Batwoman é mais do mesmo do Arrowverse, mas pode crescer pelo tema e pela protagonista

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A série estreou no segundo semestre nos Estados Unidos. A heroína Batwoman foi inserida no universo no crossover Elseworlds

A expectativa era grande em torno da estreia de Batwoman, a primeira protagonista abertamente gay do Arrowverse, universo dos heróis da DC nas telinhas. Protagonizada por Ruby Rose, a série retrata a história de Kate Kane, que se afastou da família e de Gotham após ter sofrido preconceito dentro do exército e ser renegada pelo pai e pela amada.

A personagem precisa voltar a todo esse ambiente, quando Sophie Morren (Meagan Tandy), sua antiga namorada, é capturada por uma vilã que aproveita o desaparecimento de Batman de Gotham. O Homem-Morcego deixou a cidade há três anos, ninguém sabe do real paradeiro dele. Tudo isso acontece na noite em que o batsinal seria desligado, uma mensagem de que a cidade parou de acreditar na figura do herói.

Dentro desse contexto, o episódio de estreia apresenta um pouco do passado de Kate, que perdeu a mãe e a irmã em um acidente. Mesmo muitos anos depois, ela culpa Batman por não ter conseguido salvar a família dela. E também estabelece as relações da protagonista com o pai: Jacob Kane (Dougray Scott), o grande chefe da empresa de segurança Corvos, que começou a tomar conta de Gotham depois do sumiço do herói. Ela tem uma meia-irmã Mary Hamilton (Nicole Kang), filha da atual esposa do pai, Catherine Hamilton-Kane (Elizabeth Anweis), com quem não tem uma relação assim tão boa.

Apesar de ser uma série sobre a Batwoman, a atração precisa falar um pouco sobre o Homem-Morcego e o faz. Mas com sutileza, para não tirar o protagonismo de Kate, assim como aconteceu com a introdução de Supergirl anos atrás.

Crédito: Jack Rowand/The CW

Batwoman é uma série com um bom ritmo e uma história interessante. No entanto, não apresenta nada de novo dentro do Arrowverse. Em muitos momentos lembra, inclusive, Arrow, série que bebe totalmente da fonte do universo de Batman. Com o fim da trama do Arqueiro Verde, pode ocupar esse lado mais dark do universo da DC nas telinhas.

O grande trunfo e espaço para se diferenciar nesse cenário é o fato de trazer temas relevantes de serem discutidos em um contexto não necessariamente político. Logo no primeiro episódio, Batwoman aborda as dificuldades de uma pessoa homossexual. No caso de Kate dentro do exército e depois na família. Outro ponto a seu favor é ter uma protagonista relacionável. Mesmo assim, em sua estreia, isso não foi o suficiente para animar.

Adriana Izel

Jornalista, mas antes de qualquer coisa viciada em séries. Ama Friends, mas se identifica mais com How I met your mother. Nunca superou o final de Lost. E tem Game of thrones como a série preferida de todos os tempos.

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