Produção da HBO, High Maintenance tem uma ideia inédita, diferente e criativa. Saiba por que assistir a série
Uma das grandes maravilhas do mundo das séries é descobrir algo novo. Em um mundo em que os grandes hits de audiência seguem uma receita de chá, o espaço para arriscar é tão limitado, que entrar em contato com uma ideia inédita, diferente e criativa é quase um milagre. Bem, nesse caso, o milagre desta temporada tem nome, e sobrenome: High Maintenance.
A produção do canal HBO fez sua estreia na América Latina em setembro, passou uma primeira temporada de seis episódios quase desconhecida – enquanto Game of thrones, a irmã mais rica ganhava o mundo na expectativa de uma nova temporada –, e trabalhou uma qualidade louvável. Criada, escrita e dirigida por Katja Blichfeld e Ben Sinclair, a ideia da série pode até não parecer muito ambiciosa à primeira vista, mas, na prática, apresenta qualidade que poucos poderiam esperar.
A sinopse aposta na vida do The Guy – sem nome mesmo –, um carinha simpático e essencialmente bom que trabalha como traficante de drogas em Nova York. Até ai tudo normal, certo? Mas as singularidades da produção ganham espaço ao ponto em que os episódios passam e o público começa a perceber que o The Guy não é o protagonista da série, muito pelo contrário, se ele fica em cena 20 segundos por episódio já é demais.
Quem lidera High Maintenance são as histórias de cada semana. São os consumidores das drogas do The Guy, pessoas normais (que não ganham a classificação de traficantes), mas – como todos nós – carregam histórias complexas, pesadas e comicamente emocionantes. Não vou me adentrar muito neles, mas vale citar o enredo do piloto que fala sobre a história do marido gay que frequenta as reuniões de ex-drogados.