The Voice Kids

Excesso de reality shows musicais pode cansar o telespectador

Publicado em Reality show

As emissoras de investem em programas musicais ou quadros com calouros e têm que apostar no carisma de jurados como diferencial

“Pedro de Lara lá lá lá…” A música que anunciava o início do Show de calouros, de Silvio Santos, marcou uma geração. Ali, artistas como Aracy de Almeida e Wagner Montes avaliavam calouros que soltavam a voz por um prêmio em dinheiro. Muito antes disso, nomes como Flávio Cavalcanti e Ary Barroso comandaram programas semelhantes nas primeiras décadas da televisão brasileira.

Programas musicais não são, portanto, novidade. Atualmente, a Record tem um, disfarçado de quadro para tentar alavancar a audiência do Hora do Faro: Canta comigo. O veterano Raul Gil está no SBT. A Globo tem uma franquia: o The voice, que neste domingo (6/6) estreia a versão Kids. Além disso, há o The voice Brasil e o The voice mais.

A questão é se o telespectador não se cansa de tantos programas semelhantes sendo exibidos ao mesmo tempo. Com poucas diferenças entre eles, a aposta é se destacar pelo que deveria ser periférico da música, como o carisma de um Raul Gil ou as gracinhas de um Carlinhos Brown, jurado do The voice kids.

O The voice kids estreia com apresentação de Márcio Garcia e times capitaneados por Brown, Michel Teló e Gaby Amarantos. Na primeira fase, crianças cantam e tentam conquistar um técnico. Cada técnico terá a tarefa de selecionar 24 talentos mirins — o que resulta em 72 meninos e meninas no total! Imagine até quando vai essa mistura de crianças fofinhas, pré-adolescentes talentosos e muita lágrima!

Resta-nos a esperança de saber que foi aos 13 anos que Elza Soares se apresentou no programa de Ary Barroso pela primeira vez — e ouviu a célebre pergunta de que planeta ela teria saído. O resto é história, e Elza uma diva mundialmente reconhecida.