Crítica: Prata da casa repete situações, mas tem elenco eficiente

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A primeira sitcom brasileira da Fox, Prata da casa, aposta em situações conhecidas e previsíveis, mas se dá bem pelas performances de Rodrigo Pandolfo, Pedro Paulo Rangel e Fernanda Nobre.

Em 10 de maio, a Fox estreou o primeiro dos 14 episódios programados para a comédia nacional Prata da casa (leia mais aqui sobre a atração). A primeira produção do gênero da emissora é exibida às quartas, às 21h30. Com direção de André Pellenz, o seriado é assinado pelo próprio André, em conjunto com Maria Clara Mattos, Marlon Olympio, Carolina Castro, Felipe Vianna e Patrícia Corso.

Diogo Vilela e Rodrigo Pandolfo são pai e filho na sitcom

O elenco reúne nomes consagrados como Pedro Paulo Rangel, Diogo Vilela e Françoise Forton e atores que estão despontando, casos de Fernanda Nobre e Rodrigo Pandolfo.

Pandolfo vive o protagonista Sergio Henrique (medalhista olímpico aposentado) com graça e afinco. São dele os melhores momentos de Prata da casa — não pelo simples fato de ser o protagonista, mas por aproveitar cada oportunidade de chamar a atenção.

O mesmo acontece com Fernanda Nobre em participação como a ex-mulher de Sergio Henrique. É por causa da separação deles que o rapaz volta para a casa dos pais, Maurício (Diogo Vilela) e Hercília (Françoise Forton), e troca Rio de Janeiro por São Paulo.

Aí vem o maior pecado de Prata da casa: os clichês desfilam, um atrás do outro, incessantemente. Entra em cena a rivalidade entre as duas cidades — e os estereótipos de que o carioca é descolado e folgado e o paulista, comprometido e trabalhador. Além disso, Maurício e Hercília estão se separando e ele tem com amante a voluptuosa Viviane (Flávia Garrafa), enquanto ela está de caso com o sócio e melhor amigo dele,  Isidoro (Pedro Paulo Rangel).

Clichês são o maior defeito de Prata da Casa

Como o casal não quer que Sergio Henrique saiba da separação deles, eles têm que explicar o postergamento do divórcio para seus respectivos amantes. A primeira cena dessa situação diverte, a segunda é legal e a terceira… cansou, né?

Prata da casa tem muito pela frente — foi ao ar esta semana o quarto episódio — e tem um elenco que pode render muito mais. A história do fracassado que tenta se reerguer e o curioso fato dele ser um ex-atleta podem ser alvo de bons momentos também. Além disso, o formato (episódios ágeis e curtos, com média de meia hora) agrada bastante. Fica a torcida para que a medalha da produção não seja roubada, como foi a de Sergio Henrique.

Vinícius Nader

Boas histórias são a paixão de qualquer jornalista. As bem desenvolvidas conquistam, seja em novelas, seja na vida real. Os programas de auditório também são um fraco. Tem uma queda por Malhação, adorou Por amor e sabe quem matou Odete Roitman.

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