com sérios problemas estruturais nesta amizade, como por exemplo traições e paixões secretas. Essencialmente, as quatro vivem uma vida de readaptação. Isso porque a irmã gêmea de McKenna morreu há pouco tempo, e agora as garotas tentam “seguir”, mesmo com o trauma (que é explorado ao poucos, ao longo dos 10 episódios feitos para esta 1ª temporada).
Violet (Haley Ramm) é a novata do grupo. Após cair em uma pegadinha “por acidente” de Olivia, McKenna decide – em ordem de “reparar o estrago” – levar a aparentemente inocente garota a uma nova amizade, ou seja inserir Violet no clube da luluzinha. Entretanto, Violet não é tão ingênua quanto aparenta ser, pelo contrário. A garota propõe uma “brincadeira” para as novas amigas: o Light as a feather, stiff as a board. No fim das contas, a brincadeira – que consiste em cada uma das garotas prever a morte da outra de uma forma horrível é uma infortúnio, e logo em seguida cada uma morrerá como foi “predestinada”.
Spoilers à parte, mais do que apresentar a vertente do terror, a série ainda é permeada de diversos subplots. Como os problemas familiares de McKenna, o relacionamento confuso com Henry e o vício da irmã gêmea, agora morta – e cheia de mistérios.
Crítica de Light as a feather
Naturalmente, Light as a father não é uma obra prima da televisão. Com personagens dentro da perfeição de beleza contemporânea, diálogos tão profundos quanto uma poça de água e atuações duvidáveis, a série ainda consegue captar a atenção do público, com mistérios que são de fato intrigantes, um enredo caprichado em reviravoltas (coerentes) e alguns bons sustos. A impressão que fica é que a série faz justiça ao que se propõe.
Outro detalhe que vale a pena ser destacado é o formato. Não é comum este tipo de drama ser adaptado para os 20 minutos (mais comum em comédias). Entretanto, Light as a feather consegue uma edição eficaz dentro do formato se tornando arrojada e coesa. Em síntese, não é uma série que tem o objetivo de fazer você refletir sobre a vida ou o futuro distópico da sociedade moderna, mas a boa notícia é que ela não tem a pretensão de fazer isso. É uma boa diversão.