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Gabriella Di Grecco é a rainha dos bastidores no Disney Channel

Publicado em Entrevista

À frente do Disney Planet news e atriz da série Bia, Gabriela Di Grecco quer mais interatividade com o público do Disney Channel em 2021. Leia entrevista com a atriz a apresentadora!

Reinvenção e renovação. Essas foram as palavras de ordem na vida e na carreira da atriz e apresentadora Gabriella Di Grecco em 2020. O reflexo começa a aparecer agora, em 2021, quando ela leva ao Disney Planet news novidades que visam trazer o público para mais perto ainda dela.

“A tendência do programa, agora, é se expandir para a internet. Estamos trabalhando para que o programa nas redes sociais seja interativo com o programa e vice-versa. Por exemplo, abrir algumas enquetes no Instagram e apresentar as opções mais votadas no programa. Em 2021 estaremos mais pertinho do que nunca”, explica Gabriella, em entrevista ao Próximo Capítulo.

O Disney Planet news é um programa dedicado aos bastidores das produções do Disney Channel. “Acho muito legal ter um produto na programação que mostra o backstage e as novidades da Disney. A Globo fazia isso com o Vídeo Show, a MTV fazia isso muito bem também, e com a Disney não é diferente, o programa é incrível, super descontraído, pra cima”, comenta Gabriella.

Além de apresentar o programa, Gabriella vive Helena, a irmã da protagonista na série Bia, também exibida no Disney Channel. “Bia é uma série que fala sobre a liberdade de ser você mesmo, sem ser refém dos padrões sociais. Uma coisa interessante é que a série tem vários núcleos que conversam com distintos públicos (por exemplo, temos os jovens do Fundom e do Laix, que abordam temáticas mais adolescentes; temos os jovens adultos do Kunst, que abordam temas para adolescentes entrando na fase adulta e jovens adultos; e temos o núcleo das famílias Urquiza e Gutierrez, que já abordam temas mais adultos). E tudo isso passa pela história de amor fraternal e reencontro de duas irmãs que se separaram. Bia foca muito no amor fraternal e não só no amor romântico”, comenta a atriz.

Gabriella ainda comemora o fato de Bia ter um bom engajamento na internet e nas redes sociais, nova paixão dela. Tanto que ela apresenta, no canal dela no YouTube, o programa Tamo junto, em que recebe músicos e conversa com eles sobre a carreira de um modo descontraído. Ela fica tão à vontade que solta a voz ao lado deles.

Entrevista // Gabriella Di Grecco

Gabriella di Grecco apresenta o Disney Planet news ao lado de Bruno Heder
Gabriella di Grecco apresenta o Disney Planet news ao lado de Bruno Heder

Que novidades o Disney Planet News traz para 2021?
O Disney Planet News tem um contato muito direto com o público que assiste ao Disney Channel e ao programa. Com o convite, veio também a ideia de estar mais ativo nas redes sociais e, com a chegada do Disney+ no Brasil e em toda a América Latina, a tendência do programa, agora, é se expandir para a internet. Estamos trabalhando para que o programa nas redes sociais seja interativo com o programa e vice-versa. Por exemplo, abrir algumas enquetes no Instagram e apresentar as opções mais votadas no programa. Isso é somente uma das infinitas possibilidades que estamos trabalhando para estar mais perto dos fãs da Disney. Eu pessoalmente amo essa oportunidade. Amo estar com o pessoal nas redes, trocando uma ideia e ter essa oportunidade de fazer isso através do programa é genial! Em 2021 estaremos mais pertinho do que nunca!

Você começou a apresentar o programa em 2020, ano em que muita gente na sua área ficou sem ter como trabalhar. Como foi essa experiência para você?
Em relação ao trabalho, o ano passado nos fez olhar para renovação, para reinvenção. Antes do convite comecei a investir na possibilidade de ser apresentadora/entrevistadora no Tamo Junto – meu projeto de música no youtube. Um tempo depois, veio o convite, e está sendo incrível poder seguir exercitando isso com o programa. Tem muita gente talentosa e competente ali e é muito inspirador estar servindo com essas pessoas ao seu redor. Estou muito feliz de ter a oportunidade de seguir trabalhando e experimentando outra área profissionalmente.

Como era sua relação com o “planeta Disney” antes do convite?
Eu já acompanhava o Disney Planet antes mesmo de entrar em Bia e curtia muito o programa. Acho muito legal ter um produto na programação que mostra o backstage e as novidades da Disney. A Globo fazia isso com o Vídeo Show, a MTV fazia isso muito bem também, e com a Disney não é diferente, o programa é incrível, super descontraído, pra cima. Depois que entrei para a série, conheci o pessoal do programa e foi muito legal conhecer pessoalmente as pessoas que faziam a magia ali. Agora, toda semana estou em contato com o pessoal.

A série Bia, da qual você é co-protagonista, fez sucesso em vários países fora do Brasil. O que a torna tão universal assim?
Primeiro, é uma série que fala sobre a liberdade de ser você mesmo, sem ser refém dos padrões sociais. Outra coisa interessante é que a série tem vários núcleos que conversam com distintos públicos (por exemplo, temos os jovens do Fundom e do Laix, que abordam temáticas mais adolescentes; temos os jovens adultos do Kunst, que abordam temas para adolescentes entrando na fase adulta e jovens adultos; e temos o núcleo das famílias Urquiza e Gutierrez, que já abordam temas mais adultos). Então, é muito comum encontrar fãs de Bia que estão na pré-escola, na universidade e até mesmo que já são pais. Mais um ponto interessante é que tudo isso passa pela história de amor fraternal e reencontro de duas irmãs que se separaram. É interessante como Bia é uma série que foca muito no amor fraternal e não só no amor romântico. E por fim, penso que o fato de a série estar presente nas redes sociais é um diferencial que aproxima muito o público da história, sobretudo os jovens.

Você esteve até pouco tempo na reprise de Cúmplices de um resgate. Como é se rever? Consegue notar uma evolução sua como atriz de lá pra cá?
Eu sou muito tranquila com isso porque costumo ver o que o personagem está entregando. Não fico preocupada “comigo” porque não se trata de mim. Se trata do personagem contando uma história. Se o personagem não entregou normalmente eu analiso o que poderia ter sido feito para que a cena ficasse melhor e me divirto muito com isso.

Tanto Bia como Cúmplices de um resgate são produções voltadas ao público infanto-juvenil. Como é sua relação com esse público? É mais difícil emocioná-lo?
É um público que sente de verdade. Não tem meias palavras, não pensa em agradar ninguém. E eu amo estar com eles. O futuro do mundo está na mão dessa galera. Considero muito importante olhar para eles, estar com eles e inclusive aprender com eles. Os jovens são incríveis e deveriam ser levados mais a sério.

No Tamo junto, seu programa no YouTube, você faz um cenário diferente a cada convidado que recebe. Temos uma decoradora ou mesmo uma arquiteta adormecida dentro de você?
(risos) Que pergunta boa! Minha família é toda de arquitetos (meus pais e minhas irmãs). Então, acho que alguma coisa deve ter ficado em mim por osmose. A ambientação, seja uma casa, um cenário, uma instalação numa exposição é uma forma de arte espetacular, extremamente imersiva. Como o Tamo Junto é um projeto que busca essa imersão no universo do convidado meu coração pediu pra botar a ambientação nisso. Tive que botar a arquiteta/decoradora/cenógrafa pra jogo. (risos) Mas também tive pessoas maravilhosas que me auxiliaram nisso, como os meus pais.

Você acaba cantando com os convidados. Em algum momento deu medo de soltar a voz ao lado de algum deles? De quem?
Imagina! Isso não rolou, não! O Tamo Junto é um projeto para, literalmente, estar junto, se sentir acolhido, estar em casa, à vontade. Então, o clima de gravação é muito gostoso. Não só entre artistas e convidados, mas com toda a equipe. As diárias de gravação sempre rolaram com muito carinho e tranquilidade. O Tamo Junto é um processo de carinho, atenção e empatia que começa numa ideia, é vivida pelas pessoas na gravação e tudo isso é compartilhado com as pessoas através dos vídeos.

Além de atriz, você é tecnóloga em Ciências Ambientais, especialista no Pantanal. Como figura pública, você se envolve nas causas ambientais?
Não só como figura pública, mas como figura não pública também. Inclusive o trabalho mais importante está aí. Em fazer a sua parte no dia a dia e isso transbordar publicamente. Para mim, é importante vivenciar para ser o exemplo do que a gente fala por aí. Assim podemos expandir o conhecimento, aprender, ajudar, ser ajudado. A questão ambiental é responsabilidade de todos porque somos parte de um ecossistema. Ainda existe o pensamento de que a natureza está para servir à humanidade e não é bem assim. Somos inquilinos nesse planeta, como qualquer outro ser vivo e não os donos. Devemos cuidar do nosso condomínio para que ele funcione. A covid-19 é um exemplo das consequências de não ter responsabilidade com esse condomínio e de que, definitivamente, não estamos separados. Quando os animais silvestres vêm para os ambientes urbanos, eles trazem consigo vírus, bactérias, protozoários, etc. com os quais as pessoas não tiveram contato.

Quais as consequências disso?
No Pantanal, por exemplo, as queimadas (que têm origem principalmente nas práticas do agronegócio e pecuária) saíram do controle e devastaram o nosso bioma. Além de afetar gravemente a fauna e a flora local, isso provocou um êxodo de animais que, para escapar das chamas, se refugiaram nos centros urbanos. Não sabemos quais serão as consequências disso a médio e longo prazo. O que se sabe é que o planeta Terra está aí há mais de 4 bilhões de anos e sobreviveu a meteoros, eras glaciais, irradiações e catástrofes de todo o tipo, já o ser humano não consegue ficar 3 dias sem água. É muito importante repensar o nosso papel nesse grande sistema que é o planeta e agir em equilíbrio com ele.

Como levar isso para o nosso cotidiano?
Uma excelente forma de dar esse primeiro passo é repensar no que consumimos. Absolutamente tudo o que consumimos vem da natureza, e boa parte disso não é devolvida para ela de forma sustentável (produz lixo, polui rios, gera desmatamento, etc.). Então, um bom exercício é pensar (antes de tomar um banho de 30 minutos, antes de comprar uma blusa, antes de pegar uma sacola plástica pra levar um produto que pode ser levado na mão, antes de pedir no cardápio uma opção que tenha carne, etc): eu realmente preciso disso? A natureza é fabulosa, generosa e muito abundante, mas, apesar da sua incrível fabulosidade, generosidade e abundância, precisamos nos lembrar: ela é finita. Se incorporarmos essas pequenas escolhas no dia a dia, além de sermos educados em retribuir o que nos é dado, estaremos contribuindo para não vivenciar essa finitude.