Por Ana Luiza Dutra* — Após anos de discussões acaloradas sobre Team Conrad ou Team Jeramiah, O verão que mudou a minha vida chegou ao fim na última quarta-feira (17/9) e Belly (Lola Tung) fez a escolha entre os irmãos Fisher. A série entrega o que a maioria do público queria, Belly e Conrad (Christopher Briney) juntos. A jornada desses personagens até o final feliz foi longa e intensa, mas valeu a pena esperar. O último episódio da série foi eletrizante e fez quem estava assistindo suspirar diante de cenas emocionantes e discursos apaixonados.
Depois de uma segunda temporada de dúvidas sobre com quem Belly ficaria, a terceira temporada deixa claro qual seria a escolha da protagonista — mesmo que ela não saiba ainda. Desde trilha sonora (regadas a Taylor Swift), escolhas visuais e flashbacks, o roteiro mostra de maneira direta (pelo menos na reta final da temporada) que Belly e Conrad foram feitos um para o outro, construindo de forma sólida a relação de ambos. O sentimento que fica é de que os personagens estão onde deveriam estar e com quem deveriam ficar.
Belly in Paris
Belly em Paris foi um acerto. É possível ver essa personagem em um novo ambiente, evoluindo e crescendo longe das confusões emocionais de Cousins, se descobrindo para além dos seus interesses amorosos e é aí que a personagem cresce. Nesse meio tempo, ela encontra a si mesma e só assim é possível escolher com quem realmente quer ficar.
Apesar de acertar em diversos pontos, a última temporada não é perfeita, e tropeça no desenvolvimento dos personagens coadjuvantes. Steven (Sean Kaufman) e Taylor (Rain Spencer) vivem uma relação complicada e apesar do telespectador torcer pelos dois, não fica claro de onde vem tantos problemas, e quando finalmente parece que tudo foi resolvido entre eles, mais um conflito surge e é rapidamente solucionado sem grandes aprofundamentos. Laurel (Jackie Chung) é outra que fica perdida no meio da história e, de repente, ressurge um romance com John (Colin Ferguson), o ex-marido. Mas a trama não se sustenta por muito tempo. Jeremiah (Gavin Casalegno), que originalmente era um dos protagonista, decai em relação às outras temporadas, parecendo o único personagem que não evoluiu nos anos que se passaram, tendo atitudes infantis na maior parte da temporada. O final dele com Denise (Isabella Briggs) parece mais uma conveniência de roteiro.
As atuações são dignas de série teen — os atores se saem bem, mas não impressionam. Lola acerta o tom nas cenas felizes, trazendo magia para a personagem, entretanto, em cenas com maior carga emocional, a atriz deixa a desejar. Assim como ela, Casalegno também tem dificuldade em cenas dramáticas.
Ainda que a terceira temporada tenha mais episódios do que as anteriores, 11 no total, esse tempo não foi bem aproveitado, uma vez que se perde muito tempo com enredos irrelevantes, como no 9º episódio (chamado de A última chamada) em que Belly chega a Paris e passa grande parte do tempo atrás de uma mochila. Esse tempo de tela faz falta a outros importantes plots da série.
O final deixa pontas soltas — afinal ainda será feito um filme para finalizar a história —, mas não ficam dúvidas em relação a Belly e Conrad e o amor infinito. Ainda sobrou um gostinho de quero mais para os fãs.
*Estagiária sob supervisão de Ronayre Nunes

