Por Guilherme Abarno*
Ronayre Nunes*
Época de estreias de séries é uma verdadeira montanha-russa de emoções, e neste ano, a expectativa é de mais sentimentos, especialmente graças à onda de super-heróis. Entrarão em cena poderes como força, velocidade, ou habilidades especiais. Os protetores da raça humana ganharam espaço na tevê tupiniquim, com direito a estreias simultâneas com os Estados Unidos.
Nos próximos dias, seis produções vão estrear as novas temporadas. Os fãs estão ansiosos e não vêm a hora de maratonar Rio Negro, Marvel’s Cloak & Dagger, Demolidor, The Flash, Arrow, Supergirl, entre outras.
Thiago Lima tem 34 anos e grande propriedade para falar de super-heróis. O publicitário lembra de ter começado a assistir a conteúdos do gênero ainda em meados dos anos 1990, com a transmissão em solo brasileiro da clássica Lois e Clark: As novas aventuras do Superman. Um tempinho depois, o morador do Guará celebra a evolução do gênero com as favoritas: Demolidor e Luke Cage. “A proximidade com a realidade tem me atraído muito nas séries. Uma série perfeita é aquela que traz à tona temas que precisam ser falados hoje, como preconceito e respeito, como Demolidor e Luke Cage fazem. Inclusão e abuso de mulheres são tratados em Jessica Jones, sem perder a essência dos personagens”, aponta.
Thiago defende que o mais importante é ouvir o fã e isso vem ocorrendo: “Os produtores estão atendendo o pedido dos fãs, e é aí que a gente ganha. Hoje as séries têm um apreço maior pelo personagem, um respeito na construção e entrega dos personagens. Vide o Batman de 1966 e Gotham, que apesar de todas as falhas recorrentes da série, tem uma preocupação em manter a seriedade essencial do Bruce Wayne”.
Para a jovem Laura Castro, 19 anos, o que mais vale nas séries de super-heróis é a catarse. A estudante de arquitetura e urbanismo não hesita em apontar que o mais importante é se divertir com o conteúdo: “Um vilão bem elaborado, uma série com cenas de luta bem-feitas, bons atores, bons efeitos especiais, desenvolvimento de personagem e no máximo 10 episódios por temporada — Acho que isso é o que deixa a série legal”.
Laura começou a ter mais contato com os super-heróis na tevê a partir do Demolidor, há três anos. Atualmente, Jessica Jones e Os Defensores estão entre os títulos preferidos da moradora do Park Way. Muitas vezes entrando também no universo do gênero no cinema, Laura faz questão de dizer que, muitas vezes, os super-heróis das telinhas acabam caindo em clichês.
“Acho que as narrativas podiam tomar um rumo menos previsível e os heróis podiam ter personalidades mais peculiares. É sempre um herói que se perde porque não consegue balancear a vida pessoal com a vida de herói, sofre com a responsabilidade de ter que usar seus poderes para salvar uma cidade, um vilão que inveja o herói e tenta tomar seu lugar. O roteiro já está ficando cansativo e repetitivo”, pondera.
Desde pequeno
A grande febre dos super-heróis não vem de hoje com as dezenas de sucessos lançados pela Marvel e pelos nem tão agraciados filmes da DC. O estudante de administração Lucas Silva, 19 anos, começou a se familiarizar com o gênero no início dos anos 2000, quando o seriado Smallville, baseado na história do personagem Superman da DC Comics, era transmitido pelo SBT.
Mesmo com o fim do seriado do kryptoniano, em 2011, o morador da Asa Norte não deixou os heróis de lado. As numerosas produções de séries e filmes que têm chegado ao público fomentam o consumo. Não é diferente com Lucas, que descreve uma série perfeita como “aquela em que a história se desenvolve e que os capítulos tenham continuidade, me mantendo atento a cada episódio, sem parecer repetitivo”. Atualmente, as séries favoritas dele são Arrow e Gotham, baseadas nos universos dos personagens Arqueiro Verde e Batman, respectivamente. Além de O Justiceiro, produção da parceria entre Marvel e Netflix.
Gabriel Caldas, 19 anos, é um dos admiradores do herói da série The Flash que estão ansiosos para o início do quinto ano. O morador de Águas Claras começou a acompanhar as produções de super-herói a partir da primeira temporada e não parou mais. Com transmissão do Warner Channel, o seriado narra as aventuras de Barry Allen, cientista forense do Departamento de Polícia de Central City, que, após um trágico acidente, adquire o poder da velocidade.
As histórias de superação presentes nas narrativas inspiram não somente o estudante de Engenharia de Redes, como outras pessoas fãs de super-heróis. Em séries baseadas em histórias em quadrinhos, o fã de The Flash, Gotham e Demolidor acredita que quanto mais fiéis forem as tramas, melhores elas serão. “As séries trazem histórias mais longas e podem ampliar o leque de personagens, para tornar o enredo mais interessante. Os efeitos especiais trazem uma sensação de tudo ser real”, afirma Gabriel.
Raio Negro: nesta terça-feira (2ª temporada) — na Netflix
Este é o segundo ano de Raio Negro, então a ordem é clara: expandir o universo de Jefferson Pierce (Cress Williams). Após ter se aposentado das atividades de super-herói, o pacato Raio Negro tem de voltar a ativa após uma gangue ameaçar sua família. E no novo ano, tem novidades de todos os lados.
Começando pelo contexto familiar, o público pode esperar as filhas de Pierce como importante novas super-heroínas. As herdeiras do Raio Negro não caíram longe da árvore de superpoder do pai, e por mais que o público já tenha visto um pouco disso na primeira temporada, a história se aprofundará esta vertente neste segundo ano. Na importante categoria dos vilões, a série apresentará a volta de Painkiller (Jordan Calloway), o vilão que não conseguiu ser derrotado na temporada inicial.
Marvel’s Cloak & Dagger: nesta terça-feira (1ª temporada) — no canal Sony, às 22h
Mais conhecidos no mundo dos quadrinhos como Manto & Adega, a nova aposta da Marvel conta a história de Tandy Bowen (Olivia Holt) e Tyrone Johnson (Aubrey Joseph), dois jovens portadores de superpoderes especiais. Enquanto a primeira pode emitir adegas de luz, o segundo consegue encobrir os outros com um manto de escuridão.
A grande sacada da série é apostar em toda a aventura típica em uma série de super-herói com muito mistério e romance, já que os dois são atraídos por uma força mágica e acabam se apaixonando, mesmo sendo tão diferentes.
Demolidor: nesta sexta-feira (3ª temporada) – na Netflix
A terceira temporada de Demolidor tem um grande trunfo na manga: a inserção do personagem Mercenário (Wilson Bethel). E melhor: o público terá a chance de conhecer o grande vilão ainda como Benjamin Poindexter, ou seja, será um verdadeiro mergulho na história do popular personagem dos quadrinhos.
Mas não para por aí. A nova temporada também terá uma boa dose de dúvidas pelo próprio vigilante, que hesitava em ser o herói que todos conhecemos. Ao menos até o perigoso Wilson Fisk conseguir sair da prisão e ameaçar a população novamente.
The Flash: próximo dia 25 (5ª temporada) — no canal Warner Channel, às 21h40
Uma das produções mais populares no meio das séries de super-heróis, The Flash caminha para a 5ª temporada — e o 100° episódio. Para esta nova temporada, a produção pretende trazer emoções do futuro. Isso porque a grande atração do novo ano é a chegada de Candice Patton (Iris West), a filha de Barry — o Flash (Grant Gustin) —, que veio diretamente do futuro para tentar consertar um erro do passado e salvar a humanidade nos tempos que virão.
Mas não para por ai. O quinto ano também terá uma vilã daquelas: Cicada (Chris Klein). Com sede de vingança contra todos os metahumanos, a mulher promete ser um dos maiores desafios que a equipe do Star Labs já teve de enfrentar.
Arrow: próximo dia 26 (7ª temporada) – no canal Warner Channel, à 0h10
Mesmo chegando à 7ª temporada, Arrow mostra que ainda tem fôlego para se manter nas telinhas ao empreender o enredo bem interessante do Oliver Queen (Stephen Amell) preso – e melhor para o público (e pior para o super-herói): ao lado daqueles que passou seis temporadas encarcerando. Depois da perseguição pelo FBI, o Arqueiro Verde decidiu livrar a equipe ao se entregar para a polícia. Outro ponto de expectativa para esta temporada é a leva de novos super-heróis que devem entrar em cena, afinal Oliver está preso, mas Star City ainda precisará de ajuda contra velhos e inéditos vilões.
Supergirl: próximo dia 28 (4ª temporada) — no canal Warner Channel, às 23h40
Na 4ª temporada de Supergirl, o público poderá acompanhar uma Kara (Melissa Benoist) com desafios mais pessoais e pulverizados. Sem um vilão principal para a temporada — mesmo que isso não impeça Lana Luthor de aparecer em alguns momentos — a principal proposta deste novo ano da prima do Super-Homem é ter de lidar com várias questões pessoais.
Neste sentido destaque para as consequências de Kara não ter ficado do lado da mãe na 3ª temporada, assim como a nova fase dos relacionamentos (ou a falta deles) da super-heroína.
* Estagiários sob a supervisão de Vinicius Nader
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