Patrick Selvatti
No ar em Fuzuê, novela das 19h da Globo, Lilia Cabral é uma atriz com uma particularidade rara. Após a sua estreia, em 1984, na novela Corpo a corpo, de Gilberto Braga, a paulistana nunca deixou a emissora e, há quase quatro décadas, não ficou um ano sequer fora do ar. A exceção foi na pandemia, quando os trabalhos foram interrompidos. Ainda assim, ela estava lá, nas reprises de A força do querer (2017), Fina estampa (2011) e Império (2014), três grandes sucessos que protagonizou no horário nobre e foram reexibidos nesse intervalo fatídico.
Agora, em 2023, Lilia está de volta à televisão em uma produção inédita e considera esse retorno importante porque o exercício de “olhar para o horizonte” mudou muito após a pandemia. “Parece que a gente renasceu, com outros olhares para experiências. Independentemente de ter anos de carreira, isso não significa nada. A gente aprende todos os dias, os tempos são fundamentais. Eu venho seguindo isso”, afirma a atriz, de 66 anos.
“Voltei em um lugar que mais adoro: amigos, pessoas que confio, que também mudaram nesse processo pandêmico. E tem esse encontro com um autor que está mostrando seu trabalho e é completamente apaixonado por novelas, e eu também sou”, comemora Lília Cabral, que, em Fuzuê, repete a parceria com Marina Ruy Barbosa, com quem protagonizou a última novela antes do surgimento da covid-19, O sétimo guardião (2018/19).
Agora, são Bebel e Preciosa, mãe e filha. “A parceria com Marina, na verdade, é bem mais antiga. Eu a conheci criança, em Começar de novo (2004), e eu fui acompanhando essa jornada e nós fomos nos entendendo. Tenho muito carinho porque vejo evolução. Ela é muito generosa e tem escuta”, observa a veterana, que também celebra o reencontro em cena com Edson Celulari, que faz seu par romântico. Eles atuaram juntos em A força do querer.
De acordo com a atriz, a personagem atual, Bebel, não tem vilania como suas últimas, mas mantém a elegância da ambiciosa Marta (Império), da perversa Valentina (O sétimo guardião) e da problemática Silvana (A força do querer). “Ela é sofisticada nos sentimentos, é uma mulher que mantém as aparências, se calou, e está para a vida de uma forma infeliz, sem deixar transparecer. A personagem faz parte da vida de muita gente”, avalia a mãe de Giulia Bertolli, atriz de 27 anos com quem teve a alegria de contracenar em Tire 5 cartas, filme dirigido por Diego Freitas, que estreou em setembro nos cinemas.
Além de Fuzuê, Lília Cabral marcou presença na tevê aberta com as recentes reprises de Chocolate com pimenta (2003) e A favorita (2008), no Vale a pena ver de novo. Ela também pode ser vista no Canal Viva, na exibição de História de amor (1995). Nesse grande sucesso de Manoel Carlos, ela deu vida à Sheila, a primeira da série de inúmeras vilãs marcantes que interpretou na teledramaturgia — que inclui, ainda, a Marta de Página da vida (2006), uma das suas atuações mais festejadas. Do autor Manoel Carlos, ela interpretou, ainda, personagens marcantes como a Ingrid de Laços de família (2000) e a Teresa de Viver a vida (2009).
Já no streaming, a atriz está no elenco de Pátria minha (1994), que entrou recentemente no catálogo do Globoplay. A atriz também esteve no elenco de sucessos grandiosos, como Vale tudo (1988), Tieta (1989), Pedra sobre pedra (1992). Essas três, inclusive, marcaram o início de uma forte parceria com o autor Aguinaldo Silva, com quem se reencontrou em Fina estampa, Império e O sétimo guardião.
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