Difícil falar da história da televisão brasileira sem esbarrar algumas vezes no nome de Betty Faria. A atriz participou de produções históricas, como as novelas Tieta (1989) e Pecado capital (1975) e a minissérie Anos Dourados (1986).
Mas vamos combinar que havia tempos que Betty Faria não dava o que falar por seu talento. A vida pessoal e as queixas pela falta de papéis para a faixa etária dela acabaram chamando mais a atenção nos últimos anos.
Eis que surge Elvirinha. A personagem entrou na segunda metade da novela como esposa de Garcia (Othon Bastos), pai de Caio (Rodrigo Lombardi) e Heleninha (Totia Meireles) e sogro de Junqueira (leia aqui entrevista com o ator João Camargo). Mas ela é muito mais que a simples esposa dele.
Ela está ligada ao suspense que deve envolver Irene (Deborah Falabella) até o fim da trama, daqui a duas semanas e rouba a cena como a avó postiça de Yuri, filho de Heleninha e Junqueira. Ela já se inteirou sobre WhatsApp, descobriu o universo geek e o RPG e, semana passada, Betty deitou e rolou vestida de Mulher-Maravilha para uma festa cosplay. As imagens bombaram na internet e Betty mostrou que tem espaço para ela na tevê, sim senhor!
Tieta (1989)
A novela está sendo reprisada com sucesso pelo Viva. E já está na reta final. Vale a pena ver de novo Betty como a prostituta que volta a Mangue Seco depois de ser expulsa da cidade. Controversa, a personagem inspirada em romance homônimo de Jorge Amado conquistou o país, graças ao talento de Betty e da antagonista Joana Fomm, que brilhou como a vilã Perpétua.
Anos dourados (1986)
A minissérie de Gilberto Braga marcou época. E Betty mostrou que mesmo sem ser protagonista poderia chamar a atenção. Mãe do mocinho Marcos (Felipe Camargo), ela era uma mulher à frente do tempo dela, pois era desquitada e trabalhava numa boate. Para piorar, se apaixona pelo major Dorneles (José de Abreu) e depois descobre que ele é casado com Beatriz (Nívea Maria).
Betty Faria especial (1984)
Nas décadas de 1970 e 1980 praticamente tudo que o diretor Augusto César Vannucci tocava virava ouro, especialmente na área de musicais para a tevê. No auge da carreira, Betty Faria ganhou um especial só para ela. Em horário nobre, o programa trazia a atriz em seis personagens e cantando e dançando. A trilha sonora contava com faixas compostas especialmente para a atração. Betty também fez entrevistas com personalidades como o jogador de futebol Falcão e a sexóloga Marta Suplicy.
Pecado capital (1975)
Janete Clair escrevendo, Daniel Filho dirigindo, Betty Faria e Francisco Cuoco como principal par romântico. Não tinha como Pecado capital dar errado. E não deu. A audiência da trama (a primeira das 20h exibida totalmente em cores) foi excelente e o país parou para assistir ao último capítulo — sim, o Brasil parava em frente à tevê naquela época. A personagem de Betty era a modelo Lucinha, jovem que vive o dilema entre se dedicar ao noivo Carlão (Cuoco) ou à carreira, da qual o rapaz não gosta nada. O sucesso de Pecado capital foi tanto que, em 1999, Gloria Perez assinou um remake com Carolina Ferraz como Lucinha. Betty fez uma participação afetiva na produção como ela mesma.
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