Como sair de Buffalo estreia nesta sexta-feira (27/11) na TNT retratando a história de uma jovem que decide ganhar dinheiro para sair da pequena cidade em que vive nos EUA
Esqueça todos os estereótipos de protagonistas femininas de um filme de comédia, porque Peg Dahl, a personagem principal do longa-metragem norte-americano Como sair de Buffalo, vivida por Zoey Deutch (Zumbilândia), é o oposto. Ela está mais conectada com a atual representação feminina no cinema e no mundo televisivo, em que as mulheres não são apenas mocinhas indefesas ou meras “gostosonas”.
Na produção que estreia em 27 de novembro (sexta-feira), às 22h30, na TNT, o espectador verá uma jovem ambiciosa que, desesperada para sair da cidade natal Buffalo no estado de Nova York (EUA), começa a fazer de tudo, inclusive, se tornar numa cobradora de dívidas implacável. “Peg é uma anti-heroína. Acho que estava na hora para esse tipo de história, de vermos mulheres em histórias engraçadas e interessantes”, defende Tanya Wexler (Histeria e O preço da rebeldia), diretora do filme.
Como sair de Buffalo faz parte do selo cinematográfico Particular Crowd, sob a marca TNT Original, que utiliza o espaço da tevê fechada para os lançamentos. A obra chegou a ser exibida no ano passado no Festival de Tribeca e, agora, estará na televisão brasileira.
Inspirada em filmes sobre finanças e Wall Street, Prenda-me se for capaz (2002) e a série Fleabag da Amazon, a produção critica o famoso “american dream” (sonho americano). “Há uma promessa que não é verdade, do sonho americano, de que se você trabalhar muito as coisas vão acontecer e nem sempre é verdade. É entendível porque Peg quer tanto vencer e não consegue. É um preço alto, por isso ela é uma anti-heroína. Mas, no final, a piada e a mensagem são de que as coisas podem ser injustas, mas você não pode ser sacana com as pessoas”, avalia Tanya. “Ela faz coisas horríveis, é egoísta, mas no final ela dá passos para evolução”, completa.
Humor inteligente em Como sair de Buffalo
Em Como sair de Buffalo, o grande destaque é a própria intérprete da protagonista Zoey Deutch, que emenda diálogos rápidos num humor inteligente ao estilo eternizado nas séries de Amy Sherman-Palladino, mas aqui revisitados num formato de cinema e de longa-metragem. “Ela (Zoey) é maravilhosa. As pessoas ainda não viram tudo que ela pode fazer. Dei muito suporte a ela. Criamos uma relação de quase mãe e filha. Ela trabalha muito, é muito preparada. Sempre faz o dever de casa”, emenda a diretora rasgando elogios à atriz.
A agilidade também é uma característica visual do filme. Tanya Wexler quis trouxesse a velocidade do roteiro para o trabalho da filmagem. “Quando você lê o roteiro, é quase como se pudesse ouvi-lo na sua mente. Eu sabia desde o início o estilo que queria gravar. Queria que fosse fluído. Então, basicamente tivemos uma câmera se movendo junto com a Peg. Eu queria estar junto com ela. O ritmo é rápido, tem esse movimento rápido. Foi intencional, a modo de colocar a audiência junto com Peg. Queria que o filme fosse como ela”, explica.
A paleta de cores da produção também ajuda a contar a história, por isso há muito vermelho e azul, em referência ao time de futebol americano Buffalo Bills e também ao dinheiro. “O visual e o vocabulário do filme também trouxeram essa atmosfera da cidade”, acrescenta, destacando que Buffalo é como se fosse um personagem da história.