Deborah Secco brilha como a vilã Karola de Segundo sol. A atriz que já foi da comédia ao drama fala ao Próximo Capítulo sobre maternidade e carreira. Confira entrevista!
Atrizes das mais disputadas por autores e diretores da Globo atualmente, Deborah Secco começou devagar até chegar a Karola de Segundo sol e ao patamar de estrela de
uma geração que também tem Juliana Paes e Camila Pitanga. A menina de Confissões de adolescente (1994) — um dos primeiros trabalhos de Deborah na telinha — cresceu e chamou a atenção em trabalhos como Laços de família (2000), A favorita (2008) e Decamerão: A comédia do sexo (2009), entre tantos outros.
Alguns tropeços vieram — talvez o maior seja o de América (2005) –, mas Deborah se firmou e agora vive o maior desafio da carreira: uma vilã no horário nobre. E tem dado certo: ao lado de Adriana Esteves (Laureta) e Letícia Colin (Rosa), ela vem dando pano pra manga na trama de João Emanuel Carneiro.
“Karola vai ficando mais má ainda. Não sei onde isso vai parar”, afirmou, em entrevista ao Correio.
Recentemente, a Globo reprisou Celebridade (2005), novela de Gilberto Braga em que ela viveu Darlene. Quando Segundo sol estreou, o público podia se deliciar com duas facetas de Deborah: a cômica e a cruel.
“Hoje, com esse distanciamento, é sensacional assistir. Eu falei que só vou assistir a minhas novelas 20 anos depois”, conta, aos risos.
Mas se há um papel que Deborah não se cansa de interpretar é o de esposa de Hugo Moura (ator que estreia em Segundo sol como Robinho) e de mãe da pequena Maria Flor, de 2 anos. Deborah conta que ainda é difícil deixar a filha em casa.
“Eu acho que é mais difícil para mim do que para ela. Mas eu não posso ficar falando muito disso porque todas as mães do Brasil fazem isso. Não é nenhum privilégio meu. Mas é muito difícil ser mãe e trabalhar”, reflete Deborah, que voltou às telas devagar, na temporada de 2016 de Malhação, intitulada Pro dia nascer feliz.
Aos 39 anos, a atriz mostra que amadureceu também como mulher. Ao Correio, ela fala sobre Karola, sobre maternidade e sobre a carreira. Confira!
Leia entrevista completa com Deborah Secco!
A Karola de Segundo sol é uma vilã, tipo de personagem raro na sua carreira. Está preparada para ser odiada ou Karola não é esse tipo de vilã?
Ela é má, de fato. Bem mais má que a Íris (de Laços de família), mas ela vai ficando mais má ainda. Não sei onde isso vai parar (risos).
Depois que sua filha Maria Flor nasceu, você voltou à televisão devagar, em Malhação – Pro dia nascer feliz. Agora, que ela já tem 2 anos, você está de volta às novelas, como a Karola. Essa pausa foi proposital?
Eu já tinha planejado esse tempo mesmo. Acho que dois anos é um tempo excelente. É a hora de você começar a desfazer mesmo o cordão, que ela já entende, que você consegue conversar. Eu acho que é mais difícil para mim do que para ela. Já era meio que o meu planejamento. Daí surgiu esse presente do João Emanuel (Carneiro, autor de Segundo sol), e do Dennis (Carvalho, diretor), com um personagem desse. Não tinha nem o que pensar, eu tenho só que agradecer.
Seu marido, Hugo Moura, está no elenco da novela também. Como é ser colega do próprio marido? Vocês se ajudam?
Ele me escuta muito em como fazer para crescer. Todos os cursos que eu indiquei, os profissionais que eu falo que vão mudar a vida dele e que mudaram a minha… Ele vai atrás de todos eles e, com muita disposição, ele conquista essas pessoas muito mais do que eu até. Todos os mestres dele são apaixonados por ele. Eu sou muito orgulhosa porque é um cara que não se esconde, que não se amedronta.
Deixar a Maria Flor em casa para gravar é muito difícil? Como faz para conciliar a mãe e a atriz?
Agora a Maria Flor fica na escolinha, então ela não fica em casa, tem dias que chega ao meio-dia, tem dias que tem natação e chega às 15h. Então, a gente sai menos preocupada. Ela chega em casa, dorme uma horinha e meia ou duas. Eu estou sempre tentando chegar em casa cedo, quando eu não consigo o Hugo está, quando não estão nenhum dos dois, a minha mãe está. Eu não posso ficar falando muito disso porque todas as mães do Brasil fazem isso. Não é nenhum privilégio meu. Mas é muito difícil ser mãe e trabalhar.
Você costuma postar fotos da sua família nas redes sociais. O que pensa sobre essa exposição?
É um conflito muito grande. Expor ou não expor? Mostrar, ou não mostrar? Mas esconder uma criança é um trabalho muito árduo porque você tem que tirar ela de todos os lugares. Hoje, o celular, a foto são uma coisa muito presente na vida de todo mundo.
A Globo reprisou Celebridade recentemente. Você costuma se rever nessas ocasiões? O que sente?
Eu conversei com a Juliana (Paes) sobre isso. A gente sofria tanto com esse negócio da angústia, a gente se sentia tão péssima, a gente se criticava tanto. Hoje, eu me acho gênia! Eu era muito talentosa, eu era muito boa. Acho que, na época, com essa necessidade artística que a gente tem de ser melhor, não enxergamos o que fazemos. Hoje, com esse distanciamento, é sensacional assistir. Eu falei que só vou assistir a minhas novelas 20 anos depois (risos).