Crédito: Reprodução/Imdb -
Aquecimento Emmy! Como já virou tradição, toda sexta-feira o Próximo Capítulo publicará matérias sobre produções indicadas ao prêmio de 2019, que ainda não foram citadas no blog. Acompanhe!
Por muito tempo uma incômoda dicotomia deixou Hollywood em uma saia justa: produzir para o público ou para a crítica? Afinal, muitas vezes, o gosto de um é bem diferente do que o aceito pelo outro. A regra, em geral, é tentar apostar naquelas produções que agradem os dois mundos. Não parece ser o caso de Fosse/Verdon.
A história biográfica relembra um dos grandes pilares do entretenimento norte-americano. O criador, de certa forma, da base ao que conhecemos hoje como “show”. Toda a pirotecnia, a pompa, a criatividade — e até megalomania — que encanta o mundo, e que vem de Hollywood, tem crédito advindo de Bob Fosse (interpretado por Sam Rockwell).
Na produção do FX, desenvolvida por Steven Levenson e Thomas Kail, o público tem a chance de ver várias fases de Fosse, em especial, na relação com a esposa, Gwen Verdon (vivida por Michelle Williams). Ele, um grande diretor e coreógrafo; ela uma das maiores bailarinas de todos os tempos da Broadway. Mas, no casamento, uma montanha-russa de altos e baixos e grandes frustrações. Enquanto o casal molda uma contemporânea indústria do entretenimento nos bastidores dos grandes estúdios, o amor que nasceu dos bastidores de produções do baixo orçamento é desintegrado aos poucos.
Tecnicamente, a produção prima em excelência. A atuação — o grande carro-chefe da série em relação à qualidade — é de encher os olhos. Tanto Michelle, quanto Rockwell, declamam duas figuras de forma original, em camadas e em completude.
Entretanto, o enredo é um daqueles difícil de animar o grande público, com diálogos longos, subjetivos e demasiados “intelectuais”. É fácil se perder na linha de narrativa e não encontrar muito sentido nas divagações dos personagens. As cenas, meticulosamente ensaiadas — até para se refletir sobre a precisão profissional de Fosse — encantam em um primeiro momento, contudo se tornam enfadonhas depois do primeiro minuto de exploração contínua.
Os personagens coadjuvantes também são um problema: entre tantos — apresentados de forma superficial e atropelada — é difícil entender como eles ajudam a construir a história, sendo que mais parecem uma muleta para o holofote dos protagonistas.
A produção prima por qualidade técnica, entretanto, não empolga em relação a aspectos práticos. Uma série que, provavelmente, chamará mais atenção dos que têm interesse na história de uma indústria gigantesca, do que os que só querem um momento de diversão em frente à tevê.
"Coração acelerado" vem aí para transformar o sertanejo em palco para romances, intrigas e empoderamento…
Plataforma de streaming marca data para disponibilizar a nova novela original, que traz Grazi Massafera…
Ela vive a advogada Vivian, que ganha profundidade na relação com a família Boaz na…
O ator Arthur Monteiro, 41 anos, estreia no Globoplay na quarta temporada da série de…
Em Os donos do jogo, da Netflix, ator vive o deputado Mandele Neto, autor do projeto…
Em meio às especulações sobre a continuação do sucesso escrito por João Emanuel Carneiro em…