Aquecimento Emmy! Toda sexta-feira o Próximo Capítulo publicará matérias sobre produções indicadas ao prêmio de 2018, que ainda não foram citadas no blog. Acompanhe!
Jesus Christ superstar é um caso raro no Emmy. A produção é, na verdade, um musical de teatro que foi encenado e transmitido ao vivo como um programa especial da NBC. A montagem foi indicada em 13 categorias, entre elas, quatro principais: melhor especial de variedade — que tem chances altas de levar –, melhor ator em série limitada ou telefilme (John Legend), melhor atriz coadjuvante em série limitada ou telefilme (Sara Bareilles) e melhor ator coadjuvante em série limitada ou telefilme (Brandon Victor Dixon).
Dentro desse contexto, há um dado muito importante. Caso o cantor e, agora ator, John Legend vença, ele pode entrar no seleto hall de artistas do EGOT, famosos que conquistaram prêmios no Emmy, Grammy, Oscar e Tony Awards. Até por isso, dá para pensar que Legend tem grandes chances, mesmo enfrentando Darren Criss, um dos favoritos por sua interpretação em American crime story: O assassinato de Gianne Versace. Outro ponto a favor do cantor é, claro, a interpretação. Apesar de começar o musical um pouco mais apagado, ele vira o jogo e termina em alta.
Mas vamos a história… Jesus Christ superstar é uma versão do musical homônimo criado por Andrew Llyod Webber e Tim Rice nos anos 1970, que, em formato de ópera rock, retrata os últimos dias de Jesus Cristo, aqui vivido por ninguém menos do que John Legend, no ponto de vista de Judas, interpretado por Brandon Victor Dixon.
Um dos grandes méritos do musical é a história em si, que, apesar de ter como base os escritos da Biblía, deixa de lado aquele ar religioso para assumir uma atmosfera comum. Em Jesus Christ superstar, Jesus é uma pessoa normal, com virtudes e defeitos, esses últimos apontados por Judas em alguns momentos do espetáculo.
As músicas e o elenco são outros pontos altos do espetáculo. Apesar de John Legend dar vida ao papel mais importante da trama e estar muito bem, é Brandon Victor Dixon quem realmente rouba a cena. O ator tem uma presença como poucos, um canto hipnotizante e entrega um Judas empático, o que é a intenção do espetáculo. Porém, deve ser mais difícil ser premiado por isso em sua categoria. Sara Bareilles também está bem na pele de Maria Madalena — aqui colocada de forma bem clara como par romântico de Jesus — e Alice Cooper faz uma participação de luxo como King Herod.
Jesus Christ superstar foi feito para quem ama musicais. Não é o tipo de produção que vai agradar a todos. Em primeiro lugar, por ser desse formato. E, segundo, porque para os mais religiosos podem se incomodar a escolha do enredo. Mas como nos Estados Unidos esse é um gênero de sucesso e as críticas foram pra lá de positivas, o especial tem chances. Ficou curioso? O especial está no catálogo do serviço de streaming Looke e também na plataforma Now.
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