Investigação criminal revive oito casos que chocaram o país. Uso de linguagem simples é um dos destaques!
A série Investigação criminal, da Medialand disponível no catálogo da Netflix, tem 8 episódios que revisitam, cada um, um crime que chocou o Brasil: os casos Isabella Nardoni, Suzane von Richthofen, Mercia Nakashima, Glauco Villas Boas, Farah Jorge Farah, Crime da Oscar Freire, Ives Ota e Maníaco do Parque.
Como um apreciador de séries criminais, fui logo fisgado pela ideia de Investigação criminal: revisitar crimes que nos chocaram sob o ponto de vista dos investigadores. No episódio de estreia, nos deparamos com os relatos da delegada Renata Pontes, da perita criminal Rosângela Monteiro e do legista Laércio de Oliveira César, responsáveis pelo caso Isabella Nardoni.
Um acerto é que eles não abusam de termos técnicos, nos aproximando de cada detalhe do crime. É claro que um ou outro tecnicismo escapam, especialmente de Rosângela, mas nada que comprometa o entendimento de leigos. Nosso entendimento também é facilitado por uma animação que ilustra o caso e ainda quebra o que poderia soar monótono. Só os sons de ambientação, como o de uma criança chorando poderiam ser dispensados.
Com casos explorados à exaustão pela mídia ー e muitas vezes de maneira sensacionalista ー, Investigação criminal se destaca por trazer à luz para o público detalhes, como a maneira com que a Polícia chegou logo à conclusão de que Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá estavam à frente do crime e não um ladrão, como o casal sustentava, ou ainda números pitorescos como os exatos 30 dias de investigação.
Investigação criminal não abusa das cenas fortes, mas é bom lembrar que há de se ter estômago para reviver esses casos que mexeram com o país. Prato cheio para os detetives de plantão, como eu!