Os veteranos serão Abel e Filipa em Dona de mim, de Rosane Svartman, que estreia em 28 de abril
Patrick Selvatti
Artistas de grande peso na teledramaturgia e bastante requisitados para tramas consideradas nobres, exibidas após as 21h, Tony Ramos e Claudia Abreu fizeram algumas novelas no horário das 19 —, não muitas, mas algumas marcantes, como Bebê a bordo (1988) e Guerra dos sexos (2012), no caso de Tony, e Que rei sou eu? (1989) e Cheias de charme (2012), de Cacau. Agora, a dupla de veteranos está de volta ao horário mais lúdico, como um casal, em Dona de mim, que estreia em 28 de abril.
Para Tony, que estava no ar em Terra e paixão até o início de 2024, estar nessa faixa de horário é diferente, mas também não é. “Não somos atores de horários, mas de textos, de boas ideias. Eu fiz novelas em todos os horários, a gente vai fazendo o que um bom texto propõe. E Dona de mim foi um convite irresistível, é um texto que nos aproxima do que está na rua, um eco do que está acontecendo na vida. E foi um reencontro com vários companheiros. E uma delas, muito especial, foi a Claudia, com quem eu vivi momentos maravilhosos em Belíssima, quando gravamos por quase um mês na Grécia”, afirmou o ator ao Próximo Capítulo, durante entrevista coletiva on-line com o elenco da nova novela.
De acordo com Claudia, novela das 19h é uma diversão. “É sempre muito divertido. São cenas que não são tão longas, mas se conta muita coisa em pouco tempo. Sou a mesma atriz em todos os horários, mas cada horário tem sua linguagem. Às sete, há um ritmo mais frenético, tem que ficar sintonizado com o tom da novela. E é uma alegria reencontrar o Tony, interpretar textos que são refelexos da antena maravilhosa da Rosane Svartman para captar tudo o que está acontecendo. É uma novela do presente, conta o que está acontecendo no momento, então, me sinto viva”, explicou a atriz, que estava afastada das novelas desde 2017, quando encerrou sua participação em A lei do amor.
Dona de mim é uma novela criada por Rosane Svartman, escrita com Carolina Santos, Jaqueline Vargas, Juan Jullian, Mário Viana, Michel Carvalho e Renata Sofia. A obra tem direção artística de Allan Fiterman, direção geral de Pedro Brenelli e produção de Mariana Pinheiro. A direção de gênero é de José Luiz Villamarim.
A trama
São muitos os conflitos que atravessam a tradicional família Boaz, donos da fábrica de lingerie que carrega o mesmo nome e costura a história de Dona de mim. Herdeiro e atual presidente, filho de Rosa (Suely Franco), Abel (Tony Ramos) é um homem que ainda jovem precisou abandonar a paixão pelas artes em nome da empresa fundada pelo pai. Tem quatro filhos: Samuel (Juan Paiva), Davi (Rafa Vitti) e Ayla (Bel Lima), frutos do seu primeiro casamento, e a pequena Sofia (Elis Cabral), registrada como filha após a cobrança de uma dívida de vida que tinha com Ellen (Camila Pitanga), antiga funcionária da Boaz.
Foi há sete anos que tudo aconteceu, no jardim da mansão da família, na Barra da Tijuca. Filipa (Cláudia Abreu), usando um belíssimo vestido branco, acabava de se tornar a segunda esposa de Abel quando Ellen interrompe a cerimônia com uma bebê no colo. A festa inteira observa enquanto a mulher, ofegante, entrega a criança ao seu antigo patrão e relembra a promessa que um dia ele lhe fez. Generoso e correto em suas atitudes, o patriarca decide cumprir a palavra e oficializa a menina como sua filha — processo que foi particularmente difícil para uma pessoa sensível e emocionalmente instável como Filipa. Em meio a lembranças de um passado livre como artista, ela ainda tenta encontrar o seu lugar no mundo como mulher e mãe. Quando era jovem, sua inconstância era vista como algo charmoso e sedutor.
Os dois se apaixonaram num rompante, e foi tudo muito rápido: o namoro, o casamento, a decepção. Filipa se sente muito sozinha mesmo cercada de gente, como em uma gaiola de ouro. Quando Sofia chega à casa da família, ela tenta se aproximar da menina e corrigir os erros que teve com a sua própria filha, Nina (Flora Camolese), mas se vê frustrada diante da maternidade mais uma vez.
