O paulista Juan Alba vive, em Amor sem igual, um personagem dificílimo pela complexidade. É Ramiro, um homem machista e preconceituoso que renega a própria filha. Dar vida ao papel é um grande desafio, mas tem surpreendido o ator por conta das reviravoltas da narrativa do personagem.
“Muitas vezes você acha que ele vai tomar uma atitude e ele toma outra, fazendo uns acordos surpreendentes, enfim, um personagem extremamente machista. Acho que quanto mais verdadeiro você fizer, mas bacana fica. Todo ator que consegue imprimir algo de humor nele, torna-o mais interessante e é isso que tento fazer e colocar no Ramiro. Ele cobra muito das pessoas, ninguém faz nada certo, só ele que é o correto, só ele sabe tudo. Para mim, o grande desafio é saber temperar para que quando ele entre no ar, as pessoas não pensem que lá vem aquele cara chato”, comenta.
Amor sem igual marcou o retorno de Juan Alba aos personagens contemporâneos, algo que ele sentia falta, já que o trabalho mais recente foi em Jezabel, trama bíblica e de época. “Já tinha trabalhado com o Foguinho, diretor-geral da novela, e queria muito fazer esta também e veio de forma surpreendente para mim. Eu acompanhava de certa forma a escalação do elenco e tinha percebido que já estava toda fechada, daí nos 48’ do segundo tempo me convidaram para fazer o Ramiro, que é um presente, um personagem superbacana e eu fiquei muito feliz”, define.
Juan Alba passou a ser conhecido após a estreia em Terra Nostra, novela do horário nobre da Globo nos anos 2000. A partir de então, não saiu mais da tevê emendando grandes sucessos. “Não sei se tem tantos sucessos assim (risos). Mas procuro me dedicar ao máximo em tudo que faço e estou fazendo 20 anos de carreira agora em 2020. Acho que a gente nesta profissão, como em qualquer outra profissão, sempre deve procurar estar evoluindo e o sucesso é muito relativo. Tive muita sorte de estar em projetos que realmente foram bem-sucedidos e fico muito feliz em poder ter contribuído para que se tornasse um sucesso e ser lembrado como sucesso”, completa.
Para você, qual é a importância da novela trazer esse tipo de debate para a telinha?
É fundamental, principalmente o meu personagem, que é um cara que está trazendo à tona vários temas, não só o machismo, mas o preconceito entre as classes, um cara que odeia pobre. Ele mesmo precisando de um rim para continuar vivo, de forma nenhuma se contenta em esperar em uma fila de doação. Um cara que acha que pelo poder que tem, pelo dinheiro que tem, acha que nunca vai preso, nunca será condenado, nunca sofrerá as consequências de uma pessoa normal. Então, acho superimportante fazer esses debates. Isso é o intuito da arte, trazer à tona esses assuntos, para que possamos discutir e debater e tente melhor a nossa visão e as nossas atitudes também.
Além da televisão, você está com outros projetos em outros âmbitos?
O único projeto que tenho pessoal, que toco nas entressafras de televisão, teatro, cinema é a música, onde consigo realizar minhas coisas, produzir meus shows, minhas apresentações. Quando você faz novela se torna meio difícil pela falta de tempo, mas pela necessidade de disponibilidade de não conseguir marcar datas. Na tevê, você precisa estar 100% do seu dia e daí fica mais difícil, mas a música sempre me acompanha, está sempre comigo e quando eu não estou em nenhum outro projeto fora a televisão, realizo os meus shows. Tenho uma banda de jazz, que se apresenta principalmente em casas noturnas, aqui em SP.
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