Thiago Castanho cozinha e desvenda os mistérios da cozinha nortista na série documental Sabores da floresta. Estreia é nesta sexta-feira (24/1), no canal Futura
O Brasil precisa descobrir as delícias da região Norte. Para nos ajudar nessa tarefa pra lá de saborosa, o chef e apresentador Thiago Castanho comanda a série documental Sabores da floresta, exibida a partir desta sexta-feira (24/1), semanalmente, às 21h, no canal Futura. A primeira temporada ー “estamos conversando sobre a segunda”, adianta Thiago ー terá 13 episódios que percorrem 12 municípios do Pará e do Amazonas.
Além de apresentar, Thiago participou da concepção do roteiro de Sabores da floresta. A ideia é mostrar ingredientes nortistas, como o pop açaí e o mais desconhecido acari, para o Brasil inteiro. A estreia é sobre farinha d’água. Para isso, Thiago conversa com o vendedor, o produtor e ainda recebe chefs do país inteiro para criar uma receita. Entre os convidados estão André Mifano e Mara Salles. Isso sem falar em Felipe Castanho e em seu Chicão, irmão e pai de Thiago, respectivamente.
Quatro perguntas// Thiago Castanho
A gastronomia do Norte do Brasil tem sido muito difundida atualmente. Ainda há muito para se descobrir?
Muito! Nem os nortistas conhecem tudo. A Amazônia é muito grande e muito rica.
Como será o Sabores da floresta?
Cada episódio da série será focado em um ingrediente do Norte. Mostraremos três frentes. Na primeira, vemos como o público local consome aquele ingrediente; depois eu converso com produtores; e, no fim, recebo um chef convidado para fazer uma receita diferente, que traga uma nova possibilidade. Entre os temas estão açaí, tucupi, cupuaçu e acari.
Você descobriu algum ingrediente durante as gravações?
Sim! Eu não conhecia o tucumã. Foi muito legal porque mostramos que nem eu, que sou paraense e trabalho divulgando nossa cozinha, sei de tudo. É um ingrediente que tem muita importância em Manaus. Um dia uma pessoa fez um sanduíche de tucumã, O X-caboquinho (com banana-da-terra e queijo, além do tucumã), e mudou toda a forma de lidar com o ingrediente. Hoje tem gente que vive só de vender esse sanduíche. Isso não é só gastronômico: faz com que o produtor não transforme o tucumanzal em pasto e acaba ajudando na luta contra o desmatamento.
Você também está no Cozinheiros em ação. Sente-se mais à vontade em frente às câmeras?
Sim. É engraçado porque eu gravei o piloto do Sabores da floresta antes do primeiro Cozinheiros em ação. Daí quando fui fazer a série vi que tinha aprendido muita coisa da técnica de fazer televisão.