Estreante na televisão, Lazuli Barbosa interpreta Adriana, rival de Lidiane em Verão 90
A atriz Lazuli Barbosa tem, aos poucos, iniciado a carreira na televisão. Com mais experiência no teatro, ela fez algumas pontas na tevê até ganhar uma personagem um pouco mais importante, a dançarina Adriana, rival de Lidiane (Claudia Raia) em Verão 90.
A personagem surge, no começo do folhetim, para atrapalhar a relação com Patrick, vivido por Klebber Toledo. “Eu fui chamada para fazer uma participação no início da trama do Patrick (Kleber Toledo) e de Lidiane, que se desenvolve ao longo da novela. É uma personagem divertida que chegou ali para causar esse ciúme no início da paquera deles”, explica.
Inicialmente, a personagem aparece só nos primeiros capítulos da trama. Porém, como novela é uma obra aberta, que muda conforme o crescimento dos personagens e até o gosto do público, Lazuli está torcendo para voltar à história. “Agora o que virá pelos próximos capítulos é uma surpresa que não dá pra saber ainda. Torcendo para Adriana voltar com tudo, porque tenho visto os primeiros capítulos e a novela está muito legal. Quem sabe? Vamos ver a novela e acompanhar de pertinho pra ver como se desenvolve”, diz.
Participar de uma trama de época tem sido muito bacana para a atriz, que diz se lembrar muito bem dos anos 1990. “Eu nasci em 1984 e todo o universo dos anos 1990 faz parte da minha memória na infância/adolescência. Foi uma delícia a composição da personagem e as referências como o filme Flashdance, que trazem toda uma nostalgia”, celebra.
Além da participação na tevê, Lazuli Barbosa poderá ser vista em breve nas telonas no filme Intervenção, de Caio Cobra, em que dá vida a uma jornalista sensacionalista e também faz parte da narração do longa. Paralelamente à carreira artística, ela administra uma marca, a LazuliB, que aposta em roupas feitas por mulheres indianas. “Eu assisti a um documentário Daughters of destiny, da Netflix, e simplesmente me apaixonei pela ideia de valorizar o trabalho das mulheres indianas. Minha inspiração foi unir a força da mulher brasileira com o talento das indianas”, revela.
Entrevista / Lazuli Barbosa
Como surgiu a oportunidade de viver Adriana em Verão 90?
Ano passado eu produzi meu primeiro projeto Ver e ler – Leituras dramatizadas dirigindo e atuando. A produtora de elenco de Verão 90 assistiu. Acho que por isso ela me chamou dessa vez. Mas já fiz outras participações na casa. Venho buscando meu espaço, e acredito que aos poucos os produtores e diretores vão conhecendo meu trabalho e oferecendo uma oportunidade melhor à cada vez. Sou muito agradecida à cada degrau subido da escada. Estou prestes a completar 35 anos e o que me move é a possibilidade de à cada dia termos uma nova oportunidade de fazer melhor, em todos os âmbitos e nossa vida.
A sua personagem divide cenas com Lidiane, vivida por Claudia Raia. Como tem sido para você atuar lado a lado com a atriz?
A Claudia foi a primeira atriz que vi em cima de um palco. Aquela estrela iluminada me iluminou e despertou minha vontade de atuar. Estar em cena com ela é ir de encontro com esse desejo inicial. É uma honra. E ao mesmo tempo ela é tão gigante, que trocar com ela foi super simples. O Klebber eu já conhecia de Leituras dramatizadas do Projac, é um anjo de menino e criar esse conflito com eles, foi muito divertido.
A novela mal começou então sua personagem deve ter um crescimento ao se interessar por Patrick. O que podemos esperar de Adriana em Verão 90?
Em uma novela nunca dá para saber o que virá. Eu fui chamada para fazer uma participação no início da trama do Patrick (Klebber Toledo) e de Lidiane, que se desenvolve ao longo da novela. É uma personagem divertida que chegou ali para causar esse ciúme no início da paquera deles. Agora o que virá pelos próximos capítulos é uma surpresa que não dá pra saber ainda. Torcendo para Adriana voltar com tudo, porque tenho visto os primeiros capítulos e a novela está muito legal. Quem sabe? Vamos ver a novela e acompanhar de pertinho pra ver como se desenvolve.
Como você se preparou para viver Adriana? O que acha que a personagem tem de parecido com você?
Adriana faz aula de dança e eu tenho uma certa familiaridade com a dança. Quando chegou a hora da cena, que foi gravada nos primeiros dias de filmagens da novela, não tínhamos ensaiado nada, havia um preparador ali no estúdio mas os passos foram decididos na hora, pela própria Claudia, e já ter essa familiaridade com a dança, me ajudou muito.
Por mais engraçado que isso pareça, Verão 90 é uma novela de época. Como foi a sua preparação nesse sentido? Que lembranças têm dessa época que foram incorporadas por você para a preparação para a novela?
Eu nasci em 1984 e todo o universo dos anos 1990 faz parte da minha memoria na infância/adolescência. Foi uma delícia a composição da personagem e as referências como o filme Flashdance, que trazem toda uma nostalgia. Detalhe que o meu primeiro carro com 18 anos foi um fusca. Ainda tive três fuscas! Sou baixinha da Xuxa, vivi tudo aquilo, então me identifico muito com toda a pesquisa da novela.
Você começou sua carreira de atriz no teatro. Como tem sido essa transição para a televisão?
Eu comecei no teatro e espero continuar fazendo muito teatro, resistindo e comunicando. Atuar salvou a minha vida. O viver em grupo e tudo que se cria a partir de uma união artística é muito engrandecedor, não consigo ver minha vida sem processos artísticos. Mas a televisão tem toda sua magia de entrar na casa das pessoas, em qualquer lugar do mundo e ficar registrado. Eu estou começando a fazer televisão com personagens que tem mais composição agora e receber o carinho dos amigos que me vêem de longe, é muito gostoso. Além do estúdio, cidade cenográfica, toda a técnica, dramaturgia é muito apaixonante. O cinema sempre foi a minha paixão e acredito que esteja ampliando, cada vez mais, a produção de séries e filmes brasileiros, por conta dessa necessidade das pessoas de verem tudo pela tevê ou atualizando para os dias de hoje, pelo smartphone.
Além da novela, você tem um projeto de roupas. Como veio esse outro interesse? E como foi fazer essa mistura de culturas?
Eu sempre quis ter um “lado B” que conseguisse agregar valor à minha carreira, que eu me apaixonasse pela experiência e de uma maneira prática: levar a profissão de artista (atriz, diretora, produtora) com muita leveza. Até que esse ano recebi a proposta de uma amiga, que agora é minha parceira, de montar a LazuliB trazendo roupas feitas pelas indianas. Todas as roupas são muito confortáveis, feitas para o nosso clima e se enquadram no sentido de slow fashion. Eu assisti um documentário Daughters of destiny, da Netflix, e simplesmente me apaixonei pela ideia de valorizar o trabalho das mulheres indianas. Minha inspiração foi unir a força da mulher brasileira com o talento das indianas. A valorização do trabalho das mulheres é uma grande arma para o empoderamento feminino.
Você estará em Intervenção de Caio Cobra. O que pode contar do projeto e da sua participação nele?
Estou ansiosa para ver esse filme porque fala de um assunto muito importante e também retrata um período recente e ao mesmo tempo histórico, aqui do RJ que eu vivi. Eu faço uma jornalista no filme e toda minha composição de personagem foi em observar o tom sensacionalista das notícias transmitidas pelos jornais da época e como as notícias se tornam verdade absoluta, depois que saem na mídia. Acho que vai ser um filme polêmico. Também faço a narração de uma parte do filme. Me identifico muito com locução, rádio, dublagem. E minha voz também está lá. Que venha a estreia! Estou louca pra ver!