João Baldasserini será Zezinho em Salve-se quem puder, novela que estreia segunda-feira (27/1) na faixa das 19h. Será o quarto papel cômico seguido do ator em novelas. Ele garante que se diverte!
Não é todo mundo que pode dizer que se diverte no trabalho. O ator João Baldasserini é um desses felizardos. A partir desta segunda-feira (27/1), ele poderá ser visto como o Zezinho de Salve-se quem puder, quarta novela em que João interpreta um tipo cômico.
“A Globo tem investido em mim nesse lugar da comédia e o público tem gostado de me ver nesse lado cômico, apesar de eu adorar fazer drama”, afirma o ator, em entrevista ao Próximo Capítulo.
Uma das marcas de Salve-se quem puder será que o folhetim terá três protagonistas mulheres, vividas por Juliana Paiva, Deborah Secco e Vitoria Strada. João comemora esse espaço dado a elas.
“Eu sou um homem feminista, apoio esse empoderamento e acho que as mulheres precisam e devem conquistar esse espaço cada vez mais. Precisamos de mais mulheres dirigindo, coordenando, no poder com sua sensibilidade, com sua força, governando nosso país”, comenta.
Entrevista// João Baldasserini
Zezinho, seu personagem parece ter um lado rural muito forte. Você é mais urbano ou também tem ligação estreita com a natureza?
Eu nasci em São Paulo, mas fui criado no interior, em Indaiatuba, a 80km da capital. É uma cidade muito boa, próxima da capital, que tem aquele clima do interior bem gostoso, tem a qualidade do interior que eu gosto, o “r” do interior. Eu amo São Paulo, a capital, amo cidade grande, mas minha raiz mesmo é pé na terra, churrasquinho com amigos. Eu tenho esse gosto pelo lado urbano e muito forte pela natureza também. Eu fui escoteiro quando criança e gostava de ir pro mato acampar, em Indaiatuba.
O Zezinho é ex-peão de rodeio. Como se preparou para viver o personagem?
Eu fui muito à festa de rodeio na minha cidade. O Zezinho é um personagem muito bem escrito e que tem uma coisa muito presente, muito forte que é o carisma. Ele é um cara do sítio, simples, que cresceu na roça, na natureza. Tem essa pureza, essa coisa de um mundo menos influenciado pela cidade grande, menos agredido pela cidade grande. O Zezinho é um homem rústico criado pela mãe, que tem uma pureza do lugar que ele cresceu e isso é muito bonito no personagem. Hoje em dia a gente vê as pessoas mais ligadas à informação, à tecnologia, a esse ritmo acelerado e o Zezinho vai contra essa realidade. É um personagem muito gostoso de fazer. É o tipo de personagem que foi feito para ser gostado. Posso dizer que Zezinho é fofinho (risos).
Seus personagens na TV sempre têm um pé na comédia. Isso é uma escolha sua ou foi acontecendo?
Coincidentemente é a minha quarta novela das 19h e dentro do núcleo cômico. Eu descobri como trabalhar esse meu lado cômico e tenho me divertido. Eu já tinha feito comédia no teatro. Então, quando eu tive oportunidade, em Haja coração, com o Beto, descobri que tinha talento para fazer comédia também na televisão. A Globo viu isso e está me mantendo no “não vamos mexer no que está dando certo”. Eu me divirto. A Globo tem investido em mim nesse lugar da comédia e o público tem gostado de me ver nesse lado cômico, apesar de eu adorar fazer drama.
Em Salve-se quem puder também será assim?
Em Salve-se quem puder, o texto do Daniel Ortiz é muito divertido. A relação dele com os outros personagens da trama o coloca situações muito divertidas. A novela é muito engraçada.
Salve-se quem puder terá três protagonistas femininas. Qual é a importância de o empoderamento feminino estar em alta numa novela nos dias de hoje?
Acho que é de grande importância as mulheres terem esse protagonismo não somente na ficção, nas histórias, nas telenovelas, mas também na vida real. A gente está num século em que, cada vez mais, a mulher está ganhando espaço – e tem que ganhar, tem que conquistar mesmo. Eu sou um homem feminista, apoio esse empoderamento e acho que as mulheres precisam e devem conquistar esse espaço cada vez mais. Precisamos de mais mulheres dirigindo, coordenando, no poder com sua sensibilidade, com sua força, governando nosso país. A gente está vendo que os homens estão deixando a desejar em muitos aspectos.
A novela de vocês estreia após Bom Sucesso, que foi muito bem tanto de crítica como de público. Isso aumenta a pressão?
Quando uma novela que está fazendo sucesso acaba o público tem a tendência a ter uma certa rejeição da próxima até se desapegar dos personagens da novela que acabou. Mas, assim como A dona do pedaço foi um sucesso e Amor de mãe também está sendo, minha expectativa é que Salve-se quem puder entre com tudo porque Bom Sucesso está deixando a audiência alta pra gente. Salve-se quem puder é uma novela que, de alguma maneira, vai entrar para a história. Não sei como, mas vai (risos).