Crítica: Pesadelo na cozinha

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Pesadelo na cozinha se apoia na presença espirituosa de Erick Jacquin. Mas formato pode cair na armadilha de se repetir ainda na primeira temporada

Veredito: Bom

O chef francês Erick Jacquin é o pesadelo dos participantes do novo reality show da Band, mas é o paraíso da emissora. Isso porque o programa Pesadelo na cozinha garante boa audiência e repercussão nas redes sociais.

As frases de Erick Jacquin salvam a atração

Muito de Pesadelo na cozinha está em Jacquin. O programa depende dele pra tudo. Mais do que assistir a restaurantes à beira da falência, o que o público quer ver são as caras e bocas do francês ao comer um caldo de feijão “que mais parece um purê” ou ao cheirar uma salada e perguntar “não é de hoje, né?”. Não… não era!

Assim como no MasterChef Brasil, também da Band, Jacquin se destaca pelo mau humor que acaba sendo engraçado. Espirituoso, nos dois episódios que foram ao ar até agora – nesta quinta (9/2), às 22h30, vai ao ar o terceiro – Jacquin foi mais do que um consultor gastronômico. Ele deu dicas de como gerir um negócio, salvou um casamento e ainda recebeu uma homenagem que o deixou desconcertado e emocionado. Arthur, o dono do restaurante do segundo capítulo, tatuou a assinatura de Jacquin no braço.

Às vezes Jacquin passa um pouco do ponto. Na estreia, ficou espantado com o estado de conservação de uma panela. Ao ser informado que o utensílio era da sogra da dona do restaurante, o francês mandou devolver. Mas a sogra já morreu. “Deveria ter levado a panela junto”, disparou Jacquin. O excesso de palavrões também atrapalha um pouco.

A edição ajuda no clima de apocalipse – ou atrapalha os empresários.  Takes fechados na sujeira (dá medo visitar a cozinha de restaurantes depois de ver essas), trilha sonora de suspense. Enfim, os elementos para a formação de um drama estão todos lá.

Confira frases marcantes de Jacquin em Pesadelo na cozinha

  • “Isso aqui não é ruim. É muito ruim e aquilo é muito médio”
  • “Isso aqui, meu filho, nem morto come”
  • “Podia ser mais refinado, mais tu tu. Entendeu?”
  • “Você parece médico, dentista, mas não parece ser o chef”
  • “É o pior fast food que eu vi na vida. Porque isso não é um restaurante, é um fast food”
  • “O restaurante não tem comando. É um bordel”
  • “Parece um negócio para turista, que vem e não volta mais”
  • “Se você é tão bom, por que precisa de mim?”
  • “É um chiclete de tapioca na minha boca. Vou cuspir”
  • “Você é garçonete, não é cozinheira. Não passa de uma garçonete!”
Vinícius Nader

Boas histórias são a paixão de qualquer jornalista. As bem desenvolvidas conquistam, seja em novelas, seja na vida real. Os programas de auditório também são um fraco. Tem uma queda por Malhação, adorou Por amor e sabe quem matou Odete Roitman.

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