Confira crítica da série Deus me adicionou, que estreou nesta segunda-feira na Warner

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De Steven Lilien e Bryan Wynbrandt, Deus me adicionou mistura drama e comédia em trama existencialista

Fé e existencialismo integram a narrativa da série Deus me adicionou, que estreou nesta segunda-feira (6/1), na faixa das 13h, na Warner Channel. O seriado, que tem uma primeira temporada com 20 episódios, foi criado por Steven Lilien e Bryan Wynbrandt e se trata de uma dramédia — gênero que mistura elementos do drama e da comédia — que discute a existência de um ser superior.

A história gira em torno de Miles Finer (Brandon Micheal Hall), um jovem ateu que comanda um podcast de conteúdo cético sobre tudo que ronda as religiões, incluindo, Deus. A grande contradição é que o personagem é filho de um reverendo (sacerdote de uma igreja protestante), algo com o que o protagonista até faz piada, dizendo ser uma questão de Luke/Vader, referência à  trama da primeira trilogia de Star wars, em que pai e filho seguem por caminhos diferentes, estando um no lado sombrio da força, enquanto o outro no lado mais solar.

Tudo muda na vida do personagem, quando ele recebe uma solicitação de amizade estranha em uma rede social: de uma pessoa que se identifica como Deus e usa a foto de uma nuvem branca e um céu azul claro. Na hora, Miles acredita ser uma pegadinha por conta do podcast e deleta a solicitação, que a toda hora retorna. Cansado de apagar o pedido de amizade, Miles “aceita Deus”, que sugere que ele faça amizade na rede social com um homem chamado John Dove.

É nessa hora que mais coisas estranhas acontecem. Miles esbarra com John na rua, e, naquele momento, o personagem está passando por uma situação difícil com a namorada e segue cabisbaixo para o metrô. Em busca de descobrir mais sobre a situação, Miles segue John e acaba salvando a vida dele. Logo após o fato, Miles recebe outra “missão”, com a solicitação de amizade para Cara Bloom. Quando isso acontece, o protagonista coloca na cabeça que irá descobrir mais sobre essa situação de qualquer jeito, deixando de lado, inclusive, até a proposta que deve enviar do podcast para uma grande empresa.

Crítica de Deus me adicionou

Crédit: Barbara Nitke/ Warner Bros.

Miles é um bom protagonista e conta com uma atuação carismática de Brandon Micheal Hall. Os personagens ao redor também conquistam, como o melhor amigo indiano Rakesh (Suraj Sharma), que é o alívio cômico da trama; a própria Cara, que tem uma trama interessante desenvolvida e que se relacionada com o protagonista; e o pai de Miles, interpretado por Joe Morton, com quem o personagem tem uma relação conturbada, o que dará espaço para mais aprofundamento ao longo da temporada.

Deus me adicionou é mais uma série que traz o existencialismo como tema. Porém, de uma perspectiva diferente e leve. O seriado sabe fazer rir e também emocionar. Perdão e propósito, temas bastante atuais, fazem parte da narrativa logo no primeiro episódio. É o tipo de série despretensiosa que conquista.

Serviço
Deus me adicionou
Segunda a sexta-feira, às 13h, na Warner Channel.

Adriana Izel

Jornalista, mas antes de qualquer coisa viciada em séries. Ama Friends, mas se identifica mais com How I met your mother. Nunca superou o final de Lost. E tem Game of thrones como a série preferida de todos os tempos.

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