Daniel Satti vive o suspense de saber se o personagem que interpreta em Salve-se quem puder, Donato, sobreviveu a um atentado
Quem é fã de novela sabe que o desaparecimento de um personagem que tem várias cartas na manga contra o grande vilão do folhetim tem tudo para não ser definitivo. Assim também pode ser em Salve-se quem puder. A novela das 19h, que voltou após pausa na pandemia e está sendo reprisada desde o começo, tem como um dos grandes mistérios o paradeiro de Donato, personagem de Daniel Satti.
O rapaz sabia demais sobre a vilã Dominique (Guilhermina Guinle) e sofre um atentado, sendo dado como morto. Mas será que na reta final ele não estará de volta? “Donato foi dado como morto sem nenhuma evidência concreta e isso abre uma brecha. Confesso torcer muito para o personagem voltar e ser essa chave para desmascarar a quadrilha de Dominique e livrar Kyra (Vitória Strada), Luna (Juliana Paiva) e Alexia (Deborah Secco) dessa enrascada em que se meteram”, afirma Daniel, em entrevista ao Próximo Capítulo.
As gravações de Salve-se quem puder foram interrompidas ano passado – a novela deu lugar às reprises de Totalmente demais e Haja coração – e retomadas no início deste ano. Nesse período, Daniel cumpriu quarentena certinho: “estou em quarentena desde 27 de março de 2020, quando começou aqui em São Paulo, praticamente um ano só indo ao supermercado e à farmácia.” A maneira como as pessoas lidaram com esse isolamento social e com a covid-19 foi tema de um documentário dirigido por Sirley Franco e Fred Chalub do qual Daniel participou.
“São mais de 170 depoimentos, em todos os estados brasileiros e mais de 26 países. Respondemos a perguntas como “você é contra ou a favor do isolamento? Por quê?”; “você aderiu à quarentena?”; “você acha que muda algo nas relações familiares? De que forma?” e “qual sua forma de lidar com a saúde mental durante a quarentena?” e por aí vai. Entendo que será uma ótima referência histórica para nossa sociedade atual e futura”, explica o ator.
Para ele, a quarentena teve um lado produtivo, além da apreensão comum à maioria dos brasileiros. “Estou com vários projetos à vista, de teatro, cinema, livro, mentorias, novela, documentário. Confesso que não deixei que o medo, a ansiedade e as más notícias me deixassem preocupado em não conseguir voltar aos palcos. Sou muito otimista e procurei ao máximo edificar os meus pensamentos e ter fé que na hora certa, tudo passaria e voltaríamos ao normal. Estou desenvolvendo um projeto digital e pretendo, através dos meus conhecimentos e experiências, ajudar, e curar, muitas pessoas com o desenvolvimento de técnicas para comunicação”, comenta Daniel, que começou também a toca o projeto de um livro.
Duas perguntas// Daniel Satti
Você estará no filme Amor, confuso amor. O que pode adiantar sobre o projeto?
Rodamos este longa-metragem em maio de 2019, num resort em Ibiúna. O personagem que faço é o Jorge, protagonista de uma trama misteriosa que traz uma narrativa não linear e retrata a história de um homem confuso que vaga entre a imaginação e a realidade. A história tem como pano de fundo a comédia e um drama psicológico com tons surrealistas. O longa está em fase de pós-produção. Tem um elenco brilhante, entre eles, Isabella Lemos, Marjorie Gerardi, Paola Rodrigues, Taiguara Nazareth, Tuna Dwek e outros. A direção é de André Luís. Estou torcendo para que entre em cartaz nos cinemas ainda esse ano. É um lindo projeto!
No filme Faixa preta, você interpreta um personagem que existiu, o treinador de jiu jitsu Alexandre Paiva. Como é essa experiência de levar para a ficção alguém “real”?
Foi uma experiência que acho incrível e surreal. Dar vida no audiovisual a alguém que ainda está vivo na vida real. Neste longa-metragem, que acabei de rodar no Rio de Janeiro agora em fevereiro, a história é baseada em fatos reais de um lutador pentacampeão mundial de jiu-jitsu. Eu faço o papel do mestre dele, desde criança até se tornar o grande campeão. O personagem é o Alexandre Paiva, conhecido pelo apelido de Gigi. Durante as filmagens, postei no Instagram e marquei o verdadeiro Alexandre Paiva, que repostou em sua rede e sempre desejou boa sorte e muito sucesso nas filmagens. Isso é muito legal e não tem preço, a aposta positiva de quem você vai interpretar, dando a sua assinatura, apesar daquele famoso frio na barriga, pelo desejo de realizar um trabalho incrível e verossímil, que agrade e faça o personagem na vida real se identificar também e curtir o seu trabalho, né? (risos) Acho que essa história vai mexer com o público e meu personagem tem uma grande e importante missão nessa linda história de superação.