Crédito: Steffan Hill/HBO. Cultura. Cenas do filme Meu jantar com Hervé (Ou My dinner with Hervé), da HBO.
“Estamos vivendo em uma época em que as minorias são descartadas e é importante que as pessoas tenham suas vozes ouvidas”. É assim que Sacha Gervasi, roteirista e diretor do telefilme Meu jantar com Hervé, que estreia em 24 de novembro na HBO, explica o que o motivou a produzir um longa-metragem para televisão sobre o encontro dele anos atrás com o ator francês Hervé Villechaize.
Na época, Gervasi era jornalista e tinha sido convidado para um bate-papo com o anão mais famoso da dramaturgia nos anos 1970 e 1980 nos Estados Unidos. A conversa durou três dias de uma semana e foi tão esclarecedora que deu ao repórter toda a base para o filme. “Passei três dias com ele e ele abriu o coração pra mim. Contou-me a história de sua criação complexa, os tratamentos médicos experimentais para tentar fazê-lo crescer. Foi realmente comovente”, lembra o diretor.
O longa-metragem, que será exibido às 22h na HBO, tem como inspiração o encontro entre Sacha e Hervé. “Um tempo depois ele cometeu suicídio. Aquilo partiu meu coração e eu disse: ‘prometo que vou contar sua história um dia’. Levou um quarto de século”, afirma. Na trama, a reunião se passa em uma noite estranha em Los Angeles e tem Peter Dinklage (Game of thrones) na pele de Hervé e Jamie Dornan, protagonista de 50 tons de cinza, como Danny Tate, o jornalista inspirado em Sacha.
O convite para Peter Dinklage veio pela conexão entre os dois atores. Nos anos 1970 e 1980, Hervé era o anão mais famoso do mundo estrelando sucessos como A ilha da fantasia (1978 a 1984) e 007 contra o homem com a pistola de ouro (1974). Enquanto hoje esse título é de Peter Dinklage, o astro de Game of thrones. “O anão mais famoso do mundo, no maior programa de tevê do mundo, agora está vivendo o outro mais famoso anão do mundo. Então tem essa conexão”, explica.
Em Meu jantar com Hervé, Sacha Gervasi aborda aspectos pessoais da vida do ator francês, como a escolha de deixar a Europa em busca de uma vivência com menos preconceito, a constante vergonha que a mãe sentia dele e até os desejos do pai de que ele fizesse um tratamento para crescer. “Ele e a mãe tiveram um relacionamento tremendamente complicado. Ele me disse: ‘Ela me amava, mas ela não podia suportar o fato de ter me produzido’. Então ela alternaria entre amá-lo e ter vergonha dele, o que era muito difícil para ele. O pai, por outro lado, o levou a uma clínica para fazer qualquer coisa para fazê-lo crescer. E ele não fez. Nos anos 1950 havia uma intolerância em relação as pessoas pequenas”, conta.
Esse preconceito o levou para Nova York, onde ele começou a atuar no teatro até que depois se mudou para Los Angeles e, após muitas dificuldades, conquistou um trabalho graças a Aaron Spelling e Leonard Goldberg, que o convidaram para atuar em A ilha da fantasia. “Então esse filme é quase uma meditação sobre a fama, a toxicidade e o vazio disso. Por isso que eu acho que o filme é pertinente agora, nessa cultura, onde as crianças são obcecadas em se tornarem famosas”, defende Sacha.
A relação entre Hervé e Danny também é outro aspecto importante da trama. “O tema do filme é julgamento, é como as pessoas olham para Hervé como se ele não fosse um ser humano. Este são dois personagens que foram julgados quase exclusivamente em seus olhares”, completa justificando a escalação de Jamie Dornan. “Eu senti que Jamie queria a oportunidade de subverter as expectativas”, comenta.
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