Cópia de IMG_48751 Geyson Luiz, ator | Foto: Diógenes Mendonça

Geyson Luiz está em sintonia com a representatividade

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Patrick Selvatti

Geyson Luiz está em Sintonia — O último baile, na Netflix, onde dá vida a Bagre, um detento veterano que desempenha um papel importante na comunicação dentro do presídio e que tenta fugir com Nando (Christian Malheiros). “Com a diversidade de um elenco primoroso, a quinta e última temporada da série Sintonia chegou a todos os cantos do país, do interior à capital. O público está descobrindo diversos talentos no streaming, e a nova temporada chega com intensidade, sintonizando todo o Brasil e brilhando em seu último ato”, comemora o artista, que aguarda, ainda, o lançamento de Maria e o cangaço, produção sobre a vida de Maria Bonita, na Disney+. Este ano, Geyson também poderá ser visto em festivais pelo país, estrelando o filme paraibano O braço e no elenco dos longas pernambucanos Ao sabor das cinzas e Coração de lona. “Poder levar minha cultura para o grande público é um ato de reciprocidade. É a prova para todo o público — tanto crítico quanto popular — de que não somos apenas artistas locais, como muitos dizem, menosprezando o trabalho daqueles que não estão no eixo Rio-São Paulo. Somos a diversidade, o que há de mais autêntico no audiovisual brasileiro”, defende o artista. para ele, esse é o reconhecimento compartilhado por tantos artistas nordestinos presentes em diversas obras, ultrapassando as fronteiras do mercado nacional. “Nosso sotaque não é um problema, mas sim uma característica que enriquece os personagens de suas regiões.  E esse acesso é recíproco? Um ator nordestino ou nortista poderá interpretar uma personagem do Sul, assim como aqueles que têm acesso e oportunidades em projetos que retratam o Norte e o Nordeste? A presença desses artistas é uma conquista não apenas para a classe artística, mas para todo o público brasileiro”, acrescenta.

Com 27 anos e mais de 20 de carreira, Geyson Luiz ganhou projeção nacional ao protagonizar as duas temporadas (2019 e 2024) da série Lama dos dias, que resgata o início do movimento manguebeat e remonta a cena cultural de Recife dos anos 1990. A produção está disponível no catálogo do Globoplay. Ele também atuou na elogiada Cangaço novo, na Prime Video, e no filme pernambucano Salomé, vencedor de diversos prêmios no Festival de Brasília do Cinema de Brasileiro, em 2024. Ele, porém, ainda não experimentou o gênero novela. “Existe um imenso interesse em estar à disposição, mas é preciso também saber se existe esse espaço para mim. Venho conquistando espaços de coprotagonismo em diversos projetos que exigiram versatilidade em meu trabalho. No entanto, como artista periférico, sei que quem vem da margem precisa fazer um esforço multiplicado diante das circunstâncias que sempre nos desafiam, como a necessidade de sobrevivência. Embarcar em projetos televisivos seria uma grande realização, como viver em uma novela com um elenco diverso, abordando temas que comunicam diretamente com o público brasileiro. Os projetos precisam ir além do entretenimento; precisam nos fazer questionar, pulsar e ter poesia em nosso dia a dia. Ser esse combustível em nosso entretenimento é fundamental”, conclui.

Daniel Haidar, ator | Stephan Solon

O intenso preparo de Daniel Haidar

Após uma rápida passagem pelo Rio de Janeiro nos anos 1950 como Celinho, na novela Garota do momento, da TV Globo, e dos anos 1990 como Nôzinho, na série Dom, da Prime Video, o ator Daniel Haidar se prepara para protagonizar Rocky Balboa, o icônico personagem de Sylvester Stallone, agora no palco. Ele, que também deu vida a Elvis Presley, no espetáculo com direção de Miguel Falabella, e também foi o protagonista do musical com canções de Luan Santana, dirigido por Ulysses Cruz, está trabalhando com o diretor Zé Henrique de Paula, nome conhecido dos palcos paulistanos, para o espetáculo Rocky — O musical.

Com uma rotina intensa que conjuga alimentação regrada, exercícios físicos, preparação corporal e, claro, aulas de boxe, Daniel está vivendo para entregar uma performance à altura do clássico de 1976, ganhador do Oscar de Melhor Filme no ano seguinte. “Nunca tive um preparo tão intenso para um papel. Eu nunca tinha nem visto uma luta de boxe na vida, agora, estou muito conectado com a modalidade e com todo esse processo”, declara ele, que tem uma carreira notável em musicais, mas o preparo que o Garanhão Italiano, apelido de Rocky, exige, vai além de qualquer outro papel que ele tenha vivido no teatro ou no audiovisual. O espetáculo estreia em 14 de março, no 033 Rooftop, em São Paulo, de sexta a domingo, com temporada até 25 de maio.

Tá massa

O público noveleiro está feliz da vida com o retorno de Lucinha Lins às novelas. Longe do gênero desde 2017, quando atuou em Apocalipse, na Record, a veterana voltou à Globo, de onde se despediu em 2003, para engrossar o elenco de Volta por cima. Vale lembrar que a produção das 19h, assinada por Claudia Souto, também trouxe de volta Tereza Seiblitz, que não dava as caras nos folhetins da tevê aberta desde Milagres de Jesus, em 2015.

Tá paia

Bella Campos é linda, está em alta e tem talento, mas pode não ter sido a melhor escolha para reviver Maria de Fátima, em Vale tudo. Nada contra a ex-Muda, mas, para estar à altura do papel icônico de Gloria Pires — que já carregava uma bagagem de 20 anos de carreira aos 26 de idade quando deu vida à vilã de Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères —, é preciso mais potência cênica. E, a ver pelo trailler lançado pela Globo, não é o caso.